terça-feira, 27 de março de 2018

Contra desrespeito à jornada professores de Barreirinhas estão em greve por tempo indeterminado


Em Assembleia Geral realizada na última sexta-feira (23), coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), os professores da rede municipal de Barreirinhas, deliberam pela greve, por tempo indeterminado, contra o desrespeito da prefeitura, que tenta obrigar os professores a cumprir jornada de trabalho diferente da estabelecida na Lei do Piso.
A partir da próxima segunda-feira (2) é o indicativo para o início da greve dos professores. Para tentar sensibilizar a gestão municipal, para que dialogue com a categoria, foi realizada uma paralisação de advertência de dois dias na primeira quinzena deste mês.
Com mais de dez dias em estado de greve, a categoria recebeu uma sinalização de diálogo por parte da prefeitura, que agendou uma reunião com o sindicato para a próxima segunda-feira (2), no mesmo dia em que está previsto o início da greve. “Como já havíamos deliberado pela greve para iniciar neste mesmo dia, teremos duas comissões, uma ficará em frente à prefeitura, com faixas e cartazes fazendo protesto, e a outra estará dialogando com o prefeito. Se o gestor resolver voltar atrás da sua decisão em relação à jornada, vamos encerrar o movimento e voltar às atividades. Se não for uma resposta satisfatória, a greve continuará”, ressaltou a coordenadora do núcleo sindical de Barreirinhas, Leonilde Chaves.

Desrespeito


Os professores estão sendo obrigados a cumprir uma jornada de 16 aulas semanais, quando deveriam cumprir 13. A medida é considerada arbitrária pelo Sinproesemma, que exige o cumprimento correto da jornada do magistério, conforme prevê a Lei do Piso (11.738/2008), que manda destinar 1/3 da jornada para atividades extraclasse. O terço da jornada corresponde a 13 aulas semanais, mas algumas prefeituras querem que a categoria cumpra 16 aulas, infringindo a legislação.
Eles fazem um cálculo “totalmente equivocado”, segundo o sindicato, sobre o terço da jornada, levando em conta a hora-relógio de 60 minutos e não a hora-aula de 50 minutos, o tempo que, convencionalmente, em todo o Brasil, o professor sempre ficou em sala de aula, com a reserva de um pequeno intervalo para a troca de professores, entre uma aula e outra.
Fonte: ASCOM - SINPROESEMMA

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