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| Deputados e Sindicalistas cobram responsabilidade da ALUMAR |
A audiência pública foi solicitada pelo deputado estadual Adriano Sarney (PV), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos da AL, que convidou pessoalmente os dirigentes da ALCOA/ALUMAR no Maranhão, através de ofícios e telefonemas. A multinacional enviou apenas uma carta informando a impossibilidade de comparecer ao ato em virtude de compromisso anteriormente marcado.
Os deputados Wellington do Curso (PPS), Zé Inácio (PT) e Junior Verde (PRB) também estiveram presentes destacando preocupação com a peculiaridade do tema tratado. Além destes, Petrônio Alves Macedo, representante da Secretaria de Estado do Trabalho e Economia Solidária; Cláudio Azevedo, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão – FIEMA e o Procurador do Ministério Público do Trabalho do Maranhão, Dr. Maurel Mamedes Selares.
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| Presidente do SINDMETAL, José Maria Araújo |
Os deputados estaduais demonstraram indignação com a falta de compromisso da ALCOA/ALUMAR em participar da audiência, mas chegaram ao consenso de tentar mais uma vez o contato com a multinacional.
Os diretores sindicais Carlindo, Iraelson, Honório, Linhares e os assessores jurídicos da entidade, Jonatam Silva e Guilherme Zagallo, também estiveram participando do ato.
Petrônio Macedo destacou que a demissão anunciada é preocupação diária do governador Flávio Dino, que cobrou dos titulares das pastas de Trabalho e Indústria e Comércio o acompanhamento semanal desta questão, já que o impacto no fechamento destes postos de trabalho seriam de prejuízos incalculáveis.
Maurel Selares disse que a demissão em massa precede de uma formalidade diferente daquela realizada individualmente com um, dois ou três trabalhadores. “Não há regulamentação, mas a jurisprudência e entendimento consensual no Tribunal Superior do Trabalho – TST, é de que a demissão em massa é regida por um acordo bilateral, não sendo cabível de decisão unilateral da empresa”, afirmou.
O Procurador disse ainda que a pressa da ALCOA/ALUMAR em findar o processo de demissão é anormal e espantoso. “Em um dia eles solicitam uma mediação no MPT, e no outro segundo o Sindicato dos Trabalhadores eles começam a mandar os trabalhadores para casa”, comentou.
Para Cláudio Azevedo, a Federação vê as demissões anunciadas com bastante preocupação, tendo em vista que na área da ALCOA/ALUMAR houve um investimento de 5 bilhões ao longo dos anos. “Uma indústria com um volume de investimentos desta natureza não pode fechar as portas do dia para a noite. Queremos ouvir a ALUMAR, e se preciso for, buscar caminhos alternativos como fizemos em Açailândia na crise do ferro gusa, onde readequamos e capacitamos trabalhadores, conseguimos redução de impostos, postergamos empréstimos, entre outros”, afirmou Cláudio.
O advogado do SINDMETAL, Dr. Guilherme Zagallo, disse que o impacto na suspensão da produção de alumina se refletirá não só nos 650 trabalhadores demitidos diretamente, bem como para mais 2 ou 3 trabalhadores terceirizados, além de suas famílias que dependem diretamente desse sustento. “Ao final, essa demissão atingirá quase 5 mil pessoas diretamente”, afirmou. O advogado disse ainda que em 2008 e 2009, na crise mundial, o preço do alumínio estava muito mais baixo que atualmente mas nem por isso, a empresa fechou esse número de postos de trabalho. “Com a falta dessa produção o Brasil passará de exportador para importador de alumínio e a nossa economia sofrerá uma redução de 800 milhões de dólares, já que a produção da ALCOA representa 25% do alumínio brasileiro”, comentou Zagallo.
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| Sindicalistas e trabalhadores acompanham Audiência |
– Realização de uma segunda audiência pública;
– Tentar mais uma vez ouvir a ALCOA/ALUMAR, solicitando inclusive uma visita dos Deputados nas dependências da empresa o mais rápido possível;
– Solicitar às Secretarias municipais e estaduais competentes, relatórios de incentivos e isenções fiscais dados a ALUMAR;
– Solicitar da Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMA, relatório sobre as licenças ambientais da ALUMAR, bem como a descrição da área que a mesma ocupa, destacando o espaço da Redução (área que segundo a multinacional terá as operações encerradas);
– Solicitar do BNDES informações sobre todos os empréstimos já realizados pela ALCOA/ALUMAR, inclusive o que financiou as obras da hidrelétrica de Estreito e a ampliação da fábrica nos últimos dez anos;
– Solicitar à ALCOA/ALUMAR informações técnicas sobre a demissão de empregados diretos e terceirizados ligados a área que terá as atividades encerradas;
– Solicitar do Ministério Público do Trabalho – MPT, todas as datas das mediações que ocorrerão entre empresa e sindicato de trabalhadores para que os deputados estaduais participem;
– Provocar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE;
– Entre outros encaminhamentos.
Fonte: ASCOM Sindmetal



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