Luciano Siqueira |
O PCdoB realizou, dias atrás, o seu 15º. Congresso, que envolveu mais de 35 mil quadros militantes em todo o país, em suas etapas municipal, estadual e plenária nacional conclusiva.
Ao final, aprovou uma Resolução Política cujo gume está na luta para derrotar Bolsonaro e a extrema direita mediante ampla e destemida mobilização social, tendo em seu bojo a convergência de correntes políticas e segmentos sociais os mais diversos.
Também a absoluta necessidade de fortificar o próprio Partido, para que possa aproximar, crescentemente, o amplo prestígio e a influência que exerce no campo popular e progressista, na chamada “grande política”, com um correspondente enraizamento ativo no seio do povo e rápida ampliação de sua rede de organizações de base.
E no meio do caminho, a ingente batalha eleitoral de outubro do ano vindouro.
A Resolução aprovada se constitui numa primorosa peça de orientação calcada em sólida e amadurecida base teórica e política.
Com um fio condutor, no melhor espírito leninista: a correta observância da correlação de forças, no mundo e no Brasil, que evolui no entrechoque de tendências opostas.
Reconhecemos o ambiente internacional ainda de defensiva estratégica, em que se afirmam projetos nacionais de desenvolvimento (inclusive os de orientação socialista) que se confrontam com o império norte-americano e reforçam a tendência à multipolaridade.
No País, a dupla tendência à ascensão da luta democrática e ao gradativo isolamento e enfraquecimento de Bolsonaro e de sua base de direita extremada.
A ideia da frente ampla se afirma, mas ainda tem muito a percorrer. Assim como a possibilidade do impeachment do presidente, que vem esbarrando em obstáculos no campo adversário e em oscilações no seio das oposições.
A mobilização dos trabalhadores e do povo é fator decisivo.
Teoria, política e análise da realidade concreta, tendo o confronto entre forças opostas como percepção da realidade – dos grandes ambientes urbanos aos mais limitados grotões onde desperte a força do povo.
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