sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Após reunião Presidente Nacional do PCdoB diz que "na reta final do 2º turno, nosso grito é contra o retrocesso"

O secretariado nacional do PCdoB realizou nesta quinta-feira (16) uma reunião ampliada com a participação de representantes de várias frentes de atuação dos comunistas, como de juventude, mulheres, sindical e movimento negro. O encontro contou ainda com a presença de dirigentes dos estados de São Paulo, Paraná e Pernambuco.


Fotos: Clécio Almeida
Secretariado: "desmascarar a candidatura de Aécio Neves"
 
Na ocasião, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, falou sobre a conjuntura da campanha e disse que o objetivo do encontro é debater como o “partido conduzirá o trabalho no segundo turno com algumas frentes e nos espaços estratégicos, para acompanhar e ver mais de perto como impulsionar a campanha no curso do segundo turno, que é a grande batalha, a luta decisiva”. Ele destacou ainda a necessidade do PCdoB “se empenhar ainda mais pela vitória da presidenta Dilma”.

Para Renato, “essa campanha eleitoral foi marcada por vários movimentos em que as forças conservadoras no primeiro momento tiveram que instrumentalizar a campanha de Eduardo Campos, com o objetivo de levar as eleições para o segundo turno, o Eduardo seria o fator que poderia contribuir para levar a campanha para o segundo turno. Com a morte dele, as forças conservadoras se voltam para impulsionar a campanha de Marina Silva, tentando torná-la a a candidata capaz de levar para o segundo turno”.

Depois de desconstruída a candidatura de Marina, as forças conservadoras concentram seu apoio em Aécio Neves, que é o candidato de sua maior confiança. “O crescimento de Aécio no final do primeiro turno atiçou as lideranças conservadoras [meios financeiros, partidos conservadores e veículos de comunicação]. As forças oposicionistas, no desespero e no afã de impulsionar o candidato resultante, montam uma grande escalada com objetivo de levar a cabo a derrota da presidenta Dilma, para isso eles passaram a utilizar todos os recursos e todos os meios para vencer.”

Segundo Renato, na primeira semana da campanha essas forças aproveitam o ascenso de Aécio e ressaltam os apoios que recebeu. Destacaram a visita de Aécio à família de Eduardo Campos, o apoio do PSB, a Marina, entre outros. Em contrapartida, “os apoios a Dilma não foram noticiados”, afirmou.

Caso Petrobras e a República do Galeão

O presidente do Partido salientou a manipulação abusiva e o aparato montado pela oposição no caso das declarações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, envolvido em caso de corrupção. “Fizeram uma montagem de um poder paralelo, numa ação combinada entre grandes grupos da mídia e o aparato judiciário, transformando a investigação em um ‘inquérito policial político’, manipulando abusivamente partes de um processo, com depoimentos que correm em segredo de justiça, mas foram vazados para a imprensa.” Renato referiu-se à analogia histórica que estão fazendo com o período do segundo governo de Getúlio Vargas, quando foi estabelecida a “República do Galeão”, um poder paralelo montado na época para fazer um grande cerco a Getúlio e desestabilizar seu governo.
Dois projetos

De forma didática, o presidente explicou a importância da batalha eleitoral. “Estão em jogo dois projetos. Isto fica ainda mais claro porque são duas candidaturas. Nesta segunda semana, a campanha da presidenta Dilma passou a barrar a investida reacionária e começa a partir para a ofensiva. O centro da nossa contraofensiva é desconstruir, desmascarar a candidatura de Aécio Neves”, afirmou.

Debate na TV

Segundo Renato, ficou claro entre os presentes que Dilma Rousseff se saiu melhor, pois no debate ela “encurralou o Aécio, ela teve uma postura muito segura e altiva, pode demonstrar isso com grandeza. E esse foi o primeiro passo para desnudar a candidatura do tucano”, ressaltou.

”Eu estava lá e vi como ele ficou. O Aécio estava irreconhecível, comparado com os outros debates, ficou desnorteado, mostrando assim, claramente, uma situação de grande constrangimento, a fisionomia dele era de quem foi pego em flagrante, ele não esperava o desmascaramento dele assim”, relatou.

Contraditório

Em outra parte, Renato Rabelo fez questão de ressaltar que “Aécio afirma que vai continuar o que os governos de Lula e Dilma fizeram na área social para ganhar o eleitor, mas sabemos que é inteiramente contraditório com a política econômica dele, não há como ele continuar com esses programas, pois sua política econômica será feita com grandes cortes, e cortes, sobretudo nessa área social”.

O dirigente comunista disse ainda que é muito grave para um candidato à Presidência que no governo dele em Minas Gerais, foi desviado mais de 8% dos investimentos que deveriam ter sido aplicados na saúde. “E isso foi comprovado pelo próprio Tribunal de Contas do Estado, e foi interessante que os dados foram tirados do ar, desapareceu. É mais um desmascaramento, um flagra importante e a grande mídia não diz nada”, ponderou.

Renato acentuou ainda a citação que a presidenta fez sobre nepotismo no governo de Aécio. O presidente do PCdoB comemorou a fala da presidenta que declarou não ter nenhum parente que trabalhe com ela, e lembrou ainda que Dilma não tem “em toda a sua vida política” um processo contra ela.

Ainda em sua intervenção, Renato abordou que o Ministério Público considerou no caso do aeroporto construído por Aécio em Claudio-MG, um caso de improbidade administrativa, desvio de dinheiro público, salientou. “No plano ético e moral Aécio não é nadador, é um grande afogador no terreno”, contou. Também sobre o debate, Renato ressaltou a fala de Dilma quanto aos arquivamentos dos processos no período dos governos tucanos. “Por isso, camaradas, além dos escândalos dos tucanos que foram arquivados, ninguém foi preso, contrastando com o período atual.”

Mobilização

Para Renato, a desconstrução da candidatura de Aécio dá um novo fôlego e coloca a campanha da presidenta Dilma na ofensiva. “Por ser uma polarização, fica mais fácil para o povo distinguir o que está em jogo, que são dois projetos. E essa relação de quem é amigo e de quem é inimigo está mais clara.”

Dilma começa a crescer e a retomada da ofensiva cria um momento de mobilização maior das redes, com múltiplos eventos e criativas ações, isso estimula mais a nossa militância, provocando uma nova realidade de estímulo no momento da reta final.

Fonte: Da Redação do Portal Vermelho
Eliz Brandão

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