quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Júlio Pinheiro e professores de Coroatá cobram, nas ruas, fim de perseguição aos trabalhadores

Júlio Pinheiro, Jean Pierre e Henrique Gomes em Coroatá: apoio aos trabalhadores
As exonerações dos professores Celso Soares e Simone Silva, lotados na rede municipal de Coroatá, realizadas pela prefeita Tereza Murad (PMDB), motivaram uma grande manifestação na manhã desta segunda-feira (dia 17). O movimento ganhou força com a presença de dirigentes estaduais do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA), que reforçaram os discursos contra as práticas antidemocráticas da família Murad, que comanda a política da cidade.
O movimento ganhou força com a presença de dirigentes estaduais do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA), que reforçaram os discursos contra as práticas antidemocráticas da família Murad, que comanda a política da cidade.
A movimentação começou em frente à Igreja Católica de Coroatá, onde dezenas de educadores expressaram, desde aos 8h, solidariedade aos dois profissionais exonerados. Em seguida, os trabalhadores fizeram uma grande passeada pelo centro comercial de Coroatá e fecharam, por dez minutos, a ponte da Trizidela.
Durante a caminhada, o presidente do SINPROESEMMA, Júlio Pinheiro, ressaltou que é a primeira vez na história, após a Ditadura Militar, que um dirigente sindical é exonerado do serviço público em função da atuação sindical.  Pinheiro sustentou que o professor Celso não cometeu nenhuma atitude que justifique a demissão, pois o sindicalista cumpria a missão de defender os interesses da categoria, sobretudo o reajuste salarial, não concedido há dois anos, e a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos.
Professores Celso e Simone denunciam perseguição
“É uma tentativa de atacar os educadoras que lutam por seus direitos. Nós conseguimos existir, enquanto força sindical, depois de passar 20 anos na Ditadura Militar. Por isso, nós não vamos aceitar que o governo, de forma violenta e arbitrária, elimine o nosso direito de organização de classe”, afirmou.
Diante da injustiça, Pinheiro promete fazer ecoar a demissão política efetuada pela prefeita Tereza Murad em outras instituições públicas do Estado. “Iremos à Assembleia Legislativa do Maranhão e também ao Tribunal de Justiça para garantir o direito de defesa desses trabalhadores. Somente na ditadura”, ressaltou.
Para o secretário de Assuntos Jurídicos, Henrique Gomes, que também participou do ato, explicou que exoneração dos professores tem o objetivo de intimidar a organização da categoria no município e diminuir a importância do SINPROESEMMA, servindo como uma forma de assustar os profissionais à adesão na luta por melhores salários. “Nós não vamos aceitar uma decisão contraria aos direitos dos trabalhadores em educação”, disse o dirigente convocando os trabalhadores a reforçarem o movimento pela revogação das exonerações.
Relatórios fraudados Segundo os trabalhadores, os relatórios de estágios dos profissionais, que servem como requisito para a estabilidade no serviço público após três anos do ingresso, foram adulterados pelos diretores de escolas para atender as determinações da Prefeitura. Os educadores suspeitam que, em alguns casos, os diretores, mesmo sem ter contato com a execução dos serviços dos educadores, emitiram opiniões que contrariam alunos e famílias que acompanham.
Mais manifestações Segundo o coordenador do núcleo, Celso, que organizou a manifestação, explica que foi difícil mobilizar a categoria em função do medo da população do secretário de Inovação e Modernização, Ricardo Murad. Os estúdios de gravação e os carros de som, por exemplo, não estavam interessados em contribuir com a mobilização dos trabalhadores.
Mesmo assim, o professor Celso garante não recuar nas mobilizações na cidade até que a Prefeitura revogue as exonerações e implante os direitos da categoria. “Os professores. Estamos sendo exonerados, mas vamos continuar. Vamos seguida toda a agenda contra as exonerações. No próximo dia 26 vamos estar em São Luís. Nós não podemos abaixar a cabeça. É um momento difícil, mas vamos superar e conquistar a vitória que é a implementação do plano de carreira e, principalmente a dignidade. A luta continua”, garantiu o professor Celso.
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Fonte: ASCOM - SINPROESEMMA - FOTOS: EDSON IGOR

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