A greve nacional dos bancários 2016 é a maior da história. Nesta segunda-feira (19), décimo quarto dia de mobilização, 13.071 agências tiveram as atividades paralisadas, um recorde para a categoria. O número representa 56% do total de agências do Brasil.
O crescimento do movimento, que entrou na sua terceira semana, é uma resposta ao desrespeito apresentado pala Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) com a categoria, ao não apresentar, nas duas últimas rodadas de negociação, melhorias na proposta já rejeitada.
“Depois de duas propostas rebaixadas, de 6,5% e 7% de reajuste e abono, os bancos agora querem vencer a categoria com arrogância e intimidação nas agências. A tentativa não vai dar certo, pois a categoria sabe a importância da greve para arrancar uma proposta dignas dos patrões. Pressão e arrogância não acabam greve, o que acaba, é negociação e proposta que contemple as demandas dos trabalhadores”, ressalta o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza.
Enquanto não entram em acordo com a Fenaban, os bancários da mantém 193 agências fechadas em Sergipe; 505 na base do sindicato da Bahia, 60 em Barreiras, 21 em Camaçari, 61 no Extremo Sul, 34 em Feira de Santana, 31 em Ilhéus, 44 em Irecê, 39 em Itabuna, 28 em Jacobina, 29 em Jequié, 29 em Juazeiro e 70 em Vitória da Conquista.
A expectativa é de que o movimento se amplie ainda mais nos próximos dias, uma vez que os banqueiros se negam a apresentar uma proposta de reajuste que contemple aumento real de salários, garantia de emprego e melhores condições de trabalho.
Confira as principais reivindicações dos bancários
Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real.
PLR: 3 salários mais R$8.317,90.
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).
Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Portal CTB
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