Contra golpe e retirada de direitos, movimentos sociais e sindicatos saem as ruas

Movimentação contra o Golpe em São Luís

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) participou, manhã desta terça-feira (10), ao lado de centrais sindicais e movimentos sociais da Frente Povo sem Medo e Frente Brasil Popular, do protesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, que tramita no Senado Federal. A mobilização reuniu cerca de 100 manifestantes, que fecharam uma das vias da avenida Beira-mar, em frente ao Mercado do Peixe.

Os dirigentes sindicais conseguiram driblar o transtorno causado com o fechamento da avenida a partir da liberação do acesso a cada 10 minutos. Durante as paradas, os manifestantes conversavam com condutores de veículos e também aproveitaram para subir nos ônibus e dialogar com os trabalhadores.

Nos diálogos, os manifestantes alertaram para os riscos que a ascensão de Temer pode causar. Entre os principais prejuízos estava a revogação de direitos trabalhistas, bandeira que recebe apoio do empresariado e compõe a proposta entregue pelo setor a Michel Temer.

“Os trabalhadores conseguiram comprar carros, mas as indústrias não conseguiram lucrar. Isso é a palavra de Temer. Nós não podemos aceitar isso”, denunciou o presidente estadual da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Joel Nascimento, acrescentando que 373 deputados querem anular o voto de 54 milhões de brasileiros.

Não ao retrocesso. O presidente do SINPROESEMMA, Júlio Pinheiro, utilizou o microfone para destacar os avanços obtidos nos últimos 10 anos. Na educação pública, por exemplo, o dirigente citou o aumento dos investimentos federais que subiram, nos últimos dez anos, de R$30 bilhões para R$120 bilhões.

“Não podemos deixar que a elite brasileira, que explorou o Estado do Maranhão e o Brasil, venha agora querer dar um golpe nas conquistas adquiridas pela mobilização dos trabalhadores. Vamos continuar nas ruas”, ressaltou Pinheiro.