Todas as 66 salas de imunização disponibilizadas nas Unidades Básicas de Saúde de São Luís estão com estoque suficiente de vacinas contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), para atender ao primeiro grupo de meninos com idade de 12 e 13 anos, conforme recomendação do Ministério de Saúde.
Para ressaltar a importância da imunização contra o HPV, a Prefeitura de São Luís intensificou o trabalho de conscientização nas escolas municipais de Ensino Fundamental, visando orientar os adolescentes inseridos nesta faixa etária, público-alvo da campanha.
Segundo a secretária municipal de saúde, Helena Duailibe, apesar de o Ministério de Saúde não ter estabelecido meta de cobertura vacinal contra o HPV em meninos, a Semus está desenvolvendo um amplo trabalho de divulgação para atingir um número significativo de garotos que devem receber a primeira dose da vacina.
"A imunização contra o HPV integra o calendário vacinal permanente do Ministério da Saúde, em nível nacional. E a Prefeitura de São Luís está fazendo sua parte com esse grande chamamento em favor da prevenção de nossos adolescentes contra os diversos tipos de cânceres decorrentes da contaminação por esse vírus", explicou a titular da Semus, acrescentando ainda que as vacinas estarão disponíveis o ano todo, sem limite de doses.
O trabalho visando abranger o público-alvo da campanha está sendo executado de forma coordenada com outras ações desenvolvidas pelos agentes de saúde do setor de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST/Aids) da Semus. Distribuição de panfletos, cartazes e outros materiais informativos fazem parte das ações.
Segundo a secretária, a procura pela vacina tem aumentado nas 66 salas disponibilizadas pela Semus. O adolescente Rangel de Jesus Costa Lindoso, 12 anos, foi um dos primeiros a chegar, na manhã desta quarta-feira (4), na Unidade de Saúde do Bairro de Fátima.
"Acho importante tomar logo a vacina para evitar ter os problemas que o vírus causa", disse o garoto, que estava acompanhado da mãe, Nilcelene Santos Costa, 33 anos. "Hoje em dia os jovens iniciam a atividade sexual cada vez mais cedo. Por isso, achei importante trazer logo meu filho. Se podemos prevenir as doenças causadas pelo HPV não temos de perder tempo", completou a mãe do adolescente.
PREVENÇÃO
A campanha de vacinação contra o HPV destinada aos meninos teve início esta semana em todo o pais. Antes, apenas as meninas de 9 a 11 anos recebiam as doses da vacina. A inclusão dos garotos amplia o público contemplado pelas ações de prevenção contra os diversos tipos de cânceres causados pelo HPV à medida que visa protegê-los desde cedo, antes mesmo de iniciarem a vida sexual, quando a vacina é considerada mais eficaz, segundo especialistas na área.
Nos meninos, a vacina previne contra os cânceres de pênis, ânus e garganta. A iniciativa de vaciná-los contribui ainda para a diminuição da circulação do vírus na população, beneficiando também o público feminino no combate ao câncer de colo do útero e vulva.
Segundo o Ministério da Saúde, a faixa etária para o público masculino que podem receber a vacina será ampliada gradualmente até 2020, quando as doses estarão disponíveis para garotos de 9 a 13 anos.
A partir de 2017, meninas que chegaram aos 14 anos sem a vacina também poderão se vacinar. A vacinação também será estendida a homens que vivem com HIV entre 9 e 26 anos. Antes, só as mulheres com HIV desta faixa etária podiam se vacinar gratuitamente. No caso desse público, o esquema vacinal é de três doses.
O HPV é um vírus que atinge a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões que evoluem para o câncer como o de colo de útero, pênis, garganta ou ânus. É transmitido no contato pele com pele, por isso é considerado uma doença sexualmente transmissível.
MENINGITE C
Concomitantemente à vacina contra o HPV, também está sendo aplicada em todas as salas de imunização de São Luís a vacina contra meningite C, em meninos e meninas de 12 a 13 anos.
A meningite C é o subtipo mais frequente da doença, que é considerada grave e de rápida evolução. Hoje, essa imunização é oferecida apenas para crianças de 3 e 5 meses de idade e um ano. Até 2020, esta vacina deverá estar disponível também para crianças de 9 a 13 anos, conforme determinação do Ministério da Saúde.
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