sábado, 12 de dezembro de 2020
Flávio Dino: Interferência na Abin é crime de responsabilidade e comum
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) comentou na manhã deste sábado (12) a denúncia em reportagem da revista Época de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu relatórios com orientações para defender o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das ‘rachadinhas’ em seu gabinete quando era deputado estadual pelo Rio de Janeiro.
Segundo Dino, o uso da Abin para fins pessoais é motivo para impeachment, além de configurar também crime comum. “Caso confirmado, o uso da Abin para interesses exclusivamente pessoais de Bolsonaro não é apenas crime de responsabilidade, sujeito a impeachment. É também crime comum e ato de improbidade administrativa”, escreveu o governador em sua conta no Twitter.
Segundo a Época, são pelo menos dois documentos em que a Abin especifica a finalidade de defender Flávio no caso das ‘rachadinhas’ (desvio de salário de funcionários) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e sugere a substituição de funcionários da Receita Federal.
Os documentos contradizem a declaração do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) em 23 de outubro, quando outra reportagem da revista revelou que órgãos do governo se mobilizaram em busca de elementos que permitissem a anulação das investigações envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista de Flávio, além de amigo pessoal de Jair Bolsonaro.
Na ocasião, o GSI, chefiado pelo general Augusto Heleno, confirmou ter sido procurado pela defesa de Flávio Bolsonaro, mas declarou que as denúncias da equipe jurídica se mostraram um tema interno da Receita e que, respeitando suas atribuições legais, não teria realizado qualquer ação.
Fonte: Portal Vermelho
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