
quarta-feira, 26 de março de 2025
Multiartista maranhense Itaercio Rocha celebra a MPB com shows do espetáculo “Ralando o Cotovelo no Asfalto”, em São Luís
SÃO LUÍS – O mês de abril de 2025 se aproxima – e é neste mês que o maranhense Itaercio Rocha apresentará ao público uma série de shows de “Ralando o Cotovelo no Asfalto”, seu novo espetáculo musical. Será uma dobradinha especial no Solar Cultural da Terra Maria Firmina dos Reis, no Centro de São Luís, nos dias 4 e 5 de abril (sexta e sábado), a partir das 20h.
Os shows criam um contraponto com as suas apresentações anteriores, quase sempre “alegres e festivos” – em “Ralando o Cotovelo no Asfalto”, o artista homenageia clássicos da MPB, celebrando compositores como João do Vale, Hermínio Bello de Carvalho, Luiz Gonzaga, Chico Buarque, Paulo César Pinheiro, Marluí Miranda, Sueli Costa, Caetano Veloso, entre tantos outros.
Neste novo espetáculo, Itaercio Rocha foge da sua zona de conforto, e enfrenta o desafio de intérprete, para encarar de frente canções que falam de solidão, abandono, traições e tristezas, em geral.
“Este novo show poderia facilmente se chamar ‘Vem Chorar Comigo’, deste artista que sempre convidou o público para a festa e exercícios de alegria, carnavais, cacuriás, cocos, congados e tantas cirandas. Contudo, é sim um espetáculo para poder chorar, para ralar o cotovelo seja lá onde for. Mas, principalmente, é uma experiência que se propõe a inquietar a alma, a procurar conforto e paz no ombro e colo dos nossos grandes compositores, intérpretes e na infinidade de belas canções que possuímos”, ressalta o artista.
“Ralando o Cotovelo no Asfalto” é um passo importante na jornada musical de Itaercio Rocha, que possui três álbuns solos e autorais (“Chegadim”, “Caboclo” e “Bumba Meu Ita”). Nesta nova empreitada, o maranhense inicia sua caminhada na trilogia sobre o amor, interpretando clássicos da MPB, acompanhado por Gabriela Flor na percussão e Chico Neis nas cordas, arranjos e direção musical do espetáculo.
Na dobradinha de apresentações em São Luís, o público pode esperar clássicos como: “Cão Sem Dono”, de Sueli Costa e Paulo César Pinheiro; “Dor de Cotovelo”, de Caetano Veloso; “Bom Vaqueiro”, de João do Vale e Luiz Guimarães; “Juazeiro”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira; entre outros destaques, como “Peito Véio”, do próprio Itaercio Rocha.
Os dois shows de “Ralando o Cotovelo no Asfalto” serão nos dias 4 e 5 de abril, a partir das 20h, no Solar Cultural da Terra Maria Firmina dos Reis, localizado na Rua Rio Branco, 420, no Centro de São Luís.
Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), e podem ser adquiridos de forma antecipada pelo telefone (98) 98754-4181 (Dandara) ou na entrada do evento (sujeito à lotação).
Para acompanhar mais informações sobre Itaercio Rocha, acesse o perfil do multiartista maranhense no Instagram, no endereço: https://www.instagram.com/rochaitaercio/.
Itaercio Rocha
Estudioso das manifestações populares brasileiras, além de diretor, ator, escritor e cantor, Itaercio Rocha tem especialização em Estudos Contemporâneos em Dança pela Universidade Federal da Bahia (UFBA – 2009) e é graduado em Educação Artística, com habilitação em Artes Cênicas, pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP – 2000).
Nascido em Vila de Pedras, no município Humberto de Campos (MA), Itaercio já morou em diversas cidades, como Olinda, Campo Grande, Rio de Janeiro e Maringá, antes de se estabelecer em Curitiba, no Paraná, em 1996 – nesta última, atuou e dirigiu o famoso grupo Mundaréu, comandando espetáculos como “Guarnicê”, “As Aventuras de Uma Viúva Alucinada”, “Cortejo Natalino”, “Embala Eu”, “No Pé do Lajero”, “Adamastô”, entre outros.
Serviço
O quê: show “Ralando o Cotovelo no Asfalto”, do artista maranhense Itaercio Rocha;
Quando: nos dias 4 e 5 de abril (sexta e sábado), às 20h;
Onde: no Solar Cultural da Terra Maria Firmina dos Reis, localizado na Rua Rio Branco, 420, no Centro de São Luís;
Ingressos: por R$ 30/Inteira | R$ 15/meia – antecipados pelo telefone: (98) 98754-4181 (Dandara);
Assessoria de Comunicação: (98) 99968-2033 (Gustavo Sampaio).
Acompanhe as novidades de Itaercio Rocha em:
Instagram:
https://www.instagram.com/rochaitaercio/
Spotify:
https://open.spotify.com/intl-pt/artist/6Bw1yFtTa0xNNdqW5wSekB
YouTube:
https://www.youtube.com/@itaerciorocha
MinC abre edital de seleção para novos membros da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura
O Ministério da Cultura (MinC) publicou, nesta terça-feira (25), edital para a habilitação de entidades interessadas na indicação de membros para compor a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) no biênio 2025-2027. O processo seletivo tem o objetivo de selecionar novos representantes da sociedade civil e do empresariado nacional na comissão responsável por analisar projetos que solicitam incentivo fiscal submetidos à Lei Rouanet.
As inscrições se iniciam às 14h desta quarta-feira (26) e pode ser realizadas aqui.
A comissão, responsável por assessorar a Pasta em decisões estratégicas sobre o mecanismo de incentivo à cultura e projetos culturais vinculados à Lei Rouanet, possui 21 cadeiras representativas da sociedade civil, distribuídas entre 18 representantes de setores como cultura indígena, cultura popular, combate a discriminações, acessibilidade cultural e segmentos artísticos — artes cênicas, artes visuais, audiovisual, humanidades, música e patrimônio cultural, além de três vagas para o empresariado nacional — de todas as regiões do Brasil, com atuação comprovada no setor.
Processo de seleção
O processo seletivo ocorrerá em três etapas: habilitação — inscrições de 26 de março a 25 de abril via formulário eletrônico —, indicação — envio de nomes por entidades habilitadas, de acordo com os critérios estabelecidos pelo edital —, e seleção final, realizada pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, com publicação dos nomes no Diário Oficial da União (DOU) até 15 de julho.
O edital prevê que podem se habilitar as entidades que possuem caráter associativo de âmbito nacional e representativas dos setores cultural e artístico; da arte e da cultura dos povos indígenas e das comunidades tradicionais; da cultura popular; das acessibilidades artísticas; do combate a discriminações e preconceitos de raça, etnia ou gênero; ou do empresariado nacional.
Distribuição de vagas
Das 21 vagas disponíveis, 18 são destinadas a representantes de entidades associativas dos setores culturais e artísticos, sendo seis titulares e 12 suplentes. As outras três vagas são reservadas a representantes do empresariado que atua no setor cultural, com um titular e dois suplentes.
Além disso, o edital estabelece critérios para garantir a diversidade e a representatividade regional. Pelo menos uma das vagas deverá ser preenchida por representante:
· da arte e da cultura dos povos indígenas e comunidades tradicionais;
· da cultura popular;
· do combate a discriminações e preconceitos de raça, etnia ou gênero;
· da acessibilidade cultural.
Por fim, o processo também assegura que ao menos duas vagas sejam ocupadas por representantes residentes de cada uma das cinco regiões do país.
Comissão avaliadora
A avaliação das inscrições será realizada por uma Comissão composta por 20 representantes, servidores do MinC e de suas unidades vinculadas, que deverão analisar os documentos apresentados pelas entidades participantes e verificar o atendimento aos requisitos do edital e a atuação na área cultural predominante.
O colegiado terá contará com quatro representantes da Secretaria da Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic), sendo um deles designado como presidente da comissão avaliadora, dois representantes da Secretaria do Audiovisual (SAv), um representante do gabinete da ministra da Cultura, um representante da secretaria executiva do MinC, dois representantes da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC), dois representantes da Fundação Nacional de Artes (Funarte), dois representantes da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), dois representantes da Fundação Cultural Palmares, dois representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e dois representantes do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
O Ministério da Cultura (MinC), em conformidade com o Decreto nº 11.453/2023 e no exercício de suas competências constitucionais, torna público o Edital MINC nº 1/2025, que estabelece as diretrizes para a habilitação de entidades associativas culturais e representativas do empresariado nacional, com vistas à indicação de membros titulares e suplentes da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC). A comissão, órgão estratégico para a avaliação de programas e projetos culturais amparados pela Lei Rouanet (Lei nº 8.313/1991), terá nova composição para o biênio 2025/2027, garantindo representatividade regional e setorial. Para mais informações, acesse a página do edital.
segunda-feira, 24 de março de 2025
Fim do RJU: Frente Parlamentar propõe ações para preservar direitos dos servidores
O possível fim do Regime Jurídico Único (RJU) dos servidores públicos foi tema de debate realizado na última terça-feira (11), na Câmara dos Deputados, pela Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público.
Representantes de entidades sindicais, parlamentares e especialistas estiveram presentes no auditório Nereu Ramos para discutir os impactos da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a validação da Emenda Constitucional 19, de 1998, que extinguiu a obrigatoriedade do RJU na administração pública.
Ao final do evento, foram formuladas propostas para preservar os direitos dos servidores e a qualidade dos serviços públicos.
Especialistas alertam que o fim do RJU representa uma mudança no modelo de gestão do serviço público brasileiro, com impactos negativos para a estabilidade do funcionalismo.
Crítica à decisão do STF, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) aponta que a medida fragiliza os concursos e os serviços públicos, abrindo caminho para contratações temporárias ou via CLT, que historicamente estão associadas a indicações políticas.
A entidade alerta que essa mudança representa um retrocesso. Em resposta, a CNTE, junto a outras entidades e à CUT, está mobilizada para reverter essa posição e defender a manutenção dos servidores públicos.
"Os contratos por CLT permitem isso, mantém o processo de indicação política. Por isso é necessário combater e estamos fazendo esse trabalho junto com outras entidades dos serviços públicos, para seguir firme nessa luta para reverter esse processo", disse Heleno Araújo, presidente da CNTE.
Na avaliação de Sérgio Kumpfer, secretário de Aposentados e Assuntos Previdenciários da CNTE, a decisão do STF traz enormes consequências e impactos, pois enfraquece as carreiras públicas.
“Ela segue a lógica de ataques e destruição das funções públicas, o que acaba rebaixando a qualidade dos serviços prestados à população”, avalia.
Kumpfer também destaca que a medida atinge diretamente a sustentação dos Regimes Próprios de Previdência, com “consequências desastrosas para aposentados”, que já sofrem com o confisco e as chamadas “reformas” prejudiciais. Para ele, a decisão vai contra as funções e as políticas públicas.
A Emenda Constitucional 19 foi questionada no Supremo Tribunal Federal (STF) por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2135, que pedia a inconstitucionalidade da emenda. No entanto, o STF julgou a ação improcedente em 6 de novembro de 2024, permitindo que estados, municípios e a União contratem servidores pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o que pode levar à precarização das relações de trabalho, com a adoção de contratos temporários e terceirizações.
Impactos na educação e saúde
Mariel Angeli Lopes, supervisora técnica do escritório regional do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) no Distrito Federal, destaca os efeitos negativos do fim do RJU, especialmente nas áreas de educação e saúde. Na educação, disse que quase 30% dos contratos na rede pública em 2014 já eram temporários, o que prejudica a continuidade do trabalho educacional. Ela cita o exemplo de alunos autistas, que dependem de vínculos estáveis com professores de apoio, mas muitas vezes perdem esse suporte devido à rotatividade de contratos temporários.
Na saúde, ela apresentou dados do estado de São Paulo, onde o número de servidores concursados na área caiu de 56 mil em 2013 para 32 mil em 2024. Segundo ela, a expansão dos serviços foi feita por meio de terceirizações e contratos temporários, o que compromete a qualidade do atendimento e a estabilidade dos trabalhadores.
Propostas de ação
Diante dos desafios, os participantes do seminário sugeriram propostas para enfrentar os impactos do fim do RJU. Entre elas:
Embargos e contestações jurídicas
Promover um “bombardeio de embargos” após a publicação do acórdão do STF, visando contestar a decisão que declarou constitucional a Emenda 19.
Proposta de Emenda Constitucional (PEC)
Apoiar e buscar assinaturas para a PEC que propõe a revogação da Emenda 19 e a reafirmação do RJU na Constituição. Atualmente, a PEC precisa de 172 assinaturas para tramitar, e a Frente Parlamentar tem 132 parlamentares, necessitando de mais assinaturas de outros partidos, segundo a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA).
“A política muitas vezes se transforma em uma questão de matemática. Se conseguirmos manter a união e a pressão, como fizemos na luta contra a PEC 32, podemos virar o jogo a nosso favor”, destacou a parlamentar.
Audiência com a ministra
Solicitar uma audiência com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, para reforçar a defesa do RJU e buscar medidas que evitem a precarização das contratações.
Fonte: ASCOM - CNTE
Ministra Luciana Santos apresenta balanço do MCTI em Comissão do Senado
A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática (CCT) do Senado Federal realizou, na quarta-feira (19), a sua 3ª reunião do ano. Convidada pelos senadores, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, apresentou um balanço das atividades da pasta, planos para o futuro e respondeu a questionamentos dos participantes.
A audiência, presidida pelo senador Flávio Arns (PSB/PR), contou com a participação dos senadores Astronauta Marcos Pontes (PL/SP), Teresa Leitão (PT/PE), Confúcio Moura (MDB/RO), Dra. Eudócia (PL/AL), Izalci Lucas (PL/SP) e Wellington Fagundes (PL/MT), além de diversos representantes do MCTI e de entidades ligadas à ciência e tecnologia no país. O debate abordou temas como o orçamento do setor, a importância do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o desenvolvimento da Inteligência Artificial no Brasil, a atração e retenção de talentos e a regionalização dos investimentos em ciência e tecnologia.
40 Anos do MCTI
A ministra Luciana Santos abriu sua fala ressaltando a relação entre o MCTI e a democracia brasileira. "Não é à toa essa coincidência. Sempre que há o fortalecimento da democracia, há um fortalecimento da ciência aberta, da ciência livre", declarou, referindo-se à criação do ministério durante a redemocratização do país. Para celebrar as quatro décadas de história, estão previstas ações como a criação da medalha Renato Archer, em homenagem ao primeiro ministro da pasta, exposições e a publicação de um livro e um documentário.
PAC impulsiona projetos estratégicos
Durante a reunião, a ministra falou sobre os projetos do MCTI que foram incluídos no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) pela primeira vez.
Entre eles:
- Sirius: Laboratório de luz síncrotron de última geração que receberá investimentos de R$ 800 milhões, até 2026, para a construção de 10 novas estações;
- Órion: Construção do laboratório de máxima contenção biológica (NB4), com investimento de R$ 1 bilhão, até 2026;
- Reator Multipropósito Brasileiro (RMB): O projeto promete autonomia na produção de radioisótopos, essenciais para a medicina e outras áreas. Está contemplado com um aporte de R$ 925,26 milhões;
- Expansão da conectividade para educação e pesquisa, por meio da construção de 19 Infovias Estaduais;
- Ampliação da cobertura do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), com investimento de R$82 milhões.
Inteligência Artificial
A integração do MCTI à Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial do governo federal, foi outro ponto abordado durante a audiência. Luciana Santos detalhou a participação do ministério nas seis missões da NIB, com ênfase na transição energética e na transformação digital. O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) promete impulsionar o desenvolvimento da IA no país. O supercomputador Santos Dumont, um dos mais poderosos do mundo, será peça fundamental nesse processo, com investimentos previstos de R$ 23 bilhões, até 2028.
Além disso, é previsto o desenvolvimento de modelos de linguagem em português para IA. "Queremos reduzir a dependência de modelos estrangeiros e refletir a cultura brasileira", explicou a ministra do MCTI.
Questionamentos
A questão da distribuição equitativa dos recursos para ciência e tecnologia ganhou destaque com a intervenção da senadora Teresa Leitão. "É preciso um olhar especial para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste", cobrou a parlamentar, enfatizando a necessidade de regionalizar os investimentos.
Em resposta, a ministra Luciana Santos apresentou números que preveem mais de R$ 2,49 bilhões destinados a projetos nessas regiões, até 2026. A senadora pernambucana ainda ressaltou a importância de iniciativas como o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene) e o apoio a pesquisas no semiárido.
O ex-ministro da Ciência e Tecnologia, senador Astronauta Marcos Pontes, levantou preocupações sobre o orçamento do Cemaden, o progresso de projetos como o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e o desenvolvimento de vacinas nacionais. "Precisamos garantir os recursos necessários para que o Cemaden possa cumprir sua missão de proteger a população", afirmou o senador.
Marcos Pontes defendeu a integração do ensino superior com a pesquisa, sugerindo que os Institutos Federais fossem vinculados ao MCTI. "O ensino superior conectado com a ciência e tecnologia tem um sentido bastante interessante, principalmente com a evolução rápida de muitas tecnologias", argumentou Pontes.
O senador Izalci Lucas levantou questões relacionadas à formação de profissionais qualificados e à falta de integração entre diferentes ministérios e áreas do governo. Também perguntou à ministra sobre os programas voltados para a agricultura familiar.
Respondendo aos questionamentos, a ministra Luciana Santos detalhou as ações do MCTI em cada área, mostrando os avanços e reconhecendo os desafios existentes. "Estamos trabalhando para fortalecer o Cemaden, ampliar a produção de radiofármacos, incentivar a pesquisa no Pantanal e desenvolver vacinas 100% brasileiras", assegurou.
Confira a apresentação da ministra.
Veja a íntegra da audiência no vídeo:
Fundação Casa de Rui Barbosa realiza tratamento de preservação de mais de 23 mil livros
Mais de 23 mil exemplares que constituem a biblioteca de Rui Barbosa, localizada no Museu - Casa do advogado, político, escritor e diplomata, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, estão passando por um tratamento de preservação. A iniciativa visa o cuidado e a manutenção do acervo, que representa a memória histórica da literatura brasileira. O tratamento, que utiliza tecnologia de ponta, consiste na identificação de possíveis insetos que possam, futuramente, causar danos ao patrimônio.
"A preservação de acervos é a missão central da Casa de Rui Barbosa, que se dedica à memória cultural brasileira, especialmente ao acervo de Rui Barbosa. Por isso, tratamos esse projeto como prioridade desde o início, com a urgência necessária e utilizando as tecnologias mais inovadoras disponíveis. Aqui, tradição, inovação e preservação caminham juntas para garantir a melhor solução na conservação de uma memória fundamental da história republicana brasileira: os livros da Biblioteca Rui Barbosa", destaca o presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), Alexandre Santini.
O detalhado processo de conservação, sob os cuidados de equipe técnica especializada, é realizado em um ambiente controlado. Compõem o acervo da biblioteca, edições raras, exemplares com dedicatórias, obras com anotações manuscritas de Rui Barbosa e clássicos da literatura preservados pelo intelectual.
A técnica inclui a aplicação de nitrogênio em espaço confinado para eliminar possíveis agentes biológicos. Concluída essa etapa, os livros serão higienizados antes de retornarem à exposição pública no museu.
sexta-feira, 21 de março de 2025
Dia Mundial da Poesia: conheça as iniciativas do MinC para a democratização do gênero literário
Nesta sexta-feira, 21 de março, é dia de celebrar a poesia, enaltecendo o gênero literário e seus autores. O Dia Mundial da Poesia foi criado em 1999, durante a 30ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), para promover a diversidade das línguas e incentivar o intercâmbio cultural. O Ministério da Cultura (MinC), por meio dos Pontos e Pontões de Cultura, Rede Nacional de Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura e Fundação Biblioteca Nacional (FBN), entidade vinculada à Pasta, desenvolvem ações voltadas à poesia.
A presidente do Instituto Cultural AbraPalavra, em Belo Horizonte (MG), Pontão Nacional de Cultura de Livro, Leitura e Literatura e integrante da Rede Nacional de Escolas Livres, por meio da Escola Livre de Estudos da Narração Artística (Elena), Aline Cântia, valoriza a homenagem. “É importante quando temos uma data para este gênero literário, porque podemos parar para promover, valorizar e difundir as múltiplas vozes que a poesia abriga”, salienta ela, que é também coordenadora da Elena.
O Brasil celebra ainda, em 31 de outubro, o Dia Nacional da Poesia, instituído pela Lei Nº 13.131, de 3 de junho de 2015. É uma homenagem à data de nascimento do poeta Carlos Drummond de Andrade.
Aline ressalta outros aspectos do gênero literário nos dias atuais. “Ela tem papel importante na ampliação das vozes que ocupam o espaço público: cada vez mais vemos poetas das periferias, indígenas, negros e mulheres ressignificando a tradição e trazendo novas narrativas para o cenário literário. A poesia pulsa no slam, nas redes sociais, nos saraus, nas ruas, na música, nas bibliotecas comunitárias, nos Pontos de Cultura, nos Pontos de Leitura, nas Escolas Livres, em todas as formas de arte”, diz Aline.
Segundo ela, a democratização da poesia está relacionada ao direito à arte. “Para torná-la mais acessível é essencial investir em formas de circulação mais dinâmicas e interativas, como a disponibilização de acervos de livro de poesia para bibliotecas comunitárias e públicas, realização e investimento público em saraus, slams, clubes do livro e outras experiências que aproximem a palavra poética do cotidiano das pessoas”, observa.

Foto: Igor Cerqueira
Cursos
A Elena, primeira escola de narração artística do país, oferece cursos, oficinas e rodas de conversa sobre escrita literária e criativa, entre outros temas. Em 2 de abril serão abertas as inscrições para duas oficinas literárias gratuitas que também têm a poesia como foco: Escrita Literária: Narrativas de Si e do Cotidiano e Literatura Feminina: Escrita para Mulheres Migrantes.
O Instituto Cultural AbraPalavra, que também é Pontão Nacional de Cultura de Livro, Leitura e Literatura, dentro da Política Nacional de Cultura Viva (PNCV) do MinC, tem vivências, oficinas on-line e atividades culturais envolvendo a poesia. Em maio será promovida oficina on-line de escrita literária, que engloba a poesia, com a escritora Mariana Botelho, do Ponto de Cultura Mucury, Comitê Gestor do Pontão. Também estão programadas oficinas virtuais de mediação de leitura nas quais será trabalhada a mediação da poesia em espaços como bibliotecas.

Foto: Divulgação
Sarau
Em Piaçabuçu (AL), o Ponto de Cultura Olha o Chico, desde o seu surgimento, em 1999, busca meios de estimular a leitura e desenvolver o gosto pelas artes e cultura. “As nossas ações voltadas para a poesia estão principalmente no sarau, onde disponibilizamos um varal com poemas, onde todos têm acesso. Com esse movimento, poetas da cidade trazem poesias para esses momentos. A instituição também espalha varais pela cidade em datas especiais”, conta Manoel Silvestre, do conta Manoel Silvestre, do Ponto de Cultura Olha o Chico, que integra o Comitê Gestor do Pontão AbraPalavra.
Do espaço saíram vários poetas, músicos, atores, contadores de histórias. O local ainda abriga uma biblioteca comunitária, com acervo de obras de poetas e escritores locais.
“Acreditamos que a poesia, assim como outras linguagens da escrita e oralidade carregam muitas história e ensinamentos. Queremos tornar a poesia acessível e os interessados mais perto da escrita e da possibilidade de externá-la a partir do sarau”, completa.
Slam
De acordo com a poeta slammer, ativista e educadora social mineira Nívea Sabino a poesia é fundamental nos dias de hoje. “Ela ativa os dispositivos que permitem as pessoas desenvolverem o pensamento crítico e a interpretação de um mundo menos literal. A crescente de movimentos ultraconservadores está ligada, também, a uma grande dificuldade de imaginar ou conceber outras formas possíveis de existência, algo que a poesia nos provoca a pensar”.
Com experiência na organização e atuação em slams, Nívea acredita que eles ajudam a tornar o gênero literário mais popular. “São espaços de escuta que permitem ao indivíduo acessá-la no seu cotidiano. Nestes locais, o poeta é um cidadão comum. Eles contemplam, por exemplo, pessoas semialfabetizadas, que as vezes não escrevem o próprio texto, porém, o recitam, locais onde essas pessoas podem e são estimuladas a se expressarem também, e o melhor: com as suas próprias habilidades. Os movimentos de poesia falada diminuem as distâncias que foram criadas ao longo da história da literatura e auxiliam na democratização do acesso”.
Revista
A Fundação Biblioteca Nacional celebra o Dia Mundial da Poesia com o lançamento, nesta sexta, da edição 42 da revista Poesia Sempre. A temática da publicação, em formato digital, é a poesia colombiana.
Para maio, a FBN prepara a estreia da nova temporada da série mensal de entrevistas Memória da Poesia Brasileira, com curadoria do poeta Sergio Cohn.
Na Sexta 21, Sábado 22 e Domingo 23 São Luís recebe espetáculo “Azira’i - Um Musical de Memórias'”, com Zahy Tentehar
SÃO LUÍS – Neste fim de semana, o Maranhão terá sessões especiais de “Azira’i - Um Musical de Memórias”, espetáculo escrito por Zahy Tentehar e Duda Rios e interpretado por Zahy, que chega em São Luís para duas sessões especiais no palco do Teatro Sesc Napoleão Ewerton, no Jardim Renascença.
O musical, aclamado pela crítica e público, além de vencedor do Prêmio Shell, terá sessões nesta sexta (21), às 20h, e neste sábado (22), às 19h – os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla, no link: https://www.sympla.com.br/eventos?s=teatro%20sesc%20napole%C3%A3o%20ewerton&tab=eventos.
Um solo autobiográfico, a peça conta a comovente história da relação entre Zahy e sua mãe, Azira’i Tentehar, a primeira mulher pajé da reserva indígena de Cana Brava, no Maranhão, que ocupou a categoria dos Pajés Supremos dos povos Tentehar, destinado apenas a pessoas com sabedorias medicinais e espirituais extremamente desenvolvidas. Ao longo do espetáculo, o público é convidado a mergulhar em uma história de força, amor e ancestralidade ambientado em uma comunidade indígena maranhense.
A relação entre mãe e filha se dá num contexto necessariamente conflituoso, em um interior nordestino extremamente patriarcal e em uma cultura tensionada entre a preservação de seus valores ancestrais e a absorção de dinâmicas e mazelas de um sistema de civilização globalizado.
Ao mesmo tempo em que Zahy é a filha escolhida por sua mãe para herdar os dons de pajelança e comunicação com os Mairas, é também nela que Azira’I descarrega as frustrações de existir num ambiente colonial e opressor. No palco, a atriz alterna cenas em português e, também, em Ze’eng eté, trazendo para o centro da cena o debate sobre os processos de aculturamento aos quais foi submetida.
Em São Luís, a temporada de “Azira’i - Um Musical de Memórias”, que conta com classificação indicativa de 12 anos, terá acessibilidade em libras e audiodescrição, com produção conjunta da Alvoroço Criação e Produção Cultural e Sarau Cultura Brasileira.
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