Palocci está preso e quer sair de qualquer jeito |
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu advogado, Cristiano Zanin Martins, rebateram as acusações feitas pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci em depoimento ao juiz Sergio Moro.
Segundo Lula e sua defesa, o depoimento de Palocci é diferente da versão apresentada pelo próprio ex-ministro em maio, se contrapõe ao de outras testemunhas e réus e busca agradar o Ministério Público para conseguir um acordo de delação premiada.
Nesta quarta, em depoimento a Moro, Palocci afirmou que Lula avalizou um "pacto de sangue" no qual a Odebrecht teria se comprometido a pagar R$ 300 milhões em propinas ao PT entre o fim do governo Lula e os primeiros anos do Dilma.
Palocci foi ouvido na ação em que Lula é acusado de ter recebido, da Odebrecht, um terreno de R$ 12,4 milhões destinado a ser a nova sede do Instituto Lula e um apartamento de R$ 540 mil em São Bernardo do Campo (SP), vizinho ao que o petista mora com a família.
"A versão de hoje, nitidamente busca destravar um acordo de delação premiada com o Ministério Público", disse Zanin. De acordo com ele, preso, Palocci está sob intensa pressão e tenta obter acordo para redução de pena. O advogado disse que o ex-ministro levou frases e expressões prontas, como "pacto de sangue", anotadas em um papel.
"Era algo ensaiado. O depoimento, além de tudo, é prestado por um co-réu e sem obrigação de dizer a verdade. A versão que ele apresenta hoje (...) não merece credibilidade, é apenas para agradar procuradores e obter delação premiada", complementou.
Em nota, o Instituto Lula foi na mesma linha: "Palocci repete o papel de réu que não só desiste de se defender como, sem o compromisso de dizer a verdade, valida as acusações do Ministério Público para obter redução de pena e que no processo do tríplex foi de Léo Pinheiro", afirmou a defesa.
Segundo o texto, Palocci citou uma série de reuniões das quais não participou e de outras em que não haveria testemunha de suas conversas. "O Instituto Lula reafirma que jamais solicitou ou recebeu qualquer terreno da empresa Odebrecht e jamais teve qualquer outra sede que não o sobrado onde funciona no bairro do Ipiranga em residência adquirida em 1991", acrescentou.
Leia abaixo a íntegra da nota:
Nesta quarta, em depoimento a Moro, Palocci afirmou que Lula avalizou um "pacto de sangue" no qual a Odebrecht teria se comprometido a pagar R$ 300 milhões em propinas ao PT entre o fim do governo Lula e os primeiros anos do Dilma.
Palocci foi ouvido na ação em que Lula é acusado de ter recebido, da Odebrecht, um terreno de R$ 12,4 milhões destinado a ser a nova sede do Instituto Lula e um apartamento de R$ 540 mil em São Bernardo do Campo (SP), vizinho ao que o petista mora com a família.
"A versão de hoje, nitidamente busca destravar um acordo de delação premiada com o Ministério Público", disse Zanin. De acordo com ele, preso, Palocci está sob intensa pressão e tenta obter acordo para redução de pena. O advogado disse que o ex-ministro levou frases e expressões prontas, como "pacto de sangue", anotadas em um papel.
"Era algo ensaiado. O depoimento, além de tudo, é prestado por um co-réu e sem obrigação de dizer a verdade. A versão que ele apresenta hoje (...) não merece credibilidade, é apenas para agradar procuradores e obter delação premiada", complementou.
Em nota, o Instituto Lula foi na mesma linha: "Palocci repete o papel de réu que não só desiste de se defender como, sem o compromisso de dizer a verdade, valida as acusações do Ministério Público para obter redução de pena e que no processo do tríplex foi de Léo Pinheiro", afirmou a defesa.
Segundo o texto, Palocci citou uma série de reuniões das quais não participou e de outras em que não haveria testemunha de suas conversas. "O Instituto Lula reafirma que jamais solicitou ou recebeu qualquer terreno da empresa Odebrecht e jamais teve qualquer outra sede que não o sobrado onde funciona no bairro do Ipiranga em residência adquirida em 1991", acrescentou.
Leia abaixo a íntegra da nota:
INSTITUTO LULA - NOTA À IMPRENSA
A história que Antonio Palocci conta é contraditória com outros depoimentos de testemunhas, réus, delatores da Odebrecht e provas e que só se compreende dentro da situação de um homem preso e condenado em outros processos pelo juiz Sérgio Moro que busca negociar com o Ministério Público e o próprio juiz Moro um acordo de delação premiada que exige que se justifique acusações falsas e sem provas contra o ex-presidente Lula.
Palocci repete o papel de réu que não só desiste de se defender como, sem o compromisso de dizer a verdade, valida as acusações do Ministério Público para obter redução de pena e que no processo do tríplex foi de Léo Pinheiro. A acusação do Ministério Público fala que o terreno teria sido comprado com recursos desviados de contratos da Petrobrás, e só por envolver Petrobrás o caso é julgado no Paraná por Sérgio Moro. Não há nada no processo ou no depoimento de Palocci que confirme isso. Sobre a tal "planilha", mesmo Palocci diz que era um controle interno do Marcelo Odebrecht e que "acha" que se refere a ele. Ou seja, nem Palocci conhecia a tal planilha, quanto mais Lula.
Palocci falou de uma série de reuniões onde não estava e de outras onde não haveriam testemunhas de suas conversas. Todas falas sem provas.
Marcelo, por sua vez, diz ter pedido que seu pai contasse para Lula e Emílio negou ter contado isso para Lula.
O réu Glauco da Costa Marques reafirmou em depoimento ser o proprietário do imóvel vizinho ao da residência do ex-presidente e ter contrato de aluguel com a família do ex-presidente, e que está recebendo o aluguel. Uma relação de locador e locatário não se confunde com propriedade oculta.
Processos fora da devida jurisdição com juiz de notória parcialidade, sentenças que não apontam nem ato de corrupção nem benefício recebido, negociações secretas de delação com réus presos que mudam versões de depoimento em busca de acordos com o juízo explicitam cada vez mais que os processos contra o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato em Curitiba não obedecem o devido processo legal.
O Instituto Lula reafirma que jamais solicitou ou recebeu qualquer terreno da empresa Odebrecht e jamais teve qualquer outra sede que não o sobrado onde funciona no bairro do Ipiranga em residência adquirida em 1991.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirma que jamais cometeu qualquer ilícito nem antes, nem durante, nem depois de exercer dois mandatos de presidente da República eleito pela população brasileira.
Assessoria de Imprensa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
A história que Antonio Palocci conta é contraditória com outros depoimentos de testemunhas, réus, delatores da Odebrecht e provas e que só se compreende dentro da situação de um homem preso e condenado em outros processos pelo juiz Sérgio Moro que busca negociar com o Ministério Público e o próprio juiz Moro um acordo de delação premiada que exige que se justifique acusações falsas e sem provas contra o ex-presidente Lula.
Palocci repete o papel de réu que não só desiste de se defender como, sem o compromisso de dizer a verdade, valida as acusações do Ministério Público para obter redução de pena e que no processo do tríplex foi de Léo Pinheiro. A acusação do Ministério Público fala que o terreno teria sido comprado com recursos desviados de contratos da Petrobrás, e só por envolver Petrobrás o caso é julgado no Paraná por Sérgio Moro. Não há nada no processo ou no depoimento de Palocci que confirme isso. Sobre a tal "planilha", mesmo Palocci diz que era um controle interno do Marcelo Odebrecht e que "acha" que se refere a ele. Ou seja, nem Palocci conhecia a tal planilha, quanto mais Lula.
Palocci falou de uma série de reuniões onde não estava e de outras onde não haveriam testemunhas de suas conversas. Todas falas sem provas.
Marcelo, por sua vez, diz ter pedido que seu pai contasse para Lula e Emílio negou ter contado isso para Lula.
O réu Glauco da Costa Marques reafirmou em depoimento ser o proprietário do imóvel vizinho ao da residência do ex-presidente e ter contrato de aluguel com a família do ex-presidente, e que está recebendo o aluguel. Uma relação de locador e locatário não se confunde com propriedade oculta.
Processos fora da devida jurisdição com juiz de notória parcialidade, sentenças que não apontam nem ato de corrupção nem benefício recebido, negociações secretas de delação com réus presos que mudam versões de depoimento em busca de acordos com o juízo explicitam cada vez mais que os processos contra o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato em Curitiba não obedecem o devido processo legal.
O Instituto Lula reafirma que jamais solicitou ou recebeu qualquer terreno da empresa Odebrecht e jamais teve qualquer outra sede que não o sobrado onde funciona no bairro do Ipiranga em residência adquirida em 1991.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirma que jamais cometeu qualquer ilícito nem antes, nem durante, nem depois de exercer dois mandatos de presidente da República eleito pela população brasileira.
Assessoria de Imprensa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Fonte: Portal Vermelho
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