O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) promoveu uma roda de debates sobre a aposentadoria e a intenção do governo Temer em reformar a Previdência Social, prejudicando os trabalhadores, especialmente as educadoras.
O evento, realizado na sede administrativa do sindicato, no Centro Histórico, fez parte da agenda da entidade pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quarta-feira, 8.
Com a reforma, as mulheres trabalhadoras rurais, por exemplo, deixam de se aposentar com a idade mínima de 55 anos e passam para 65 anos. Os professores que têm aposentadoria especial de 25 anos de contribuição também entrarão na regra dos 65 anos de idade mínima. E para ter a aposentadoria integral, será necessário contribuir por 49 anos.
A diretora do Sinproesemma, titular da Secretaria de Aposentados, Eunice Brussio, destacou a realidade difícil das mulheres educadoras, com jornada dupla, enfrentando a sala de aula e as tarefas como donas de casa, ao mesmo tempo. Ela parabenizou as professoras aposentadas, que mesmo não estando mais nas salas de aula, continuam na luta pela educação pública de qualidade, executando ações importantes no sindicato.
A vice-presidente do Sinproesemma, Benedita Costa, também elogiou as mulheres pela data e destacou o caráter positivo da reunião, acrescentando a necessidade de o Sindicato manter uma agenda permanente com os aposentados da entidade para esclarecer as dúvidas da categoria.
Perda de direitos
O presidente do Sinproesemma, Julio Pinheiro, parabenizou as mulheres pela data especial, principalmente as educadoras, que têm um papel muito importante para o desenvolvimento da sociedade.
Para o dirigente, a luta contra a Reforma da Previdência está em consonância com o atual rumo político, comandado pelo presidente ilegítimo Michel Temer, o qual ameaça conquistas históricas da classe trabalhadora, com perdas de direitos. “Nossa luta é não deixar o professor se aposentar com mais de 80 anos de idade, por exemplo”, afirmou.
O secretário de Administração e Patrimônio, Raimundo Oliveira, também destacou o papel das professoras, especialistas e trabalhadoras em educação no processo de construção de uma sociedade justa e igualitária e defendeu a luta para manter os direitos conquistados.
“A sociedade brasileira não aprova esse governo, mas 80% dos parlamentares estão com ele e vão votar tudo o que for encaminhado, inclusive cortes em direitos. Não podemos fechar os olhos para isso”, ressaltou.
Fonte: ASCOM - SINPROESEMMA
Nenhum comentário:
Postar um comentário