sexta-feira, 21 de julho de 2017

Força Sindical e Sindicato dos Promotores de Vendas em Supermercados e Atacados do Maranhão denunciam trabalho precário no Grupo Mateus

A Força Sindical e o Sindicato dos Promotores de Vendas em Supermercados e Atacados do Maranhão receberam trabalhadores do Grupo Mateus na Sede da Central em São Luís.

Os trabalhadores denunciam que o grupo empresarial Mateus estaria tentando uma vez mais precarizar as relações trabalhistas dos terceirizados empregados direto das fábricas dos produtos comercializados na Rede de Supermercados.

A ideia seria obriga-los a trabalhar ao mesmo tempo na função de promotores de vendas e Repositores de Produtos.

Os profissionais atuam nas dependências dos Supermercados do Grupo e de outros promovendo produtos, realizando degustações e abastecendo prateleiras com os produtos de suas fábricas de origem.

A denúncia é de que a empresa estaria proibindo os Promotores de Vendas terceirizados a adentrar as Lojas de sua rede pela manhã autorizando o acesso destes aos seus Supermercados somente nos turnos da tarde e da noite.

Acontece que espertamente o Grupo Mateus também demitiu recentemente grande parte dos seus empregados que operavam exatamente nas funções de repositores de mercadorias dos turnos da tarde e da noite.

Após a demissão dos Repositores quer agora usar como mão de obra no lugar dos recém demitidos os trabalhadores promotores de vendas que são na verdade contratados das empresas fornecedoras do grupo como (Nestlé, Mabel, Marata, Psiu, Bunge, Sadia, Perdigão, Bombril, Unilever e outras centenas delas). Estes, além de promover os produtos destas fábricas nos turnos matutino e vespertino em Supermercados de várias bandeiras e do Mateus, teriam agora que repor as mercadorias das prateleiras.

As entidades denunciam que estes trabalhadores são contratados pelas Fábricas na origem para cumprirem uma carga horária de oito horas diárias com intervalo de uma hora para almoço trabalhando apenas nos turnos matutino e vespertino.

De acordo ainda com as entidades é que os trabalhadores estariam sendo obrigados a trabalhar por três turnos para não perder os seus empregos.

"Na prática, a partir de agora, estes trabalhadores deveriam obrigatoriamente repor mercadorias nas prateleiras dos Supermercados Mateus à noite no lugar dos seus ex-funcionários recém demitidos.", denunciam os trabalhadores.

Acontece que os terceirizados com quatro horas a mais em sua carga horária diária não receberiam um centavo a mais nos seus contracheques pela função acumulada nem de suas empresas empregadoras na origem e muito menos do Grupo Mateus.

Indignados, pois teriam que trabalhar também à noite e sem receber a mais na função de Repositores, os trabalhadores denunciaram a situação às entidades de representação de Classe e cobram medidas para garantir seus direitos pois tem certeza de que são vítimas de irregularidades.

As entidades prometem agir para defender os trabalhadores e seus direitos.

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