segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Em Santa Inês, SINPROESEMMA ao lado de professores estão em Greve cobrando reajuste de 2017

Professores nas Ruas de Santa Inês
Educadores da Rede Municipal de Ensino de Santa Inês estão em greve desde esta quinta-feira (24), por tempo indeterminado, cobrando o pagamento integral do reajuste salarial de 7.64%, referente a este ano e determinado pelo Ministério da Educação (MEC). 

A decisão foi tomada em assembleia da categoria, diante da postura da prefeita Vianey Bringel (PSDB), denunciada pelos educadores por falta de compromisso e por intransigência no trato com a educação municipal e com os trabalhadores.

Na assembleia, os educadores decidiram paralisar nesta quinta (24) e nesta sexta-feira (25) e fazer greve, por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira (28). A categoria recebe o apoio da direção geral do Sinproesemma e todas as ações são acompanhadas pelo presidente da entidade, Raimundo Oliveira, e pela secretária de Representação dos Núcleos Municipais, Janice Nery.

Desrespeito 

A categoria denuncia que a prefeita não cumpriu o compromisso assumido com a coordenação regional do Sinproesemma, quanto ao pagamento integral do reajuste salarial de 7.64%, referente a este ano. A prefeita pagou apenas 4% do reajuste e, até o momento, mesmo com as cobranças da entidade, a gestora se nega a pagar o restante de 3.64% que falta para recompor os salários da categoria.

“Com esse pagamento fatiado a categoria já está no prejuízo porque a nossa data base é no mês de janeiro e ela pagou em junho. De lá pra cá, se nega a pagar o restante que é de 3.64%, que é nosso direito”, pontuou a diretora do núcleo do Sinproesemma em Santa Inês, Antônia Silva.

De acordo com a sindicalista, a prefeita além de não cumprir com o pagamento integral do reajuste salarial, tem sido intransigente quanto aos demais direitos previstos no Plano de Cargos Carreias e Salários dos professores. “A gestora se nega a cumprir com as promoções,  as progressões e não paga as gratificações”, disse.

Insegurança

Após a situação no município de Zé Doca, quando a prefeita Josinha aprovou um Projeto de Lei com o objetivo de extinguir o Plano de Cargos Carreiras e Salários dos educadores e proibir a criação de sindicatos da categoria, o clima de insegurança e o medo da supressão de direitos também chegaram aos professores de Santa Inês.

Antônia Silva conta que o Sinproesemma local foi notificado, recentemente, pela secretária de Educação do município, Maria do Carmo Gama, que mandou um ofício solicitando retorno de sindicalistas às escolas, com o intuito de esvaziar o sindicato.

“Já convivíamos numa situação de pressão e estresse. Agora, os professores estão com medo porque recebemos um ofício que retira os sindicalistas de dentro do sindicato, sendo que nós somos amparados pelo Estatuto do Educador, que garante a nós o direito de lutar pela categoria dentro do sindicato. Agora eles querem esvaziar a entidade e isso é para enfraquecer a luta da categoria”, denuncia Antônia.

De acordo com o Plano de Cargos, os profissionais têm o direito de compor a entidade sindical, com a liberação de até cinco profissionais. Porém, segundo a diretora do núcleo sindical, a prefeita encaminhou o documento ao sindicato exigindo que, dos cinco sindicalistas, apenas um, fique na entidade: “impedindo os demais de lutar pela categoria, enfraquecendo assim o sindicato e burlando a lei. Um assunto que merece a atenção do Ministério Público”.

Fonte: ASCOM - SINPROESEMMA

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