Hoje pela manhã o Ministério Público Federal apresentou uma denúncia sobre o suposto hackeamento dos celulares de autoridades federais. A redação do Intercept soube, perplexa, que apesar de não ser investigado ou indiciado, Glenn Greenwald, editor cofundador do site, foi incluído na denúncia do MPF.
A denúncia – feita por um procurador amigo de Sérgio Moro – é mais um exemplo das arbitrariedades e dos métodos autoritários que se tornaram praxe nas ações do Ministério Público. Esses métodos foram expostos de maneira cristalina na #VazaJato. Por isso, não surpreende ver que a denúncia contra Glenn se baseia em um diálogo já amplamente analisado pela Polícia Federal na operação Spoofing. Na ocasião, a PF não imputou qualquer conduta criminosa ao jornalista.
Diz o relatório da PF: "Não é possível identificar a participação moral e material do jornalista Glenn Greenwald nos crimes investigados". A Polícia destaca, inclusive, sua "postura cuidadosa e distante em relação à execução das invasões".
Isso mesmo. Para a PF, Glenn foi cuidadoso no trato com a fonte. Fez jornalismo como deve ser feito: sem medo de quem tem poder, sem recorrer a expedientes espúrios, sem temer retaliações e preservando a relação com a fonte, direito garantido na Constituição Federal de 1988. |
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário