A publicação faz parte de uma iniciativa conjunta entre a Escola de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Harvard, HundrEd, Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Banco Mundial, sobre os desafios educacionais globais da Covid-19.
No artigo, intitulado “Brazil: Educação Infantil no Maranhão (Early Learning in Maranhão)”, os autores: Nicole Paulet Piedra, diretora de Conteúdo do Laboratório de Educação (Labedu) e o Professor Fernando Reimers, da Universidade Harvard, apontam as boas práticas adotadas pelo Maranhão, fruto da parceria entre a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e o Labedu.
Desde a parada das aulas presenciais, por conta da pandemia da Covid-19, a educação do estado do Maranhão foi desafiada na criação de métodos de aprendizagem remota apropriados para a Educação Infantil. A recomendação do Conselho Estadual de Educação (CEE) era a de priorizar atividades baseadas em interação em casa, que representou um novo desafio para o Estado.
Para auxiliar na resolução desse desafio, a Seduc contou com a parceria do Labedu, que organizou a melhor forma de ajudar os pais e responsáveis a cuidar de crianças pequenas e enriquecer seus ambientes do dia-a-dia, sensibilizando os adultos sobre seu importante papel no processo de aprendizagem das crianças com quem vivem.
Desta forma e com base em informações de pesquisas qualitativas realizadas em cinco municípios rurais do Maranhão em 2019, o Laboratório de Educação desenvolveu um compromisso familiar com o currículo escolar das crianças, que ofereceu sugestões concretas com maneiras para pais e cuidadores encorajarem suas crianças aprendendo e interagindo com eles durante as rotinas diárias e tarefas domésticas.
Todas as semanas esses programas, que são constituídos de videoclipes e áudios de 3 a 5 minutos, são transmitidos por meio de rádio institucional, através da parceria com a Rádio Timbira, site e redes sociais da Seduc. Esses programas educacionais permitiram à Seduc atingir mais de 10.000 pessoas através dos canais de divulgação.
Para a secretária Adjunta de Aprendizagem da Seduc, Nádya Dutra, fazer parte dessa publicação e disseminar ao mundo o que o Maranhão tem feito para o enfrentamento a essas dificuldades é um grande reconhecimento ao trabalho que vem sendo desenvolvido no estado.
“Nós consideramos que levar as experiências do Programa Escola Digna para as academias, para as instituições de Ensino Superior dentro do Brasil e, agora, fora do país, como essa experiência publicada na revista da OCDE, é de suma importância para a reflexão da Macropolítica de Educação do Maranhão, que é uma política de estado. Nesse sentido houve um investimento muito grande é uma dedicação técnica, para que o regime de colaboração com os municípios se efetivasse. E hoje, nós conseguimos completar a agenda das secretarias municipais de educação, dando apoio na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I e II”, pontuou Nadya Dutra.
“É uma oportunidade única para nós falarmos do Escola Digna, também, fora do Brasil. E pensar sempre numa possibilidade de melhoria, receber colaboração de pesquisadores, de educadores de outros lugares para que possamos continuar implementando no Maranhão uma política que represente uma educação de qualidade social”, finalizou Nadya.
A diretora de Conteúdo da Labedu, Nicole Paulet Piedra, agradeceu a colaboração e disponibilidade da equipe da Seduc e destacou que, certamente, o trabalho servirá de embasamento para que agentes educacionais de todo o país possam se espelhar em soluções para o enfrentamento de crises.
“Para o Laboratório de Educação é um grande prazer fazer parte dessa colaboração e poder dar visibilidade à tremenda dedicação da equipe da Seduc, em um momento tão desafiador para todas as redes públicas. Sei que a experiência relatada no case contribuirá de muitas formas para que outras lideranças da educação tenham insumos para refletir sobre as suas possibilidades de atuação”, disse Nicole Piedra.
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