Francisco Saraiva da Silva Júnior
Ontem, 19 de abril, a AGED (Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão) completou 13 anos de criação. Iniciativa do governador José Reinaldo Tavares (2002 – 2006), nasceu com a finalidade de garantir a qualidade da produção agropecuária, pela fiscalização dos alimentos de origem vegetal e animal. Missão que, em suma, assegura a saúde pública.
Integrante do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA), desenvolve ações em conjunto com o Ministério da Agricultura, Produção e Abastecimento (MAPA). Mas associa a essas atividades as suas próprias, como educação sanitária, procurando mostrar à comunidade empreendedora e empresarial rural a importância socioeconômica do combate às pragas e dos cuidados com rebanhos e plantações.
Atualmente, a autarquia enfrenta dificuldades para cumprir sua finalidade. Seus quadros técnicos estão defasados (trabalha com 50% da capacidade), seus servidores estão desmotivados, suas instalações físicas carecem de ambiente confortável e equipamentos e as equipes de campo reclamam de segurança. Situação que se agravou gradualmente ao longo destes 13 anos, por falta de acompanhamento e atendimento gradual das necessidades.
O SINFA-MA (Sindicato dos Servidores da Fiscalização Agropecuária do Estado do Maranhão), que representa os servidores na defesa dos seus interesses, afinal, tem alertado constantemente sobre a crescente desestruturação, principalmente nos últimos dois anos, quando organizou e apresentou ao Governo do Estado longa Pauta de Reivindicações.
Mostrou desde a necessidade de concurso público até a restruturação das barreiras zoofitossanitárias, passando pelo pagamento de gratificações e verbas indenizatórias desatualizadas, condizentes com a realidade econômica do Estado e do País, e os desafios para a saúde e a segurança dos integrantes do Grupo AFA (Atividades de Fiscalização Agropecuária).
Para mostrar sua determinação em dar efetiva contribuição ao governo, o SINFA/MA mobilizou seus associados e organizou minucioso relatório da situação em todas as frentes de trabalho da agência no Maranhão. O diagnóstico, tomado como “bússola” pela nova administração da repartição, foi entregue a todas as autoridades do setor ao qual pertence a autarquia. A realidade foi levantada e relatada pelos que atuam em prol do desenvolvimento da agência. Nada mais realista!
Ao celebrarmos o 13º aniversário da AGED, não o fazemos em clima de alegria plena, em razão da situação constatada. Mas confiantes na correção de rumos que o novo governo pretende adotar, imprimindo o necessário estímulo às categorias funcionais e respeitando o esforço demandado pela equipe, recentemente reconhecido pela certificação nacional e internacional relativa à libertação do Estado (e, por consequência, da região nordestina) da disseminação da febre aftosa com vacinação. Status que pode ser comprometido e anular um trabalho feito em meio às dificuldades constantes do diagnóstico apresentado.
Podemos iniciar a comemoração da acima citada correção de rumos com as recentes nomeações para os cargos de diretores, coordenadores e dirigentes regionais, sendo estes últimos preenchidos com 88% de servidores do quadro do Estado, sinal de respeito e reconhecimento aos que se prepararam para “exercer a defesa sanitária animal e vegetal, assegurando a oferta de produtos de qualidade e contribuir para a preservação da saúde pública e do meio ambiente, melhorando a qualidade de vida da população”. Mas a expectativa de ocupação é de 100%, garantido a isenção das ações da autarquia.
O SINFA/MA se associa às manifestações pelo aniversário, mas se obriga a prosseguir lutando pela defesa dos interesses dos servidores, entendo que, dessa forma, participa do esforço do governo em reabilitar a imagem do Maranhão no contexto do setor primário nordestino e brasileiro. E espera ter muitos motivos para futuras celebrações, tanto na data da AGED (19.04), quanto na em que se comemora o Dia do Servidor da Fiscalização Agropecuária (10.11).
Parabéns AGED!

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