A Justiça
Eleitoral concedeu nesta terça-feira (30) direito de resposta à campanha
de Flávio Dino na TV Difusora e em dois blogs por causa da veiculação
do vídeo com falsas acusações contra o candidato da Coligação Todos Pelo
Maranhão.
No vídeo – que
rapidamente se mostrou uma farsa –, um presidiário acusa Flávio de
integrar uma quadrilha de assalto a bancos e tráfico de drogas. O
detento confessou depois ter recebido promessas de dinheiro e regalias
para mentir.
A TV Difusora,
pertencente ao candidato Edinho Lobão, divulgou o vídeo diversas vezes,
mesmo tratando-se de uma evidente farsa, conforme ficou provado.
A campanha de Dino
entrou com pedido de direito de resposta. Após o Ministério Público
Eleitoral se manifestar favoravelmente, o Tribunal Regional Eleitoral
decidiu no mesmo sentido.
Calúnia e manipulação
Na decisão, a juíza
Maria José França Ribeiro ressalta que, quando o vídeo foi divulgado,
não se sabia quem era o preso e nem o local onde foram dadas as
informações. Logo, o vídeo não tinha credibilidade alguma: "Até mesmo
porque, como pontuou o Ministério Público Eleitoral em seu parecer, se
mostraram essas afirmações insubsistentes, com forte suspeita de
manipulação".
A juíza acrescenta
que faltou "mais cuidado quanto à mínima apuração da procedência das
afirmações nele contidas, antes de sua ampla divulgação".
"Ademais, o
conteúdo do referido vídeo deixa patente seu viés calunioso, já que
alguém não identificado, em circunstâncias obscuras, atribuiu ao
representante [Dino] a liderança de uma quadrilha."
Para a juíza Maria
José França Ribeiro, ficou evidente o "grave prejuízo eleitoral que a
divulgação, às vésperas de uma eleição e sem as precauções devidas, de
uma notícia dessa natureza pode ocasionar à candidatura de quem quer que
seja".
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