Fotos: Clécio Almeida
Secretariado: "desmascarar a candidatura de Aécio Neves"
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Para Renato, “essa campanha eleitoral foi marcada por vários movimentos em que as forças conservadoras no primeiro momento tiveram que instrumentalizar a campanha de Eduardo Campos, com o objetivo de levar as eleições para o segundo turno, o Eduardo seria o fator que poderia contribuir para levar a campanha para o segundo turno. Com a morte dele, as forças conservadoras se voltam para impulsionar a campanha de Marina Silva, tentando torná-la a a candidata capaz de levar para o segundo turno”.
Depois de desconstruída a candidatura de Marina, as forças conservadoras concentram seu apoio em Aécio Neves, que é o candidato de sua maior confiança. “O crescimento de Aécio no final do primeiro turno atiçou as lideranças conservadoras [meios financeiros, partidos conservadores e veículos de comunicação]. As forças oposicionistas, no desespero e no afã de impulsionar o candidato resultante, montam uma grande escalada com objetivo de levar a cabo a derrota da presidenta Dilma, para isso eles passaram a utilizar todos os recursos e todos os meios para vencer.”
Segundo Renato, na primeira semana da campanha essas forças aproveitam o ascenso de Aécio e ressaltam os apoios que recebeu. Destacaram a visita de Aécio à família de Eduardo Campos, o apoio do PSB, a Marina, entre outros. Em contrapartida, “os apoios a Dilma não foram noticiados”, afirmou.
Caso Petrobras e a República do Galeão
O presidente do Partido salientou a
manipulação abusiva e o aparato montado pela oposição no caso das
declarações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, envolvido em
caso de corrupção. “Fizeram uma montagem de um poder paralelo, numa
ação combinada entre grandes grupos da mídia e o aparato judiciário,
transformando a investigação em um ‘inquérito policial político’,
manipulando abusivamente partes de um processo, com depoimentos que
correm em segredo de justiça, mas foram vazados para a imprensa.” Renato
referiu-se à analogia histórica que estão fazendo com o período do
segundo governo de Getúlio Vargas, quando foi estabelecida a “República
do Galeão”, um poder paralelo montado na época para fazer um grande
cerco a Getúlio e desestabilizar seu governo.
De forma didática, o presidente explicou a importância da batalha eleitoral. “Estão em jogo dois projetos. Isto fica ainda mais claro porque são duas candidaturas. Nesta segunda semana, a campanha da presidenta Dilma passou a barrar a investida reacionária e começa a partir para a ofensiva. O centro da nossa contraofensiva é desconstruir, desmascarar a candidatura de Aécio Neves”, afirmou.
Debate na TV
Segundo Renato, ficou claro entre os presentes que Dilma Rousseff se saiu melhor, pois no debate ela “encurralou o Aécio, ela teve uma postura muito segura e altiva, pode demonstrar isso com grandeza. E esse foi o primeiro passo para desnudar a candidatura do tucano”, ressaltou.
”Eu estava lá e vi como ele ficou. O Aécio estava irreconhecível, comparado com os outros debates, ficou desnorteado, mostrando assim, claramente, uma situação de grande constrangimento, a fisionomia dele era de quem foi pego em flagrante, ele não esperava o desmascaramento dele assim”, relatou.
Contraditório
Em outra parte, Renato Rabelo fez questão de ressaltar que “Aécio afirma que vai continuar o que os governos de Lula e Dilma fizeram na área social para ganhar o eleitor, mas sabemos que é inteiramente contraditório com a política econômica dele, não há como ele continuar com esses programas, pois sua política econômica será feita com grandes cortes, e cortes, sobretudo nessa área social”.
O dirigente comunista disse ainda que é muito grave para um candidato à Presidência que no governo dele em Minas Gerais, foi desviado mais de 8% dos investimentos que deveriam ter sido aplicados na saúde. “E isso foi comprovado pelo próprio Tribunal de Contas do Estado, e foi interessante que os dados foram tirados do ar, desapareceu. É mais um desmascaramento, um flagra importante e a grande mídia não diz nada”, ponderou.
Renato acentuou ainda a citação que a presidenta fez sobre nepotismo no governo de Aécio. O presidente do PCdoB comemorou a fala da presidenta que declarou não ter nenhum parente que trabalhe com ela, e lembrou ainda que Dilma não tem “em toda a sua vida política” um processo contra ela.
Ainda em sua intervenção, Renato abordou que o Ministério Público considerou no caso do aeroporto construído por Aécio em Claudio-MG, um caso de improbidade administrativa, desvio de dinheiro público, salientou. “No plano ético e moral Aécio não é nadador, é um grande afogador no terreno”, contou. Também sobre o debate, Renato ressaltou a fala de Dilma quanto aos arquivamentos dos processos no período dos governos tucanos. “Por isso, camaradas, além dos escândalos dos tucanos que foram arquivados, ninguém foi preso, contrastando com o período atual.”
Mobilização
Para Renato, a desconstrução da candidatura de Aécio dá um novo fôlego e coloca a campanha da presidenta Dilma na ofensiva. “Por ser uma polarização, fica mais fácil para o povo distinguir o que está em jogo, que são dois projetos. E essa relação de quem é amigo e de quem é inimigo está mais clara.”
Dilma começa a crescer e a retomada da ofensiva cria um momento de mobilização maior das redes, com múltiplos eventos e criativas ações, isso estimula mais a nossa militância, provocando uma nova realidade de estímulo no momento da reta final.
Fonte: Da Redação do Portal Vermelho
Eliz Brandão
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