quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Último dia para inscrições no curso livre de fotografia do Ministério da Cultura é nesta quinta-feira (9)


O Ministério da Cultura (MinC) informa que o prazo para inscrições no curso de Fotografia termina nesta quinta-feira (9). Realizado em parceria com o Instituto Federal de Goiás (IFG), o curso é destinado tanto a iniciantes quanto a profissionais que desejam aprimorar suas habilidades criativas e técnicas. A formação integra o conjunto de cursos da Escola Solano Trindade de Formação e Qualificação Artística, Técnica e Cultural (Escult). Para se inscrever, basta clicar aqui.

Oferecido de forma online, o curso tem carga horária de 60 horas e aborda temas como a história da fotografia, técnicas de fotometria, uso de lentes e objetivas, composição e pós-produção de imagens. A iniciativa busca fortalecer a formação técnica de profissionais da cultura, ampliando as oportunidades no setor cultural e preparando os participantes para um mercado em constante transformação.

O curso faz parte do Programa de Capacitação e Qualificação Profissional do MinC e é coordenado pelo professor doutor Murilo Gabriel Berardo Bueno. A formação também visa ampliar as oportunidades de qualificação no setor cultural, oferecendo suporte a trabalhadores, especialmente no âmbito da Lei Paulo Gustavo, ampliando a inclusão técnica e criativa no setor audiovisual e fotográfico.

Sobre a Escult

A Escola Solano Trindade de Formação e Qualificação Artística, Técnica e Cultural (Escult) foi criada em 2024 como parte do Programa de Capacitação e Qualificação Profissional, desenvolvido pela Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural (SEFIC). Representada pela Diretoria de Políticas para os Trabalhadores da Cultura (DTRAC), a Escult atua em parceria com o Instituto Federal de Goiás (IFG), e em acordo com o Plano Nacional de Cultura, oferece Cursos Livres, Cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) e Cursos de Pós-Graduação.

Opinião:"Golpe do 8 de janeiro: não foi o primeiro, nem será o último"


Neste dia 8 de janeiro o Brasil relembra a tentativa de golpe contra a democracia de 2023. Golpes de Estado sempre aconteceram e sempre acontecerão. Como evitá-los?

Na manhã do dia 8 de janeiro de 2023, a população brasileira assistiu incrédula pela televisão centenas de militantes da extrema direita depredarem o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). Mobilizadas pelo pensamento fascista, aquelas pessoas reivindicavam um golpe militar pelo retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas, diferentemente do que aconteceu em 1964 com o general Amaury Kruel, felizmente para a democracia liberal brasileira o comandante do exército não aceitou a aventura dessa vez. Ao fim do dia 8 de janeiro, o interventor nomeado pelo presidente Lula, Ricardo Cappelli, já havia restaurado a ordem em Brasília, prendendo centenas dos golpistas que estavam nas ruas da capital.

Infelizmente, o 8 de janeiro de 2023 não foi a primeira vez que houve uma tentativa de golpe no Brasil e nem será a última. Em um de seus últimos textos escritos em vida, o famoso prefácio de “As Lutas de Classes em França de 1848 a 1850”, redigido em 6 março de 1895, Engels alertava que os verdadeiros subversivos da democracia liberal sempre foram os conservadores. Dizia Engels:

“A ironia da história universal põe tudo de cabeça para baixo. Nós, os “revolucionários”, os “subversivos”, prosperamos muito melhor com os meios legais do que com os ilegais e a subversão. Os partidos da ordem, como eles se intitulam, afundam-se com a legalidade que eles próprios criaram. Exclamam desesperados com Odilon Barrot: La legalité nous tue, a legalidade mata-nos, enquanto nós, com essa legalidade, revigoramos os nossos músculos e ganhamos cores nas faces e parecemos ter vida eterna. E se nós não formos loucos a ponto de lhes fazermos o favor de nos deixarmos arrastar para a luta de rua, não lhes restará outra saída senão serem eles próprios a romper esta legalidade tão fatal para eles” (1).

Engels estava correto e essa tem sido a história desde então. Sempre que a esquerda avança na legalidade, a direita apela para a subversão.

No Brasil, em 1945, os comunistas saíram da clandestinidade para disputar a eleição geral no país naquele momento de democratização. Consequência: elegeram 14 deputados federais e um senador, um excelente resultado na época. Claro, os reacionários não aceitaram o crescimento imediato dos comunistas na legalidade. Assim, no dia 7 de janeiro de 1948, a Câmara dos Deputados cassou, por 169 votos contra 74, o mandato dos parlamentares do Partido Comunista do Brasil.

Em 1964, as forças progressistas mais uma vez avançavam no país. O então presidente João Goulart anunciava as reformas de base e o seu partido, o PTB, crescia no parlamento em detrimento da direita. Consequência: os reacionários promoveram um golpe de Estado contra Jango com apoio da igreja, do latifúndio, das classes médias e do imperialismo estadunidense.

Em 2016, após 14 anos de governos sucessivos de um ciclo progressista liderado pelo PT, a direita apelou novamente para a subversão com um golpe parlamentar baseado no mecanismo do impeachment. Derrubaram a presidenta Dilma Rousseff para que Michel Temer, os conservadores e o capital pudessem gerir o país sem amarras.

Instituições políticas fortes são certamente importantes como trincheiras contra golpes, mas não são suficientes. Outros golpes virão. Em última instância, mais importante do que as instituições é a força material da consciência das massas na sociedade civil.

Em discurso no plenário da Câmara dos Deputados realizado em 7 de janeiro de 1948, no momento em que o mandato dos parlamentares comunistas era cassado, o então líder da bancada comunista, deputado Maurício Grabois, deixou claro qual o único caminho para a preservação da democracia: “Nesta hora, em que o regime democrático está em completa derrocada, somente o povo – e somente ele, organizado – é capaz de assegurar a democracia em nossa Pátria” (2). Nunca é tarde para aprender com Grabois.

Notas:

(1) Introdução de Friedrich Engels à edição de 1895. In: Karl Marx. As Lutas de Classes em França de 1848 a 1850.

(2) Maurício Grabois. A Cassação dos Mandatos. In: Problemas – Revista Mensal de Cultura Política nº 7 – Fevereiro de 1948.

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Theófilo Rodrigues é professor do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da UCAM. É coordenador do Grupo de Pesquisa Cultura & Sociedade da Fundação Maurício Grabois.

Imagem do Dia: 8 de Janeiro: Sem anistia


terça-feira, 7 de janeiro de 2025

UFMA divulga Termo de Adesão ao Sisu 2025 com oferta de 5.914 vagas para 96 cursos de graduação


A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio da Pró-reitoria de Ensino, divulgou o Termo de Adesão ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2025. O documento apresenta o quantitativo de vagas que a UFMA ofertará nesta edição do Sisu, além de informações sobre os cursos de graduação disponíveis.

Acesse o Termo de Adesão ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2025, aqui.

Em 2025, a Universidade Federal do Maranhão ofertará 5.914 vagas para 96 cursos de graduação presencial, nos câmpus de Bacabal, Balsas, Chapadinha, Codó, Grajaú, Imperatriz, Pinheiro, São Bernardo e São Luís, com entradas no primeiro ou segundo semestre letivo de 2025, sendo 2.796 vagas para ampla concorrência e 3.118 reservadas para as categorias da Lei nº 12.711/2012 (alterada pela Lei nº 14.723/2023).

Desde 2024, o Sisu ocorre em edição única. Dessa forma, para ingressar no 1° ou 2º semestre, o candidato deverá realizar apenas uma única inscrição no Sisu. Os interessados em participar da seleção para o ingresso no ensino superior poderão se inscrever no período de 17/01 a 21/01/2025, por meio do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. O resultado da chamada regular será divulgado no dia 26 de janeiro.



A chefe da Divisão de Ingresso na Graduação (DIGRAD), Licia Silva, reforça que os candidatos se atentem aos prazos, em especial, ao de inscrição. “Como será um Sisu único, todos os estudantes que vão ingressar em 2025 na UFMA deverão fazer a inscrição neste momento, no caso, na próxima semana”, destaca Licia.

Mais cursos

Na edição do Sisu 2025, a UFMA ofertará 4 cursos a mais que a edição de 2024. A novidade é o curso de Ciências Humanas – Geografia, no Centro de Ciências de Pinheiro, que terá disponíveis 20 vagas para ingresso no segundo semestre.

Outros cursos que terão vagas disponíveis no Sisu 2025 são Engenharia Elétrica; Engenharia Civil e Engenharia Ambiental e Sanitária, no Centro de Ciências de Balsas, com 10 vagas cada um e ingresso no primeiro semestre.

Cronograma do Sisu 2025/1

• Inscrições: 17/1 a 21/1/2025;

• Convocação da Chamada Regular: 26/1/2025;

• Manifestação de interesse em participar da lista de espera: 26/01 a 31/01/2025

Para mais informações, acesse o Portal Sisu UFMA, clicando aqui.

Cinemas no Brasil: superação, recordes e expansão em 2024


Após enfrentar uma das maiores crises de sua história, o setor cinematográfico brasileiro celebra um marco histórico: o recorde de 3.509 salas de cinema em funcionamento no país. Este número, divulgado pela Ancine em 1° de janeiro de 2025, supera as 3.478 salas registradas em 2019, antes da pandemia de Covid-19, que resultou no fechamento de quase metade das salas de cinema em 2020.

Com o apoio de linhas de crédito do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), o setor iniciou a recuperação, impulsionando a abertura de novas salas em municípios do interior e periferias urbanas. Esse crescimento reflete um compromisso com a descentralização do acesso ao audiovisual e a inclusão cultural, com soluções de acessibilidade, alcançando pessoas com deficiência visual e auditiva.

Cidades como Monte Carmelo e Ponte Nova, em Minas Gerais, e Miracema, no Rio de Janeiro, ganharam suas primeiras salas, enquanto Viçosa, em Alagoas, celebrou a reabertura de um cinema que estava fechado há 30 anos.

O impacto vai além do aumento de números: as novas salas tornaram o cinema acessível a públicos historicamente excluídos.“O Brasil precisa manter e ampliar suas telas. Esse é o compromisso da Secretaria do Audiovisual com a distribuição e exibição cinematográfica desse país. O cinema gera encontros, emprego, renda, e conhecimento da população com a arte produzida aqui”, destacou Joelma Gonzaga, secretária da SAV.

Além disso, o público brasileiro demonstrou maior interesse pelo cinema nacional. Em 2024, o número de espectadores de produções brasileiras dobrou em relação ao ano anterior, com destaque para o filme Ainda Estou Aqui, estrelado por Fernanda Torres, que conquistou o Globo de Ouro de Melhor Atriz. A vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro reflete o crescente prestígio do cinema brasileiro, impulsionado por uma maior presença nas telas e pelo fortalecimento da produção nacional. Ainda segundo os dados da Ancine, 121,08 milhões de pessoas frequentaram as salas de cinema no último ano, também fruto das políticas de incentivo à reabertura e ampliação do alcance.

O MinC segue trabalhando para garantir que esse crescimento continue, priorizando políticas públicas que incentivem a descentralização, a acessibilidade e a valorização do cinema como ferramenta de inclusão e cidadania. Com o fortalecimento do audiovisual nacional, o Brasil reafirma seu compromisso com a cultura como um direito de todos, celebrando histórias que conectam o país de norte a sul e projetam suas vozes para o mundo.

86% dos brasileiros desaprovam o 8/1, a tentativa de golpe de Estado por bolsonaristas, mostra Quaest


Na próxima quarta-feira (8), a tentativa de golpe de Estado desferida pelos seguidores e apoiadores dos ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completa 2 anos. No jornal Hora do Povo

E nova pesquisa realizada pelo instituto Quaest, divulgada nesta segunda-feira (6), indica que 86% dos brasileiros desaprovam as invasões e vandalização das sedes dos Três Poderes, em Brasília, ocorridas em 8 de janeiro de 2023.

A pesquisa revela ainda que, mesmo 2 anos após o lastimável episódio contra o Estado de Direito e à democracia, a reprovação continua superior a 80%, tanto entre os eleitores do ex-presidente quanto os do presidente Lula (PT).

O levantamento contou com 8.598 entrevistas, entre os dias 4 e 9 de dezembro, cuja margem de erro é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos.

Desaprovação caiu
O novo estudo mostra que 86% dos entrevistados desaprovam os acontecimentos de 8 de janeiro, o que representa queda de 8 pontos percentuais em comparação aos 94% registrados em fevereiro de 2023, 1 mês após o fatídico “dia da vergonha”.

Nesse mesmo período, o percentual de apoio ao episódio subiu de 4% para 7%, enquanto a proporção de pessoas que não souberam responder variou de 2% para 7%.

Isso tem relação com o transcurso do tempo. A primeira pesquisa ocorreu, ainda, no calor dos acontecimentos, que pegou o País de surpresa e causou grande estupefação.

Bolsonarismo
No grupo de eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, a desaprovação permanece elevada, atingindo 85% dos entrevistados. Este percentual se mantém estável em relação ao último levantamento, realizado pela Quaest em dezembro de 2023, mas representa queda em relação aos 90% observados no mês seguinte à invasão das sedes dos Três Poderes.

Felipe Nunes, diretor da Quaest, comentou sobre os resultados: “A rejeição aos atos do 8/1 mostra a resistência da democracia brasileira e a responsabilidade da elite política brasileira”, disse.

“Diante de tanta polarização, é de se celebrar que o País não tenha caído na armadilha da politização da violência institucional”, acrescentou.

‘Ato em Defesa da Democracia’
Com a participação de Lula e, ainda, de representantes dos Poderes Legislativo e Judiciário, os movimentos sociais convocam “Ato em Defesa da Democracia”, pela passagem dos 2 anos em que as sedes dos Três Poderes foram atacadas e vandalizadas por seguidores e apoiadores do ex-presidente.

Os ataques fizeram parte da trama, que envolveu tentativa de golpe de Estado, com propósito de destruir o Estado de Direito e a democracia, a fim de manter na Presidência o então candidato derrotado por Lula.

Abraço à Praça dos Três Poderes
A convocação do ato, “Em Defesa da Democracia” e, ainda, por “Justiça” e “Soberania” vai ocorrer, na próxima quarta-feira (8), na Praça dos Três Poderes, a partir das 11h.

“Venha abraçar a Democracia, junto com Lula! Participe do ato suprapartidário com representantes dos Três Poderes, de entidades da sociedade civil, de classes e religiosas pelos dois anos das tentativas de golpe de Estado e de destruição das sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, promovidas por bolsonaristas em 8 de janeiro de 2023. Participe e traga a sua família”, está escrito no convite à sociedade.

Evento do 8 de janeiro
A cerimônia vai começar às 9h30, com programação que inclui a entrega de obras de arte restauradas, como o relógio do século 18, reparado na Suíça, ânfora portuguesa, e a reapresentação do quadro “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, que foi danificado durante os ataques e invasão ao Planalto por apoiadores e seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Após a solenidade oficial, a partir das 11h, Lula vai descer a rampa do Palácio do Planalto acompanhado de autoridades — representantes do Legislativo e Judiciário e ministros do governo —, para o “Abraço da Democracia”, na Praça dos Três Poderes. Leia matéria completa: 8/1: Lula participa, com representantes do Legislativo e Judiciário, de ‘Ato em Defesa da Democracia’.

Movimentos sociais
A organização desta etapa do evento está a cargo do próprio PT e de organizações dos movimentos sociais.

Vai ser um abraço simbólico à Praça dos Três, onde os bolsonaristas tocaram o terror, em 8 de janeiro de 2023, com propósito de criar convulsão política e social, a fim de principiar golpe de Estado, com a intervenção das Forças Armadas, que não ocorreu.

Em mensagem publicada, no último domingo (5), a presidente da sigla, deputada Gleisi Hoffmann (PR), escreveu: “Esquecer jamais! Dois anos da tentativa de golpe de Estado e de destruição das sedes dos Executivo, Legislativo e Judiciário, promovidas por bolsonaristas.

Fonte: DIAP

Atriz Fernanda Torres faz história ao vencer o Globo de Ouro por ‘Ainda Estou Aqui’


Na noite de domingo (5), a atriz brasileira Fernanda Torres brilhou ao vencer o Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz em Filme de Drama por sua atuação em ‘Ainda Estou Aqui’. Este marco inédito para o Brasil celebra não apenas o talento de Fernanda, mas também o poder do cinema nacional de atravessar fronteiras e conquistar o mundo. A vitória coloca a atriz em destaque na corrida por uma indicação ao Oscar.

Segundo o Painel Indicadores do Mercado de Exibição da Agência Nacional de Cinema (Ancine), o longa-metragem ‘Ainda Estou Aqui’, em 2024, liderou as bilheterias dos cinemas brasileiros com mais de 2,9 milhões de espectadores. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, em sua rede social, comemorou a conquista com entusiasmo.

“O Brasil festeja essa conquista como um presente. Parabéns a todo elenco e equipe desse filme tão necessário. Que alegria ver o talento de Fernanda Torres sendo reconhecido no mundo todo! Você [Fernanda Torres] é motivo de orgulho para cultura brasileira e para todos nós. Essa conquista é mais que merecida e reforça o quanto sua arte é gigante. Parabéns por honrar a memória de Eunice Paiva e Rubens Paiva, e de tantos brasileiros e brasileiras que dedicaram suas vidas à causa da liberdade e da democracia”, escreveu.

Premiações

O filme ‘Ainda Estou Aqui’ tem sido amplamente reconhecido em diversos festivais internacionais. No Festival de Veneza, conquistou o prêmio de Melhor Roteiro e recebeu o Green Drop Award. No Vancouver International Film Festival, foi agraciado com o Prêmio do Público. Também foi eleito Filme Favorito do Público no Mill Valley Film Festival e no Miami Film Festival GEMS. Além disso, no Festival de Pessac, na França, o filme recebeu tanto o Prêmio do Público quanto o Prêmio Danielle Le Roy, evidenciando seu impacto significativo entre críticos e espectadores.

Para a secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC), Joelma Gonzaga, histórias como a de Eunice Paiva tem o poder de ultrapassar fronteiras com o audiovisual. A secretária ainda destacou o impacto histórico da vitória.

“Fernanda Torres é gigante e nós sempre soubemos. Hoje o mundo todo também sabe. É histórico! Uma atriz brasileira ganhou um dos maiores prêmios da indústria cinematográfica mundial. Isso confirma o poder das grandes histórias de ultrapassarem fronteiras. Que mais histórias brasileiras ganhem o mundo. E que mais talentos brasileiros sejam reconhecidos, assim como nossa Fernanda Torres foi. Ela merece. O Brasil merece e continuaremos trabalhando para isso”, disse.

O diretor-presidente da Ancine, Alex Braga, ressaltou o momento de ascensão do cinema nacional. “A trajetória agora é de crescimento. O ano de 2025 começa com bons ventos, boas notícias e grandiosas conquistas. Viva o cinema brasileiro!”, falou.

O Ministério das Relações Exteriores publicou nesta segunda-feira (6) nota conjunta com o MinC em que parabenizou a atriz:

O Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Cultura parabenizam a atriz Fernanda Torres, por receber ontem o Globo de Ouro 2025 de melhor atriz de drama, com o filme "Ainda estou aqui", do diretor Walter Salles, tornando-se a primeira brasileira a conquistar a estatueta.

Trata-se de um dos prêmios mais prestigiosos do mundo, entregue, desde 1944, a profissionais de cinema e televisão pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood.

Esta premiação contribui para maior divulgação do cinema nacional do exterior, tal como foi o caso com a vitória da Palma de Ouro do filme "O Pagador de Promessas", no Festival de Cannes de 1962, e do Globo de Ouro do filme "Central do Brasil", em 1999.

Esse mais novo reconhecimento internacional ao cinema brasileiro, além de premiar o talento de Fernanda Torres, demonstra que o Brasil possui produções cinematográficas da mais alta qualidade e evidência a importância da promoção cultural brasileira de forma estratégica no exterior.

A conquista de Fernanda Torres é a primeira de uma atriz brasileira na categoria de Melhor Atriz no Globo de Ouro, reafirmando a relevância do cinema nacional no cenário global. A última vitória do Brasil na premiação havia sido em 1999, quando Central do Brasil, estrelado por Fernanda Montenegro, venceu como Melhor Filme em Língua Estrangeira.

Ainda Estou Aqui

Dirigido por Walter Salles, o longa-metragem Ainda Estou Aqui é baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva e conta a comovente história de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro. O filme retrata a luta de Eunice durante a ditadura militar no Brasil, após o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, e destaca sua transformação em uma defensora dos direitos humanos. A obra é um tributo à coragem e resiliência das mulheres que resistiram às adversidades desse período sombrio da história brasileira.