sexta-feira, 15 de agosto de 2025

SINPROESEMMA esclarece trâmites para liberação da segunda parcela do Precatório do Fundef pelo STF


O Sinproesemma esclarece à categoria que o processo para a liberação da segunda parcela do Precatório do Fundef ainda está em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

Conforme informações apuradas pela entidade, o ministro Cássio Nunes Marques encaminhou os autos para o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, a fim de viabilizar a transferência integral dos valores destinados ao Maranhão para as contas do Governo do Estado.

O Sinproesemma reforça que o recurso ainda não foi creditado na conta da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e que, portanto, ainda não há definição de data e nem de cronograma para o pagamento aos professores. O Sindicato também informa que não participou de reunião da Comissão Paritária entre Sinproesemma e Seduc para definição do valor da cota unitária dos professores referente a segunda parcela do precatório que nessa etapa corresponde a 30% do valor total do recurso.

O Sinproesemma segue cobrando da Seduc a imediata realização da reunião da comissão paritária para a definição do valor da cota referente a segunda parcela do precatório do Fundef e o cronograma de pagamento.

“O Sinproesemma atua com responsabilidade e compromisso com a categoria, levando sempre informações corretas e seguras. Até o momento, os recursos não chegaram à conta da Seduc. Enquanto os recursos não chegam, o Sinproesemma cobra da Seduc a reunião da comissão paritária, instrumento legal, criado a partir da Portaria 2.081 de novembro de 2023 do Governo Estadual, para contabilidade do valor da cota e de um cronograma de pagamento para os professores saberem exatamente quando o recurso estará nas suas contas. Estamos prontos para garantir que, tão logo o repasse seja efetuado às contas da Seduc, o pagamento seja realizado de forma justa e integral aos professores que tem direito, compreendidos no período de 1998 a 2006, como foi na primeira parcela, feitos os ajustes necessários”, pontuou Oliveira.

Fonte: ASCOM - SINPROESEMMA

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Cerrado tem queda de 20% nos alertas de desmatamento; incêndios elevam degradação na Amazônia


Os alertas de desmatamento caíram em três dos principais biomas brasileiros entre agosto de 2024 e julho de 2025. O destaque ficou para o Cerrado, que registrou uma queda de 20,8% na área sob alerta, e para o Pantanal, com redução expressiva de 72%. Já a Amazônia apresentou uma queda geral de 48%, mas com avanço significativo da degradação em estados como Mato Grosso e Amazonas, onde o fogo e o desmatamento continuam preocupando os especialistas.

Desmatamento X degradação

Desmatamento é a remoção total ou quase total da vegetação nativa de uma área, geralmente para uso agropecuário, mineração ou infraestrutura. No Brasil, o termo é usado principalmente para se referir ao corte raso de florestas e biomas como a Amazônia e o Cerrado.

Degradação, por outro lado, não elimina completamente a vegetação, mas causa danos progressivos ao ambiente, como a extração seletiva de madeira, incêndios e avanço de pastagens. Esses impactos reduzem a capacidade da floresta de se regenerar e cumprir funções essenciais, como a regulação do clima e a conservação da biodiversidade.

Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (7), em Brasília, durante evento realizado pelos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A divulgação marca a consolidação dos dados anuais produzidos pelos sistemas DETER e PRODES, operados pelo Inpe.

“A redução observada no Cerrado é significativa, especialmente porque esse bioma tem sido o mais pressionado nos últimos anos. Isso mostra que as políticas públicas e a fiscalização têm surtido efeito, mas o desafio permanece”, afirmou Cláudio Almeida, coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia e demais biomas do Inpe.

Almeida destacou também a importância de olhar para os dados com atenção regionalizada. “Apesar da queda geral, alguns estados, como Mato Grosso e Piauí, aumentaram suas áreas sob alerta. Isso exige ações específicas e coordenadas para evitar retrocessos”, pontuou.

Biomas apresentam queda nos alertas

Apesar das quedas significativas nos alertas de desmatamento em todos os biomas monitorados, o Cerrado segue como a região com maior área sob pressão, totalizando 5.555 km² entre agosto de 2024 e julho de 2025. Estados como Maranhão, Tocantins, Bahia, Mato Grosso e Minas Gerais apresentaram redução nos índices, mas o avanço de 33% no Piauí acendeu um alerta para ações mais direcionadas.

Na Amazônia, os alertas recuaram quase 50%, com destaque positivo para Rondônia (queda de 35%) e negativo para o Mato Grosso, que teve aumento de 74%, e o Amazonas, com leve alta de 3%. O Pará ainda lidera em área desmatada, embora tenha reduzido em 21% os alertas em relação ao período anterior.

No Pantanal, os alertas de supressão vegetal caíram 72%, representando um avanço expressivo na preservação do bioma. No entanto, as cicatrizes de queimadas permanecem extensas: foram 16.125 km² registrados em 2025, com picos críticos durante a estação seca — especialmente em novembro, que sozinho concentrou mais de 8 mil km² de áreas queimadas. O cenário reforça a necessidade de ações coordenadas que combinem prevenção, fiscalização e resposta rápida com base em dados científicos.

Ciência orientando decisões

Representando o MCTI, o diretor substituto de Ciências da Natureza da Secretaria de Pesquisa e Formação Científica, Márcio Rojas, elogiou o trabalho do Inpe e reforçou o papel da ciência na formulação de políticas públicas.

“Parabenizo os colegas do Inpe, especialmente o Cláudio Almeida e sua equipe, por gerarem o melhor conhecimento científico disponível e colocá-lo à disposição dos tomadores de decisão. Esse é um trabalho exemplar”, destacou Rojas.

Ele também reiterou o compromisso do MCTI com a continuidade do monitoramento: “Estamos à disposição para seguir contribuindo com os esforços de enfrentamento ao desmatamento e às mudanças climáticas, sempre com base em evidências”, finalizou.

“Vocês são a realização de um sonho do presidente Lula”, afirmou Janja para agentes territoriais de cultura


Durante cerimônia de encerramento do I Encontro Regional dos Agentes Territoriais de Cultura do Sudeste, realizado no sábado (9) no Rio de Janeiro, os cerca de 200 bolsistas dos quatro estados da região ouviram da primeira-dama, Janja Lula da Silva, a importância que o presidente da República atribui ao trabalho que eles realizam. Após ouvir relatos de alguns agentes sobre a forma como atuam nos territórios, Janja celebrou a retomada da cultura.

“Vocês são a realização de um sonho do presidente Lula. Vou falar para ele que o sonho dele se concretizou através de vocês. A cultura voltou, e voltou muito forte, voltou potente. O nosso compromisso é levar todas as políticas públicas do Governo Federal para cada cantinho desse país, para aquela pessoa que não sabe. A gente quer que cada um de vocês seja o mensageiro nos territórios”, declarou.

O secretário-executivo do Ministério da Cultura (MinC), Márcio Tavares, também destacou que a cultura é parte importante do projeto de governo do presidente Lula e lembrou da responsabilidade dos agentes territoriais em fazerem parte disso.

“É uma beleza ver a empolgação, o compromisso e a capacidade de vocês. A cultura não é a cereja do bolo desse Governo, ela é parte central de um projeto de desenvolvimento, de um projeto de nação. E vocês são porta-vozes, são o fermento da massa que vai fazer com que o Brasil deixe de ser o país do futuro e seja o país do presente. Então, viva o Programa Nacional dos Comitês de Cultura! Viva a cultura brasileira e a sua diversidade!”

Responsável pelo Programa dentro do MinC, a secretária de Articulação Federativa e Comitês de Cultura (SAFC), Roberta Martins, lembrou a importância do eixo de comunicação dentro do trabalho dos agentes territoriais.

“Vocês são um orgulho do Ministério da Cultura. Tem sido incrível ver como vocês conseguem colocar coração, afeto e proximidade na comunicação de algo que às vezes é tão duro, como a política pública”, afirmou.

Políticas transversais

A ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco, também participou da cerimônia de encerramento do Encontro e pontuou a parceria com a ministra Margareth Menezes, no trabalho de pensar as políticas públicas do Governo Federal de forma transversal. Para ela, os agentes territoriais também são fundamentais nessa estratégia.

“Vocês fazem a diferença. Eu sempre digo que quem sabe do quilombo é o quilombola. Assim como quem sabe da favela é o favelado. Então, ter agente da cultura espalhado por aí, para poder reafirmar a sua importância, a sua ancestralidade, a sua territorialidade e o que a gente tem que fazer nesse país, que é transversalizar políticas públicas para a igualdade racial”, concluiu.


Agente territorial de cultura em atuação em Cachoeiro de Itapemirim (ES), Luciana Santana de Souza contou como políticas públicas mudaram a história da família dela e por isso faz questão de lavar informação para onde vai. “Eu sou fruto de todos os programas sociais do governo. Assim como eu rompi o ciclo de violência das mulheres pretas da minha família, nós vamos continuar construindo política pública nesse país com agente territorial de cultura, com agente de economia solidária, com agente de saúde, a gente vai continuar, porque o Brasil é soberano. O Brasil é dos brasileiros!”, afirmou.

Maria Eduarda Batista, agente em atuação em São José dos Campos (SP), destacou a importância da formação no programa de agentes territoriais. “Foi por meio dessa formação em políticas públicas de cultura que eu consegui articular nos municípios em que eu estou atuando. Em Caçapava eu fui convidada, após a minha articulação, a fazer um mapeamento das periferias do município, para que a gente pudesse verificar a possibilidade de abrir o primeiro centro cultural de periferia do município. Em Monteiro Lobato, fui convidada pela secretária de Cultura a ser a comissão operacional do ciclo dois da Política Nacional Aldir Blanc. Então, hoje eu posso dizer para todos vocês que a cultura põe comida na minha mesa”, declarou.

Rolezinhos

Antes de se despedirem do Rio de Janeiro, os agentes territoriais se dividiram em quatro grupos para conhecerem lugares históricos da cidade. Locais simbólicos como Morro da Providência, a Região da Pequena África, o circuito do samba em Madureira e a Lapa.

No grupo que foi conhecer o Morro da Providência, 46 bolsistas conheceram a Ladeira do Livramento, onde nasceu o escritor Machado de Assis, e depois ouviram sobre a história da remoção dos moradores da favela, a partir de uma proposta de reflexão sobre a construção, a arquitetura e os modos de viver.

“Foi incrível, estou extasiada. O rolezinho proporciona uma visão daquilo que a gente não conhece, como a favela, por exemplo. Uma vivência contada por uma pessoa da favela, um impacto direto”, afirmou Deise Meneses, agente territorial na cidade de Oliveira (MG).

Em Madureira, Karolynne Duarte, nascida e criada na Grande Madureira, foi a guia do grupo. Ela contou diversas histórias e vivências pela perspectiva de quem vive no território. No roteiro, o viaduto onde acontece o maior baile charme do Brasil, o mercadão de Madureira, a sede da Portela e a quadra do Império Serrano, onde estava sendo realizado o gurufim de despedida do sambista Arlindo Cruz.

sábado, 9 de agosto de 2025

Em alta, Presidente do SINPROESEMMA é eleito Diretor Executivo da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil CTB

O Presidente reeleito da CTB Adilson Araújo ladeado pelo Presidente do SINPROESEMMA Professor Raimundo Oliveira e da Secretária Geral do SINPROESEMNA professora Izabel Lins

O Presidente do SINPROESEMMA (Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação Básica Pública do Estado do Maranhão) professor Raimundo Oliveira foi eleito para a Direção Executiva Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadras do Brasil (CTB). 


A eleição ocorreu no Congresso da Central em Salvador, na Bahia. O evento reuniu durante três dias  centenas de dirigentes sindicais de todo o Brasil.

A plenária final do 6º Congresso Nacional da CTB elegeu também a nova direção nacional da Central, com a recondução do baiano Adilson Araújo à presidência.

Delegação maranhense presente no 6° Congresso Nacional da CTB, em Salvador, Bahia

Em alta, além do Presidente, o SINPROESEMMA conseguiu emplacar o nome da professora Izabel Lins, atual Secretária Geral do SINPROESEMMA, na Direção Nacional.

De acordo com Raimundo Oliveira: "A nova gestão assume com o compromisso de fortalecer a unidade da classe trabalhadora, defender a soberania nacional e avançar na luta por um Brasil mais justo, democrático e igualitário. Aqui no Maranhão e no Brasil estamos prontos para os novos desafios que a luta em defesa do Brasil e da efucação exigem. Na CTB a luta é pra valer.".


quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Ciência e educação caminham juntas para o futuro do Brasil, afirma ministra Luciana Santos


Durante a Reunião Pública do Conselho Nacional de Educação (CNE), realizada na manhã desta quarta-feira (6/8), em Brasília, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, apresentou um panorama abrangente das políticas e iniciativas do MCTI, com ênfase em contribuições para a educação em todos os níveis. O encontro teve como foco o fortalecimento da presença da ciência, tecnologia e inovação na educação básica, técnica, tecnológica e superior.

A ministra destacou os avanços conquistados desde 2023, especialmente no que se refere ao fortalecimento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e à articulação com o Ministério da Educação (MEC) para ampliar o acesso à ciência nas escolas públicas do país.

“Na Sociedade do Conhecimento e nesse mundo 4.0, educação, ciência, tecnologia e inovação são sinônimos de desenvolvimento e de autonomia”, afirmou Luciana Santos. “O atual governo brasileiro entende que educação e ciência não são gastos, são investimento. E esse entendimento está refletido na recomposição integral do FNDCT, uma decisão política do presidente Lula que permitiu saltos históricos nos aportes à ciência nacional”.

Segundo a ministra, o FNDCT saiu de R$ 2,8 bilhões em 2019 para uma previsão de R$ 14,7 bilhões em 2025. Esses recursos têm sido fundamentais para revitalizar a infraestrutura de pesquisa, impulsionar a inovação e promover a formação de profissionais em áreas estratégicas, como inteligência artificial, semicondutores e segurança cibernética.

Entre os destaques apresentados, Luciana enfatizou o programa Mais Ciência na Escola, desenvolvido em parceria com o MEC. Com investimento de R$ 200 milhões, a iniciativa vai alcançar 2 mil escolas ainda este ano, oferecendo laboratórios "mão na massa", bolsas para 20 mil estudantes e capacitação de 2 mil professores por meio de universidades e institutos federais.

Cultura Oceânica

“O programa fortalece o interesse dos estudantes pelas ciências, promove o letramento digital e contribui com a redução das desigualdades, alcançando comunidades periféricas, quilombolas e indígenas”, explicou a ministra. Ela também ressaltou a importância da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que este ano ocorre de 20 a 26 de outubro com o tema “Planeta Água: a cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas em meu território”.


Para além da educação básica, Luciana apresentou ações voltadas ao ensino superior, como o Pró-Infra, que integra o Novo PAC e já investiu R$ 4,3 bilhões na expansão e modernização da infraestrutura científica nacional — sendo mais de R$ 1,3 bilhão destinado às Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Ela também destacou o programa Conhecimento Brasil, que busca repatriar e fixar no país pesquisadores brasileiros que atuam no exterior e fortalecer redes de cooperação internacional. Mais de 2.500 pesquisadores demonstraram interesse já no primeiro edital.

“Todos os programas do FNDCT, que agora são 12, atendem ou estão relacionados às universidades e institutos federais”, afirmou Luciana. “Ciência e Educação são os nossos passaportes para o futuro. É apostando no conhecimento que estamos construindo um país mais justo e desenvolvido”, enfatizou a ministra.

Política integrada

O presidente do CNE, Cesar Callegari, destacou a importância do diálogo entre as políticas de ciência, tecnologia e inovação e as diretrizes da educação nacional. “Uma comissão foi criada para que nós possamos orientar uma presença mais organizada da temática de ciência e inovação em todas as etapas e modalidades educacionais no país, portanto, envolvendo a educação básica em todas as suas modalidades e também a educação superior”, afirmou.

O conselheiro Paulo Fossatti defendeu a presença da ciência na educação desde a infância até o pós-doutorado. Ele apresentou os quatro eixos das diretrizes em elaboração pelo CNE: acesso à cultura científica, currículos inovadores, formação de educadores e ecossistemas de inovação. “Precisamos criar esse caldo cultural no nosso país que passe pela ciência, tecnologia e inovação”, afirmou.

Israel Batista alertou para o desmonte da credibilidade científica no país. “Há uma decisão política deliberada de descredenciamento da ciência”, disse. Ele defendeu o protagonismo nacional no uso e na regulação de novas tecnologias. “Precisamos que o Brasil deixe de ser um mero consumidor dessas tecnologias. A gente precisa colocar um pouco da nossa digital nisso”, enfatizou.

Segundo Batista, o CNE já trabalha em diretrizes para o uso pedagógico da inteligência artificial, que deve entrar nos currículos das licenciaturas. “Escola é diversidade de tipos de conhecimento, de abordagem, de estratégias pedagógicas”, afirmou. “O professor que se adapta é importante para a escola. O que não se adapta, também”, finalizou o conselheiro.

Partidos progressistas lançam manifesto em defesa da pátria e soberania

Luciana Santos (PCdoB) e demais líderes partidários

Por: Iram Alfaia, do Portal Vermelho

Os partidos progressistas com assento no Congresso (PCdoB, PSB, PT, PDT, PSOL, Rede e Verde) divulgaram nesta terça-feira (5), em Brasília, o manifesto “Unidade em Defesa do Brasil” contra as sanções comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para pressionar o Judiciário brasileiro em prol da impunidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os presidentes dos partidos e líderes no Congresso conversaram com jornalistas sobre o documento na sede do PDT.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que é presidenta nacional do PCdoB, ressalta a convergência entre as siglas sobre a necessidade de se posicionar num momento crítico, pois julga que o Brasil está sob ataque.

“Nunca antes nesse país foi tão necessário defender o interesse nacional, defender o país com soberania e com altivez para que o interesse do povo brasileiro prevaleça”, disse Luciana.

Ela considera a ação de Trump uma ingerência sobre os assuntos internos do país, o que é inaceitável e inegociável.

“Aliás, o clã Bolsonaro, liderado pelo ex-presidente da República, tentou um golpe no 8 de janeiro e ainda fez com evidências de um planejamento para assassinar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e até o presidente do TSE [Alexandre de Moraes, na época]. Então, não se pode negociar algo que é patrimônio do povo brasileiro, que é a nossa soberania. E por isso mesmo nós estamos aqui reunidos para defender a paz”, diz a presidenta do PCdoB.

“É uma carta muito firme na defesa da soberania, na defesa da pátria, na defesa da nossa economia e do respeito à Constituição brasileira. A Constituição é muito clara na autonomia e na independência dos poderes. Não é o poder Executivo nem o Legislativo que determina o que o poder Judiciário faz. Todos sabemos bem disso e é evidente que uma nação como os Estados Unidos também sabe, porque seguramente eles conhecem a Constituição brasileira. O que nos une é a postura firme na defesa da nossa economia, da soberania brasileira e da pátria”, avalia o líder do PCdoB na Câmara, Renildo Calheiros (PE).

Foto: Richard Silva/PCdoB na Câmara

Para o presidente nacional do PT, Edinho Silva, é fundamental que a sociedade não se esqueça os motivos pelos quais Bolsonaro e outros estão sendo investigados. “Eles estão sendo investigados porque tentaram um golpe. E esse golpe pressupõe o assassinato do presidente da República, do vice-presidente e do ministro do TSE”, afirma.

O presidente nacional do PSB e prefeito de Recife (PE), João Campos, disse que os partidos estão juntos na só na defesa da soberania, mas nas agendas importantes para o país como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a garantia de uma política tributária justa e a defesa do PIX como patrimônio do povo brasileiro.

“Então é preciso ter muita coerência para fazer essa defesa de forma afirmativa, porque o ato patriótico de defender o país é defender uma democracia sólida, que é o direito das pessoas, as conquistas e o patrimônio do nosso país”, disse o prefeito.

Confira a íntegra do manifesto:

Unidade em Defesa do Brasil

Defender a nossa pátria e sua soberania é condição de ser brasileiro. Independente de cores partidárias ou de preferências políticas, na condição de partidos aqui reunidos, estamos certos de que a bandeira do nosso país é aquela que melhor nos representa contra qualquer tentativa de imposição ou de ameaça.

Mais até do que um Brasil dos brasileiros, somos reconhecidos como uma nação aberta ao multilateralismo e ao diálogo com o mundo. É por isso que o nosso país se tornou uma referência no diálogo internacional, voltando a ser ouvido. Respeitamos a todos e, por isso, passamos a ser ainda mais respeitados.

A taxação imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixa claro que o seu apoio político à impunidade do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos demais traidores da pátria se sobrepôs à relação que os dois países cultivaram por mais de 200 anos. A decisão, mesmo com a balança comercial favorável à economia norte-americana, mostrou-se arbitrária por querer colocar em xeque a independência da justiça brasileira e cercear novos métodos de pagamentos que atendem a população, como é o caso do PIX. Soma-se a isso o claro interesse econômico por parte de setores ligados às big techs e à exploração de recursos estratégicos, como as terras raras brasileiras, fundamentais para as cadeias produtivas globais.

Ao tentar punir o Brasil por suas escolhas internas, o presidente Donald Trump busca impedir que o Brasil exerça plenamente sua soberania sobre nossas riquezas e interferir em nossa liberdade de estabelecer relações diplomáticas com outras potências emergentes. Como nação, sabemos defender aquilo que é inegociável. Não podemos deixar que outro país queira intervir no modo como a Justiça brasileira se posiciona.

A impunidade não deve, nem vai, prevalecer para quem atenta contra a democracia ou contra a soberania brasileira, independente do sobrenome ou do posto já ocupado. É uma questão de justiça. Jair Bolsonaro traiu a pátria ao tentar submeter os interesses nacionais a potências estrangeiras, enfraquecer instituições, coagir o Poder Judiciário e buscar apoio externo para escapar das consequências legais de seus atos. Foi essa combinação de traição, pressão indevida sobre o sistema de justiça e tentativas de negociar os interesses do povo brasileiro em benefício próprio que fundamentou as medidas cautelares e, posteriormente, a decretação de sua prisão domiciliar.

O julgamento de Jair Bolsonaro deve seguir com responsabilidade, transparência e o devido respeito ao Estado de Direito, até que todos os envolvidos na tentativa de golpe contra a ordem democrática e na trama criminosa para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, sejam devidamente responsabilizados. A democracia brasileira não será refém do medo, da violência política ou da chantagem institucional. O país exige justiça plena — não por vingança, mas para garantir que ataques tão graves jamais voltem a ameaçar o pacto constitucional firmado pelo povo brasileiro.

Nas relações internacionais, a porta para o diálogo está e deve permanecer aberta. Se temos mais de 700 itens de exportação fora da pauta de taxação é porque o Governo do Brasil, sob a liderança do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, avançou com negociações diretas entre os setores produtivos dos dois países e com o governo norte-americano.

Temos certeza de que o Brasil vai seguir no caminho do diálogo, da diplomacia e do desenvolvimento econômico e social, como deseja a imensa maioria da população, buscando novos mercados e oportunidades mundo afora. Não iremos permitir que essas interferências externas nos desviem do foco de promover justiça tributária e seguir enfrentando as desigualdades brasileiras — esse é um compromisso inegociável com o povo. Não começamos esta disputa e somos os maiores interessados em encerrá-la de forma justa, mas vamos continuar firmes na defesa dos interesses do povo brasileiro, da nossa pátria e da nossa soberania. Com diálogo, com proteção aos brasileiros prejudicados e com a coragem de fazer sempre o que é certo.

Viva o povo brasileiro.

Luciana Santos, presidente nacional do PCdoB
João Campos, presidente nacional do PSB
Edinho Silva, Presidente nacional do PT
Carlos Lupi, presidente nacional do PDT
Paula Coradi, presidente nacional do PSOL
José Luiz Penna, presidente nacional do Partido Verde
Randolfe Rodrigues, líder do Governo no Congresso Nacional
Lindberg Farias, líder do PT na Câmara Federal
Alencar Santana, 1° vice-líder do Governo na Câmara Federal
Renildo Calheiros, líder do PCdoB na Câmara Federal
Mário Heringer, líder do PDT na Câmara Federal
André Figueiredo, deputado federal pelo PDT
Leila Barros, senadora pelo PDT
Cid Gomes, senador pelo PSB
Pedro Campos, líder do PSB na Câmara Federal
Tarcísio do PSol/RJ (Câmara Federal)
Paulo Lamac, porta-voz nacional da Rede Sustentabilidade
Túlio Gadêlha, deputado federal pela Rede Sustentabilidade

Fonte: Portal Vermelho

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Bailarinas representam o Maranhão em turnê nacional do Sesc Amazônia das Artes 2025

O espetáculo “Abayomi”, com foco em corporeidades brasileiras através da dança contemporânea, é estrelado pelas artistas Rebeca Carneiro e Andressa Brandão.

SÃO LUÍS – O Maranhão segue exportando grandes artistas a nível nacional. E no segundo semestre de 2025, é a vez dos talentos das dançarinas maranhenses Rebeca Carneiro e Andressa Brandão serem conhecidos ao redor do Brasil. As artistas irão representar o estado com o espetáculo “Abayomi - a resposta está na ancestralidade” na circulação nacional do Sesc Amazônia das Artes 2025, que celebra este ano a 15ª edição do projeto.

Ao todo, a dupla maranhense seguirá com a apresentação ao longo dos meses de agosto, setembro e outubro, em dez estados, com foco na região Norte, Nordeste e Centro-Oeste - entre as cidades, estão Belém (PA), Boa Vista (RR), Manaus (AM), Palmas (TO), Cuiabá (MT), entre outros. A primeira parada ocorre no dia 8 de agosto, em Macapá, no Amapá.

Espetáculo de Dança Contemporânea com foco na reflexão e no diálogo sobre pertencimento e identidades originárias brasileiras, “Abayomi” é marcado pelas identidades de Ita e Jurema, duas encantadas muito conhecidas nos cultos de religiões de matriz africana no Maranhão - apresentadas respectivamente pelas atrizes e dançarinas Rebeca Carneiro e Andressa Brandão.

Ao longo da apresentação de 40 minutos, a obra se destaca ao unir as ricas perspectivas da cultura popular, onde se referencia no Sotaque da Baixada de Bumba Meu Boi, revisitando e reconstruindo narrativas e corporeidades brasileiras que remetem aos povos originários, tomando como ponto de partida a linguagem da Dança Contemporânea e os atravessamentos da Dança Popular no Maranhão, tradição do folclore, Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade e espiritualidade.

“Para nós, 'Abayomi' é um espaço de valorização dos povos originários e das suas complexas identidades culturais. Estar no palco com este espetáculo é reconhecer e celebrar as fusões que formam a identidade brasileira considerando toda a sua diversidade. Uma forma que encontramos de prestar tributo às identidades brasileiras originárias denominadas caboclas, cultuadas em muitos ritos de religiões de matriz africana no Brasil”, analisa Rebeca Carneiro.

Com produção da Cia Odu Artes Cênicas, a performance irá representar o Serviço Social do Comércio do Maranhão (Sesc-MA) durante todo o circuito Sesc Amazônia das Artes 2025. Recentemente, no último mês de julho, “Abayomi - a resposta está na ancestralidade” realizou uma apresentação única na 5ª edição do Festival Iyás em Salvador (BA), um dos maiores festivais de cultura negra do Brasil, conquistando elogios do público baiano.

“Para todos nós envolvidos no espetáculo têm sido um momento ímpar poder representar o Sesc-MA em diversos estados do Brasil. E além de levar nossa arte, poder levar nossas narrativas, falar das nossas histórias e das figuras importantes dentro dos ritos de religiões de matriz africana. É uma obra importante justamente por visar inspirar e educar a próxima geração, para que tenhamos as linguagens ancestrais e originárias do nosso país de formas mais consistentes e vivas em nossas memórias”, destaca Andressa Brandão.


Em setembro, “Abayomi - a resposta está na ancestralidade” retorna ao Maranhão para uma sessão especial em São Luís. Mais detalhes sobre a turnê nacional completa serão informados no Instagram oficial da Cia Odu Artes Cênicas, no link: https://www.instagram.com/ciaodubrasil?igsh=MW1sZDM0czB2bDA2dg== .

Elenco

A obra artística “Abayomi” é estrelada pelas artistas Rebeca Carneiro e Andressa Brandão. Rebeca Carneiro é bailarina, coreógrafa, professora de dança, atriz e psicóloga. Começou seus estudos em dança em 2002, e tem formação em ballet clássico, jazz e contemporâneo. Trabalha profissionalmente em montagens de espetáculos desde 2014 - em 2015, integrou a equipe da Encanto Coletivo Cultural. Rebeca assinou a direção de inúmeros espetáculos para a Vertu Casa de Artes entre 2015 e 2018. Atualmente, faz parte do elenco do Ateliê Contemporâneo e Grupo Rua - dentre seus últimos trabalhos, estão o balé “Frida” e “Mamma Mia!”. Estuda dança contemporânea, e atualmente aprofunda seus interesses em partitura corporal e dramaturgia do movimento para composição de seus trabalhos.

Já Andressa Brandão é bailarina profissional, dançarina de salão, atriz, coreógrafa e produtora cultural em São Luís. Sua vida artística começou em 1999, como bailarina clássica. Hoje, trabalha profissionalmente em espetáculos de artes cênicas e também no setor audiovisual, como atriz, cantora, dançarina e preparadora de elencos. Assinou obras como Ópera do Malandro - Chico Buarque, Bandeira de Aço - Papete, além de colecionar premiações em festivais de cinema no Maranhão. Atualmente, é presidente da Pìtàn Produções, onde realiza produções culturais em todo Brasil.

Cia Odu Artes Cênicas

Manifesto pelo corpo brasileiro, a Cia Odu Artes Cênicas é uma companhia de Dança Contemporânea com o objetivo de contar histórias não contadas. Os odus, em sua etimologia, significa "destino", mas também são uma representação gráfica e simbólica de narrativas dos povos originários. São eles que (re)direcionam e põem os corpos em movimento a partir das intenções e desejos.

Os odus são também reconhecidos como fonte de conhecimento ancestral, uma tecnologia de sobrevivência que atravessa o tempo. São histórias que demarcam e estruturam caminhos, vivências e experiências humanas sempre pautados numa referência ancestralizada e, portanto, também decolonial, o que casa com a proposta criativa da companhia: o investimento e escolha de referenciar em busca de perspectivas não eurocêntricas.

Serviço

O quê: turnê nacional do espetáculo “Abayomi - a resposta está na ancestralidade” na circulação nacional do Sesc Amazônia das Artes 2025;

Onde: em dez estados brasileiros, no Norte, Nordeste e Centro-Oeste;

Quando: entre os meses de agosto, setembro e outubro de 2025;

Mais informações: no Instagram da Cia Odu Artes Cênicas, produtora do espetáculo, no link: https://www.instagram.com/ciaodubrasil.