Em reunião nesta terça-feira (27) no Palácio dos Leões, o governador Flávio Dino conversou com profissionais da Força Estadual de Saúde (Fesma). O grupamento passa a atuar em nova frente, atendendo especificamente as comunidades quilombolas. A Fesma Quilombola é um programa de cooperação para promover medidas de prevenção, assistência e enfrentamento a situações de risco epidemiológico. Será a nova modalidade da Força e, em atuação, deve alcançar cerca de 7 mil pessoas por mês.
O governador Flávio Dino frisou que o novo segmento da Fesma representa celebrar a condição de libertação das pessoas. “Só existe liberdade com direitos. A Fesma, nessa nova fase, chega às comunidades quilombolas para garantir o acesso ao direito básico de saúde na atenção primária. Esta é uma esfera da saúde que realmente previne e resolve os problemas da imensa maioria do povo. Estas equipes estão treinadas e capacitadas para atender estas comunidades quilombolas e, assim, garantir o combate às desigualdades e que tenham maior acesso às políticas de saúde”, pontuou.
Nesta fase inicial, serão seis equipes, totalizando 24 profissionais, atuando em comunidades quilombolas de 28 municípios maranhenses. Entre as ações do grupamento estão prestar assistência de saúde às populações quilombolas em municípios mais vulneráveis; promover serviços de vigilância em saúde em situações de maior risco sanitário; e realizar ações de educação, capacitação e gestão do trabalho, em apoio às equipes da atenção primária.
“A Força é um programa de Governo que vem desde o início da gestão. Estas equipes são selecionadas e treinadas para a atuação em campo e que passam por um treinamento contínuo. Procuramos trabalhar em áreas com maiores dificuldades e vulnerabilidade, tendo como prioritárias áreas que não têm a cobertura do município”, frisou o secretário Marcos Pacheco.
O secretário de Estado de Igualdade Racial (SEIR), Gerson Pinheiro, avalia a importância da nova modalidade. “A criação da Fesma Quilombola é o encontro da Caravana Quilombola, da SEIR e da própria Fesma, que já atendia estas comunidades nos municípios. Daí vimos a necessidade da criação desse segmento, que foi prontamente acolhido pelo governado Flávio Dino. Nesse apoio, temos encontrado essa força para que possamos realizar um trabalho para a melhoria dessa parcela da população”, frisou.
A ampliação da Fesma dentro do programa Maranhão Quilombola data de agosto de 2021, quando iniciou a atuação em 28 municípios para atendimentos em 102 comunidades quilombolas. O foco estava na diminuição da mortalidade materna e infantil, hipertensão, diabetes e hanseníase.
Para o médico da Fesma, Samuel Dumont, o sentimento é de gratidão. “Estou na Fesma desde 2016 e me satisfaz a gratidão que recebemos quando estamos nos interiores levando nosso trabalho. Me marcou relato de comunidade quilombola, em Pedro do Rosário, de desesperança. Esse trabalho da Fesma vem com a missão de tirar esse pensamento, essa forca destas comunidades. Vamos fazer o máximo que for possível para levar esperança a essas comunidades”, ressaltou.
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