quinta-feira, 5 de setembro de 2024
Abertura do Festival Palco Giratório no Maranhão terá apresentação inédita do musical “Leci Brandão – Na palma da mão”
SÃO LUÍS - A celebração de uma das vozes mais importantes do samba marcará a abertura do Festival Palco Giratório Sesc 2024 no Maranhão - que recebe o projeto nesse formato pela primeira vez no estado. O musical carioca “Leci Brandão – Na Palma da Mão”, da Palavra Z Produções Culturais, será a atração de abertura do evento, que ocorre no dia 13 de setembro, às 19h30, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton, em São Luís.
O público poderá conferir de perto a trajetória da sambista Leci Brandão, uma das maiores artistas brasileiras, que é contada em um musical a partir das histórias de seus orixás, Ogum e Iansã, e por meio do doce olhar de sua mãe, Dona Leci, e de um de seus grandes aliados, Zé do Caroço.
O caminho trilhado pela artista, da ala de compositores da Mangueira a Assembleia Legislativa de São Paulo, é mostrado em cena ao longo de mais de 15 músicas, como “Conversando Com a Saudade”, “Papai Vadiou” e “Corra e Olhe o Céu”, além de sucessos como “Isso é Fundo de Quintal” e “Zé do Caroço”.
A narrativa também é construída a partir da relação entre mãe e filha, muito forte até a morte de D. Lecy, aos 96 anos, em 2019. Grande parte dos números musicais do espetáculo são composições de Leci Brandão, como “Gente Negra” e “Preferência”.
Com duração de 85 minutos e classificação etária de 14 anos, o musical conta com direção geral de Luiz Antônio Pilar e autoria de Leonardo Bruno. A adaptação dramatúrgica é assinada por Luiz Antônio Pilar, Luiza Loroza e Lorena Lima.
Festival Palco Giratório Sesc 2024
O Festival Palco Giratório 2024 traz ao Maranhão uma programação incrível e totalmente gratuita durante o mês de setembro. Serão 21 espetáculos de teatro, dança e circo, além de debates, oficinas e intercâmbios culturais, destinados para todas as idades, vindos de 15 estados (AM, DF, ES, GO, MA, MG, MS, PB, PE, RJ, RN, RR, RS, SC e SP).
Maior projeto de circulação de artes cênicas do Brasil, o evento reúne produções de diferentes estados que abordam temas relevantes como musicalidade, intergeracionalidade, negritude, acessibilidade e inclusão.
A entrada para as atrações do festival é gratuita por meio do ingresso solidário: o público é convidado a doar 1 kg de alimento não perecível, direcionado a instituições sociais atendidas pelo Programa Sesc Mesa Brasil. Os ingressos poderão ser retirados 1h antes do espetáculo no espaço de cada apresentação.
Programação de abertura
A programação de abertura do Festival Palco Giratório 2024 no Maranhão contará com espetáculos em São Luís e Itapecuru-Mirim, além de ações formativas. Veja, abaixo, as ações que integram o primeiro fim de semana do evento:
De 13 a 15 de setembro
Espetáculos – São Luís (MA)
13/09, 19h30, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton: “Leci Brandão – Na palma da mão”, Lapilar Produções Artísticas (RJ) / Gênero: Musical / Classificação: 14 anos;
14/09, às 19h30, no Teatro Arthur Azevedo: “Herança”, Cia Burlantins (MG) / Gênero: Musical / Classificação: Livre;
15/09, às 15h, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton: “Mundos – Uma viagem musical pela infância dos cinco continentes”, Grupo Maria Cutia de Teatro (MG) / Gênero: Teatro / Classificação: Livre;
15/09, às 19h30, no Arthur Azevedo: “A Vagabunda – Revista de uma mulher só”, Grupo Xama Teatro (MA) / Gênero: Teatro / Classificação: 14 anos;
Programação formativa
Pensamentos Giratórios / Debates
15/09, às 17h, no Sede do Boi da Floresta: Pensamento Giratório com a Cia. Burlantins (MG). Mediação: Josiane Silva (MA).
Ações de mediação cultural
13 a 28/09, às 15h, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton: Escolas públicas (agendadas).
Programação de espetáculos – Itapecuru-Mirim (MA)
14/09 (sábado), às 19h, na Praça Gomes de Sousa: “Mundos – Uma viagem musical pela infância dos cinco continentes”, Grupo Maria Cutia de Teatro (MG) / Gênero: Teatro / Classificação: Livre.
quarta-feira, 4 de setembro de 2024
Ministério da Cultura inicia diálogos regionais para construção do novo Plano de Diretrizes e Metas do audiovisual brasileiro
O Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria do Audiovisual (SAV), e em parceria com o Conselho Superior de Cinema (CSC), dará início aos diálogos regionais para a construção do novo Plano de Diretrizes e Metas (PDM) do audiovisual brasileiro nesta quarta-feira (4).
O plano orientará as políticas públicas do setor pelos próximos 10 anos, refletindo um compromisso estratégico do governo federal com o desenvolvimento sustentável e inclusivo do audiovisual no país.
Durante os encontros regionais, a equipe da SAV apresentará o histórico do último PDM (2011-2020), além dos diagnósticos e pesquisas atualizadas sobre o setor, para subsidiar as discussões.
As reuniões ocorrerão em formato híbrido, com transmissão ao vivo e participação tanto presencial quanto online, garantindo ampla participação.
Interessados para os encontros regionais no sul e sudeste podem se inscrever aqui até as 23h59 de hoje (2).
O processo de construção do PDM 2025-2034 será marcado pela participação ativa da sociedade civil. As primeiras conversas acontecerão nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR), e se estenderão até sexta-feira (6). Os encontros têm como objetivo coletar sugestões e propostas que contribuirão para a formulação do novo PDM, garantindo que as diretrizes do audiovisual brasileiro sejam construídas de maneira coletiva e alinhadas às necessidades e aspirações regionais.
O Grupo de Trabalho (GT) responsável pela elaboração do PDM conta com representantes de diversos ministérios, membros do Conselho Superior de Cinema e técnicos da Agência Nacional do Cinema (Ancine). O grupo traz especialistas com vasta experiência em áreas essenciais para o setor audiovisual, como educação, produção, exibição e mercados audiovisuais.
Sobre o PDM
O novo Plano de Diretrizes e Metas do audiovisual brasileiro busca criar um planejamento estratégico de longo prazo para o setor, definindo parâmetros para programas e projetos que promovam o desenvolvimento do setor. Além disso, visa articular ações entre diferentes ministérios, esferas de gestão e a sociedade civil, fortalecendo a governança e a sustentabilidade do setor.
Serviço:
Rio de Janeiro (RJ)
Data: 04 de setembro de 2024
Local: Sala Mário Tavares, anexa ao Theatro Municipal, Avenida Almirante Barroso, 14/16 - Centro, Rio de Janeiro.
Horário: 18h
Data: 05 e 06 de setembro de 2024
Local: FGV - prédio EBAPE, Rua Jornalista Orlando Dantas, 30 - Botafogo, Rio de Janeiro.
Horário: A partir das 9h
Curitiba (PR)
Data: 04 de setembro de 2024
Local: Secretaria da Cultura do Paraná (SEEC) - PR, no Auditório Brasílio Itiberê, localizado na Rua Ébano Pereira, 240 – Centro, Curitiba.
Horário: 17h
Data: 05 e 06 de setembro de 2024
Locais: Sala de reuniões da SEEC - Rua Ebano Pereira, 240, Centro - Curitiba/PR;
Espaço coworking da Biblioteca Pública do Paraná - Rua Candido Lopes, 133, Centro - Curitiba/PR.
Horário: A partir das 9h
Senado promove audiência para aprofundar debate sobre o Plano Nacional de Educação
O Plano Nacional de Educação 2024-2034 (PNE) foi tema de mais uma audiência pública promovida na Comissão de Educação (CE) do Senado, na segunda-feira (2) de Setembro.
A sessão teve o objetivo de aprofundar, antecipadamente, os debates a respeito do PL 2.614/2024 que trata do PNE, enviado pelo Executivo para tramitação no Congresso Nacional.
Apesar da proposta ainda aguardar deliberação na Câmara dos Deputados, para a senadora Teresa Leitão (PT-PE), o senado já pode e deve iniciar sua reflexão sobre o projeto “dado seu caráter estratégico para a superação dos desafios educacionais e, consequentemente, para a superação dos desafios nacionais, uma vez que o desenvolvimento nacional pressupõe investimentos substantivos em educação de qualidade”.
Outro debate já havia discutido o tema na CE, em 26 de agosto. Segundo o presidente da CNTE, Heleno Araújo, a CNTE participará em uma próxima sessão sobre o tema. As audiências ocorreram a pedido do senador Flavio Arns (PSB-PR), que coordenou a sessão, e das senadoras Teresa Leitão (PT-PE) e Janaína Farias (PT-CE).
“A Comissão de Educação e Cultura do Senado já quer se antecipar à chegada do Plano, inclusive para que essas audiências públicas possam contribuir no diálogo que esta Comissão pretende fazer com a Câmara, permitindo que, dentro do possível, convergimos no relatório final, facilitando a tramitação”, reforçou o senador Flávio Arns.
>ASSISTA O DEBATE COMPLETO NO YOUTUBE
Financiamento
Alessio Costa Lima, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), ressaltou a importância de ter garantido a participação da sociedade civil na Conferência Nacional de Educação (Conae 2024), manifestando seus desejos e necessidades do que se espera para a educação básica pública na próxima década. Segundo ele destacou, o PNE é um instrumento que vem para ajudar o governo em suas três instâncias, na organização para oferecer uma educação para todos, com qualidade e inclusiva.
Em sua fala, Alessio chamou atenção para a responsabilidade dos municípios brasileiros na oferta da educação pública. Segundo os dados apresentados pela Undime, atualmente os municípios são responsáveis pela maior parte das matrículas do país, atendendo 49,3% dos mais de 46 milhões de alunos matriculados nas quatro etapas do ensino básico.
“Observamos um intenso processo de municipalização de matrículas. Cada vez mais, os municípios têm recebido a responsabilidade em ofertar esse serviço. Precisamos trabalhar na perspectiva de que essas transferências de responsabilidade, principalmente na oferta do ensino infantil e fundamental, venham acompanhadas das condições básicas de financiamento”, aponta.
“Caso não exista o suporte necessário, há o risco de precarização e impedimento que o país continue avançando nas questões educacionais”, completou.
Sistema Nacional de Educação
Outro aspecto tido como fundamental para a execução do próximo PNE foi o Projeto de Lei Complementar (PLP) 235/2019 que institui o Sistema Nacional de Educação (SNE).
A proposta de autoria do senador Flávio Arns alinha as políticas, programas e ações da União, do Distrito Federal, de estados e de municípios, em articulação colaborativa dos entes da Federação na área educacional.
Segundo os debatedores, com a aprovação do SNE, que atualmente tramita na Câmara dos Deputados, a colaboração entre as três esferas do governo permitirá o planejamento e a execução das políticas públicas presentes no PNE.
"Não dá para aprovar um e deixar o outro sem aprovar, porque causa um descompasso que acaba impedindo a suplementação", salientou Alessio.
Equidade
O vice-presidente da Região Sudeste do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação (Foncede), Felipe Michel Braga, refletiu sobre as tentativas anteriores de execução dos Planos Nacionais de Educação no Brasil. Para ele, as experiências anteriores despertam incentivo extra para buscar alcançar a garantia de uma educação que atenda as necessidades dos estudantes com equidade.
“Tentamos quatro vezes ter um PNE no país. Chegamos, de fato, a elaborar dois Planos que tiveram cumprimento parcial, e isso é um estímulo para fazermos um novo e tentarmos até dar certo por completo. As experiências anteriores nos ensinam muitas coisas e nos instiga a procurar outras alternativas. Dessa vez, estamos falando de equidade mais do que qualquer outro PNE já tratou”, disse.
Para Filipe, o novo plano precisa ir além de um documento de metas, devendo orientar os esforços nacionais, por meio de um pacto federativo, em favor da população mais vulnerável.
Ele destacou ainda a formação de professores como um dos pontos cruciais para o avanços verdadeiros na educação. Segundo Felipe, há elementos que precisam ser tratados na perspectiva de atratividade da carreira. Além dos cursos de formação inicial, as remunerações precisam ser atrativas para que mais pessoas tenham interesse em ingressar no serviço.
“Quem está dentro da sala de aula é capaz de mudar a vida das crianças e jovens que estão com eles. São capazes de mudar o patamar que conseguimos alcançar em educação… Temos que continuar buscando um maior diálogo com as universidades e centros de formação, e também, em questão de serviço, com sindicatos. As duas instituições têm um papel muito importante na formação continuada e ao serviço dos professores”, considerou.
segunda-feira, 2 de setembro de 2024
SINPROESEMMA realiza maior Encontro Estadual de Aposentadas e Aposentados da história do sindicato
Presidente do SINPROESEMMA Raimundo Oliveira, Professora Edna Castro e a alegria das participantes do 10° Encontro Estadual de aposentados e aposentadas |
O Sinproesemma realizou nesta sexta-feira, 30 de agosto, o 10º Encontro Estadual de Aposentadas e Aposentados, com o tema “Pelo direito à qualidade de vida: envelhecer com respeito e dignidade”, o evento reuniu aposentadas e aposentados de todas as regionais do sindicato no estado.
O Encontro teve início com as boas-vindas às (aos) aposentadas (as) e a formação da mesa de abertura que teve a participação da secretária de Aposentados do Sinproesemma, Edna Castro, o massoterapeuta Jorge Botão, a secretária de Núcleos Municipais do Sinproesemma, Janice Nery, o Secretário Nacional de Aposentados e Assuntos Previdenciários da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Sérgio Kumpfer e o presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira.
Em seguida, Sérgio Kumpfer realizou a palestra sobre a Luta contra o confisco do desconto previdenciário na esfera do Judiciário e Congresso Nacional. Outros pontos de destaque foram as discussões sobre Políticas Públicas para a população idosa e a palestra sobre o tema central do evento, “Pelo direito à qualidade de vida: envelhecer com respeito e dignidade”, com a psicóloga Catarina Muniz.
Segundo a secretária de Aposentados do Sinproesemma, Edna Castro, ver a participação ativa e o entusiasmo de nossos aposentados e aposentadas é gratificante e nos motiva a continuar lutando por seus direitos.
“Cada encontro que realizamos é uma vitória para todas nós. O nosso encontro nos proporciona debates valiosos e também momentos de alegria e integração. Juntos, somos mais fortes e capazes de enfrentar os desafios que surgem. Agradeço a presença de todas (os)”.
Para o Secretário Nacional de Aposentados e Assuntos Previdenciários da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Sérgio Kumpfer, é fundamental discutir e conscientizar sobre as questões que afetam a vida dos nossos aposentados.
“A luta contra o confisco do desconto previdenciário é uma batalha que estamos travando em diversas frentes e momentos como este são essenciais para fortalecer nossa união e determinação. Agradeço ao Sinproesemma pelo convite e parabenizo pela organização deste importante encontro. Continuaremos trabalhando juntos em prol de um envelhecimento digno e respeitoso para todos”, pontuou Sérgio.
Já o presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira, falou sobre a satisfação de realizar o Encontro com as (os) aposentadas (os) e a importância de reconhecer toda a dedicação dos nossos aposentados e aposentadas à educação e ao desenvolvimento do nosso estado.
“O 10º Encontro Estadual de Aposentadas e Aposentados do Sinproesemma reafirma o nosso compromisso com a valorização e o bem-estar do nosso associado aposentado, demonstrando que, mesmo após a aposentadoria, a luta por direitos e qualidade de vida continua mais forte do que nunca. A luta pelo direito à qualidade de vida e pelo respeito à dignidade na terceira idade é uma das nossas principais bandeiras e continuaremos firmes nesta missão. Agradeço a todos os presentes, palestrantes e organizadores por contribuírem para o sucesso deste encontro”, concluiu Oliveira.
Ao final as aposentadas e aposentados participaram de coffee break, música ao vivo e sorteio de brindes.
Para acessar a galeria de fotos do 10º Encontro Estadual de Aposentadas e Aposentados
Segundo a secretária de Aposentados do Sinproesemma, Edna Castro, ver a participação ativa e o entusiasmo de nossos aposentados e aposentadas é gratificante e nos motiva a continuar lutando por seus direitos.
“Cada encontro que realizamos é uma vitória para todas nós. O nosso encontro nos proporciona debates valiosos e também momentos de alegria e integração. Juntos, somos mais fortes e capazes de enfrentar os desafios que surgem. Agradeço a presença de todas (os)”.
Para o Secretário Nacional de Aposentados e Assuntos Previdenciários da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Sérgio Kumpfer, é fundamental discutir e conscientizar sobre as questões que afetam a vida dos nossos aposentados.
“A luta contra o confisco do desconto previdenciário é uma batalha que estamos travando em diversas frentes e momentos como este são essenciais para fortalecer nossa união e determinação. Agradeço ao Sinproesemma pelo convite e parabenizo pela organização deste importante encontro. Continuaremos trabalhando juntos em prol de um envelhecimento digno e respeitoso para todos”, pontuou Sérgio.
Já o presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira, falou sobre a satisfação de realizar o Encontro com as (os) aposentadas (os) e a importância de reconhecer toda a dedicação dos nossos aposentados e aposentadas à educação e ao desenvolvimento do nosso estado.
“O 10º Encontro Estadual de Aposentadas e Aposentados do Sinproesemma reafirma o nosso compromisso com a valorização e o bem-estar do nosso associado aposentado, demonstrando que, mesmo após a aposentadoria, a luta por direitos e qualidade de vida continua mais forte do que nunca. A luta pelo direito à qualidade de vida e pelo respeito à dignidade na terceira idade é uma das nossas principais bandeiras e continuaremos firmes nesta missão. Agradeço a todos os presentes, palestrantes e organizadores por contribuírem para o sucesso deste encontro”, concluiu Oliveira.
Ao final as aposentadas e aposentados participaram de coffee break, música ao vivo e sorteio de brindes.
Para acessar a galeria de fotos do 10º Encontro Estadual de Aposentadas e Aposentados
Fonte: ASCOM - SINPROESEMMA
STF vai decidir se união estável pode ser convertida retroativamente em casamento
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se é possível converter uma união estável em casamento de forma retroativa. A matéria é tema do Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1405467, que teve a repercussão geral reconhecida (Tema 1313), ou seja, a tese a ser firmada será aplicada aos demais processos semelhantes em andamento na Justiça.
O caso diz respeito a um casal que, desde 1995, vivia em regime de união estável e teve dois filhos. Em 2006, para que os filhos tivessem direito à cidadania austríaca, eles pediram a conversão da união estável em casamento, mas com efeitos retroativos. A Justiça só deferiu a conversão a partir de 2017, quando saiu a decisão, levando-os a reiterar o pedido de retroatividade em nova ação em 2019, acrescentando, ainda, outro pedido, desta vez para mudança do regime de bens.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) abriu prazo para que o pedido relativo à retroatividade fosse excluído da ação, porque já tinha sido decidido. Como isso não foi feito, extinguiu o processo.
No recurso ao STF, o casal argumenta, entre outros pontos, que, em respeito ao princípio do acesso à Justiça, o TJDFT deveria analisar o outro pedido, que nunca havia sido apreciado em outro processo.
Manifestação
Relator do recurso, o ministro Flávio Dino se manifestou pela repercussão geral dos dois temas tratados no recurso – o momento em que começam os efeitos da conversão da união estável em casamento e a decisão do TJDFT de não examinar todos os pedidos do processo porque um deles já tinha sido resolvido de forma definitiva. Segundo ele, a discussão diz respeito à extensão da proteção devida pelo Estado às famílias formadas inicialmente por meio da união estável, depois convertida em casamento. Para Dino, as duas questões constitucionais vão além do interesse pessoal das partes.
A manifestação do relator foi seguida por maioria em deliberação no Plenário Virtual.
Ainda não há data prevista para o julgamento do mérito do recurso.
Pesquisa realizada na UFMA revela conhecimentos tradicionais sobre plantas medicinais em comunidade Quilombola da Baixada Maranhense
Bióloga e Pesquisadora Ingrid Fabiana Fonseca |
"Diversidade e valor de uso de plantas lenhosas na baixada maranhense, Amazônia Oriental, Brasil", é uma das pesquisas desenvolvidas no âmbito da pós-graduação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Realizada no doutorado em Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (BioNorte), a pesquisa, de autoria de Ingrid Fabiana Fonseca, foi premiada na última edição do Prêmio Fapema 2023.
Ingrid Amorim é graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão, doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação da Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (BioNorte) e realizou sua pesquisa sob a orientação dos professores Eduardo Bezerra de Almeida Júnior e Reinaldo Farias Paiva de Lucena, responsáveis por projetos na área da Botânica.
A pesquisa explorou o uso de plantas por uma comunidade quilombola na Baixada Maranhense, com o objetivo de compreender como as pessoas utilizam, cuidam e conservam essas plantas. Os resultados revelaram uma notável consciência e cuidado por parte da população, ressaltando a importância de preservar as práticas tradicionais.
A pesquisadora faz parte da comunidade quilombola Pericumã, localizada no município de Bequimão, e explica que escolheu este local como objeto de estudo para sua pesquisa devido ao seu vínculo pessoal com a comunidade.
“Desde a graduação, sempre quis trabalhar com etnobotânica, mesmo estando envolvida em outros trabalhos durante o meu tempo no laboratório, porém, quando chegou o momento do doutorado, eu tive uma conversa muito importante com a minha bisavó, que é quilombola, pois eu procurei descobrir mais sobre as minhas origens e a comunidade de onde sou, e, durante uma conversa, ela perguntou “Por que você não termina o seu ciclo de onde você veio?”, então fui conhecer a comunidade e, nesse contato, resolvi fazer a pesquisa voltada para o conhecimento popular que eles têm sobre a diversidade e o potencial de uso das plantas de uso medicinal que existem naquela comunidade, e que, até o momento, não havia nenhum estudo sobre isso”, relata a pesquisadora.
Direcionando o estudo para o uso de recursos naturais pela população da comunidade e a importância dos seus conhecimentos tradicionais para o uso das plantas em sua economia, alimentação e para usos medicinais, a metodologia adotada foi de censo, entrevistando membros das famílias da comunidade. Foram ao total 32 entrevistas, durante fevereiro de 2019 e novembro de 2020. Com o início da pandemia de covid-19, as entrevistas com residentes foram encerradas, e a pesquisa continuou por meio da identificação das etnoespécies coletadas durante as visitas presenciais à comunidade, usando com base para caracterização as plataformas botânicas, Specieslink e a Flora do Brasil. A classificação das espécies dentro do estudo foi avaliada por meio de cálculos de dois montantes, o valor de uso (VU) e a importância relativa (IR). Dos 32 entrevistados, 30 tinham conhecimento sobre plantas medicinais, com uma distribuição etária variada e predominância feminina.
A pesquisadora destaca que, por meio dessa metodologia de pesquisa, foi possível perceber que a maioria das plantas utilizadas pela comunidade já tinham uma caracterização científica e utilidade comprovada pela medicina, porém se diferenciando nas nomenclaturas utilizadas por cada um.
“Seguindo essa vertente de estudo, nós observamos que já existiam usos em comum com o da população Pericumã na Medicina, como, por exemplo, uso de passiflorácea para calmantes, e as maiores diferenças eram na nomenclatura utilizada por eles e pela medicina, como algo que seria categorizado como antidepressivo eles chamavam de chá para acalmar”, informa.
Ingrid Amorim ressalta também que, mesmo seguindo uma metodologia que abordou o uso de todas as plantas mais importantes da região, algumas não foram possível analisar de maneira científica, pois seu papel para o povo da comunidade era cultural, servindo como recurso ritualístico.
“Entre as plantas citadas por eles que avaliamos, o principal uso era para servir de alimentação ou medicinal, porém também existem plantas que eles utilizavam de forma ritualística, que, mesmo catalogando, não foi possível de forma científica averiguar a eficácia da utilização, já que se trata de uma medicina espiritual, e não uma medicina física. Um exemplo disso ocorreu quando conversei com uma senhora que possuía vários tipos de rosa do deserto em sua casa, de várias espécies, e, quando fui catalogar isso, ela me explicou que cada uma delas possui uma função diferente e servia para um tipo de doença espiritual diferente”.
A pesquisadora explica que os principais desafios enfrentados durante a pesquisa foram a adaptação ao cotidiano da comunidade Pericumã na primeira etapa da investigação e, posteriormente, o impacto do início da pandemia de covid-19 no andamento da pesquisa, que ocorreu entre 2019 e o segundo semestre de 2020.
“Trabalhar com comunidades tradicionais é sempre um desafio, porque a gente precisar ir à comunidade, se habituar com o modo de vidas deles, a gente precisa viver a vida deles, e não importa o nosso modo, apesar de ser distante da nossa realidade, precisamos conhecer o dia a dia deles, e nos adequarmos a isso para podermos começar a pesquisa. Durante a pandemia, eu não pude ir à comunidade, foi bem frustrante porque eu queria ir e continuar o trabalho, mas eu não podia botar em risco a saúde de ninguém. Então, para continuar, o líder da comunidade começou a se comunicar comigo por WhatsApp, e, quando eu precisava, ele ia à sede, conectava a internet e eu fazia perguntas a ele, e ele ia entrevistar as pessoas com quem eu precisava me comunicar, tirando dúvidas do que eu já tinha recolhido antes também, e ele perguntava a eles o que cada coisa significava, foi uma troca importante, ele recolhia as informações importantes da comunidade, me passava e eu repassava para o meu coordenador. Além disso, eu também conversava com a minha bisavó, que morava comigo em São Luís na época, e tirava dúvidas com ela sobre o que as pessoas respondiam, ela me explicava o que cada um dos termos que eu não entendia significava para eles na linguagem popular da comunidade”, declara.
O orientador da pesquisa, Eduardo Bezerra, enfatiza a importância de incluir a comunidade analisada nos resultados obtidos, oferecendo-lhes um produto relacionado à pesquisa. Isso permite que a comunidade compreenda sua própria importância e a relevância do seu conhecimento.
“Um dos pontos principais disso é devolver à comunidade o que eles nos apresentaram, trazendo para o meio acadêmico e estudando, avaliando, e averiguando essas informações que eles trouxeram, e, após comprovar o conhecimento deles, nós entregamos a devolutiva, reconhecendo a relevância disso. Uma das preocupações deles é que esse conhecimento se perca por falta de continuidade, porque as novas gerações já não têm interesse em aprender essas tradições e continuar propagando. Então a maioria da comunidade quer receber esse produto gerado da pesquisa para se ver nisso, ver que nós estamos pegando esse conhecimento com eles e reconhecendo a cultura deles, não apenas retirando e levando embora sem respeito a isso, então é algo muito importante que eles possam receber o resultado da pesquisa em mãos para ver esse reconhecimento pelas suas tradições. E propagar esses conhecimentos mesmo que de forma direcionada ao meio acadêmico é uma forma deles verem que a cultura e aprendizagens tradicionais não vão se perder e que poderão ficar registrados”, frisa.
Ingrid também destaca seu interesse em desenvolver, por meio da pesquisa, uma produção que possa ser utilizada na educação das crianças de Pericumã e servir como base educacional e cultural. Assim, mesmo que essas crianças decidam sair da comunidade futuramente, para estudar em outras cidades, terão uma sólida formação de origem.
“Nós estamos trabalhando para criar uma cartilha com os resultados da pesquisa para deixar esse documento na escola da comunidade, porque, ultimamente, as crianças de Pericumã têm saído de lá para estudar nas cidades, e esse conhecimento tem se perdido, então, deixando algo referente à pesquisa, podemos incluir esse estudo sobre os conhecimentos tradicionais deles na educação básica dessas crianças e continuar o contato deles com essas informações”, declara.
A pesquisadora explica que o estudo também foi muito importante para o reconhecimento da comunidade tradicional de Pericumã e seu conhecimento popular a respeito do uso de plantas em sua formação social e cultural.
“Há muita falta de divulgação da etnobotânica no Nordeste, especialmente no Maranhão, e por essa falta de conhecimento disseminado, mesmo com a baixada maranhense sendo rica em comunidades quilombolas, não existiam trabalhos direcionados para elas, então o meu trabalho foi pioneiro nisso, voltado para a comunidade Pericumã, e com objetivo de assim sucessivamente dar espaço para outros trabalhos serem desenvolvidos. Pericumã não era reconhecida na época, e, desde então, muitas portas foram abertas para a comunidade, e, hoje em dia, ela já possui o registro como comunidade tradicional. Já existem outros trabalhos sendo desenvolvidos lá, principalmente para a área social, pois muitos necessitam, e também passou a ter mais visibilidade para a parte de festejos tradicionais e, principalmente, para dar à comunidade maior poder sobre sua voz e saber até onde ela pode se impor”, reitera.
Eduardo Bezerra salienta a importância de conciliar o conhecimento popular e o científico na pesquisa e como isso é enriquecedor para ambas as partes, tanto a academia como a comunidade tradicional.
“A força que a pesquisa científica traz é reconhecer a importância do conhecimento tradicional, tendo muito respeito com o que eles conhecem, tanto que eles já sabem para o que serve cada planta, como funciona, a quantidade certa, quando fazer coleta ou não, e, cientificamente, nós apenas comprovamos o que eles já têm noção, desmistificando a ideia de que “se é conhecimento do povo, não serve, não é confiável”, declara o orientador da pesquisa.
O orientador também ressalta quão importante é o apoio da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (BioNorte), e da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão foi para a realização da pesquisa.
Para saber mais sobre a pesquisa, acesse um artigo que é uma ramificação da tese da autora.
Por: Pedro Correa
Produção: Ingrid Trindade
Revisão: Jáder Cavalcante
Desemprego cai a 6,8% em julho, menor taxa histórica para o mês, segundo IBGE
A taxa de desemprego caiu a 6,8% em julho, segundo divulgou o IBGE, nesta sexta-feira (30). Essa foi a menor taxa para trimestre encerrado em julho na série histórica da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do instituto, iniciada em 2012.
O desemprego recuou 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre de fevereiro a abril (7,5%) e caiu 1,1 ponto percentual frente ao mesmo trimestre móvel de 2023 (7,9%).
O número de desempregados no País caiu para 7,4 milhões, menor contingente de pessoas procurando por uma ocupação no país desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.
Total de trabalhadores
O número total de trabalhadores bateu novo recorde, chegando a 102,0 milhões. Houve recordes tanto no número de empregados com carteira quanto no contingente dos sem carteira de trabalho assinada: respectivamente, 38,5 milhões e 13,9 milhões.
O resultado foi idêntico à mediana das previsões de analistas colhidas pelo Projeções Broadcast. O intervalo das estimativas ia de 6,7% a 7,0%.
A menor taxa de desemprego de toda a série histórica foi registrada em 2014, quando chegou a 6,5%.
Massa de rendimentos cresce
O rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.206, com estabilidade frente ao trimestre móvel anterior e alta de 4,8% na comparação anual.
A massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores, chegou a R$ 322,4 bilhões, que mostrou altas de 1,9% no trimestre e de 7,9% na comparação anual.
O resultado evidencia a força do mercado de trabalho no País em momento em que o Banco Central tem reiterado surpresa com a força da atividade econômica.
O BC tem reforçado na comunicação da instituição, que o mercado de trabalho tem apresentado dinamismo maior do que o esperado.
Nesta semana, o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, apontou que já há sinais “ainda incipientes, mas mais claros” de que o aperto no emprego possa estar sendo transmitido para os preços de serviços “de uma forma mais prolongada”.
O BC vai se reunir, em meados de setembro, para deliberar sobre os juros e a aposta do mercado é de alta da taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano.
Fonte: DIAP
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