terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Ministra da Cultura participa da abertura do Comitê Gestor do Iphan e destaca o papel da preservação cultural


Nesta terça-feira (28), a ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou da abertura oficial da primeira reunião presencial do Comitê Gestor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília. O evento contou também com a presença do presidente do Iphan, Leandro Grass, e de representantes da alta gestão do órgão.

Em seu discurso, a ministra enfatizou a importância do resgate e valorização do patrimônio material e imaterial como ferramentas essenciais para preservar a memória e a identidade do povo brasileiro.

“Patrimônio é onde se guarda o coração, a sensação, a memória, os sentimentos de cada geração. Cada marca deixada ao longo do tempo constrói as bases para a nossa sociedade contemporânea”, afirmou Margareth Menezes.

A titular da Cultura também refletiu sobre o potencial cultural do Brasil, evidenciado nas diversas expressões populares e eruditas encontradas por todo o país.

“Como artista, percorri diversos lugares do Brasil e fui impactada por sua diversidade, uma riqueza que transita entre expressões populares e eruditas. Cada região carrega suas dinâmicas e potencialidades. Resgatar o patrimônio cultural é resgatar o ser humano”, acrescentou.

Margareth Menezes destacou ainda que a cultura valorizada é fundamental para a emancipação do povo: “Se não houver um governo que acredite e invista nisso, não conseguimos fazer. Cultura valorizada é um perigo para quem não quer a emancipação do povo, porque ela transforma, ela dá poder ao ser humano para se enxergar de forma plena”, enfatizou.

Já o presidente do Iphan, Leandro Grass, ressaltou os avanços do instituto e a importância de uma gestão voltada para as necessidades da sociedade. “Nós não trabalhamos para o povo, nós trabalhamos com o povo brasileiro. A cultura é a chave para a transformação real da sociedade, e a técnica deve estar a serviço da cidadania. O Iphan precisa ser reconstruído, mais aberto e mais integrado à população”, afirmou, destacando que o foco da gestão é consolidar a política cultural como uma política de Estado.

Em seguida, Grass apresentou um balanço das ações realizadas entre 2023 e 2024, com investimentos no campo do Patrimônio Imaterial, foram investidos R$ 13 milhões em 33 projetos em todo o país; em Educação Patrimonial, R$ 6,5 milhões destinados a 69 projetos; e no Patrimônio Material, R$ 24 milhões para 44 obras de restauro e conservação. Além disso, o Novo PAC recebeu um investimento de R$ 700 milhões, contemplando 144 obras e 105 projetos. Desde o início de 2023, mais de 3,8 mil novos sítios arqueológicos foram cadastrados no país, entre outras ações de destaque.

Programação

O Comitê Gestor, composto por 41 representantes da alta gestão do Iphan, está realizando sua primeira reunião presencial até esta sexta-feira (31), com uma intensa programação de debates e planejamentos. Durante a reunião, temas como Balanço, Fluxos, Comunicação Organizacional, Gestão Inclusiva e Diversidade estão sendo discutidos, com o objetivo de aprimorar a atuação do Instituto e fortalecer sua missão de cuidar do patrimônio cultural e de quem trabalha para preservá-lo.

Comitê Gestor

O Comitê Gestor tem a missão de planejar, avaliar e propor diretrizes que orientem o trabalho do Iphan, sendo um instrumento estratégico para a formulação de políticas públicas voltadas à preservação do patrimônio cultural brasileiro. Recriado em 2023, a partir do novo Regimento Interno do Instituto, o Comitê representa um marco importante na atual administração do Iphan e reforça seu compromisso com a preservação e valorização do patrimônio nacional.

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