segunda-feira, 6 de junho de 2016

Maranhão dobra investimentos no Programa do Leite Especial


Governador Flávio Dino anuncia ampliação
Desde 2005, o Maranhão é um dos poucos estados brasileiros que garantem, de forma regular, o fornecimento do leite especial às crianças com intolerância a proteína do leite de vaca e alergias alimentares, por meio do Programa do Leite Especial. 

Como incremento ao programa, e com o objetivo de ampliar o alcance do benefício, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), quase dobrou o investimento: de R$ 5 milhões, o valor passou para R$ 9 milhões, montante designado para atender crianças de 117 cidades maranhenses.

Para ter acesso ao benefício, as crianças passam por consultas com gastropediatras realizadas na Maternidade Marly Sarney, no Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos ou no Hospital da Criança. Após a consulta, e se for comprovada a intolerância por meio de exames, o responsável pela criança é encaminhado à Secretaria de Estado da Saúde com a documentação necessária para dar entrada no Programa do Leite Especial. A criança receberá gratuitamente a quantidade prescrita pelo médico.

A entrega do leite especial ocorre no Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos, em São Luís. Em média, 6.200 latas são distribuídas por mês. O gestor da Assistência Farmacêutica da SES, Sandro Monteiro, destaca que desde o início de 2015, não há desabastecimento do leite, assegurando de forma mensal a entrega do alimento às crianças. “Antes, o programa possuía a verba de R$ 5 milhões, um valor insuficiente para atender toda a demanda do estado, mas a realidade mudou para melhor. Hoje, conseguimos alcançar um número maior de crianças, reduzindo as taxas de insegurança alimentar e nutricional”, relatou.

Aline Freitas tem dois filhos com alergia alimentar múltipla e necessita mensalmente das latas de leite. Com um menino de quatro anos e uma menina de dois, a dona de casa afirma que o Programa do Leite Especial é fundamental para a alimentação diária dos filhos. “Meus filhos sobrevivem somente com o leite, pois são alérgicos a qualquer outro tipo de alimento. Estou desempregada e meu marido ganha pouco, não temos como comprar de 12 a 16 latas de leite. Nunca fiquei sem”, disse Aline.

João Figueiredo, pai do pequeno Luís Eduardo, ao descobrir a intolerância do filho, se assustou com o valor da lata de leite, em média de R$ 200 a R$ 250. “Se eu não estivesse inscrito no programa, meu filho não teria como se alimentar de forma digna. O preço das latas que ele consome, geralmente, de oito a dez, ultrapassa o valor do meu salário. O Programa do Leite Especial dá uma nova chance de vida às crianças intolerantes”, comentou João.

Para ter acesso ao programa, a família do paciente deve apresentar laudo médico, cópias da certidão de nascimento da criança, da carteira de vacina, do cartão de consulta do hospital, do cartão do SUS, do CPF e RG dos pais da criança, comprovante de residência no Maranhão, comprovante de renda dos pais e situação cadastral do CPF.

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