quarta-feira, 20 de maio de 2020

Crise afunda avaliação de Bolsonaro; 57% rejeitam condução da economia


A condução irresponsável da crise do coronavírus e o agravamento da situação econômica cobram um preço alto da gestão Jair Bolsonaro. 

Nova pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta terça-feira (20) mostra tendência de aumento na reprovação ao governo e de redução na aprovação.

Em relação ao levantamento anterior, de 30 de abril, o percentual de brasileiros que consideram o governo Bolsonaro bom/ótimo caiu de 27% para 25%, enquanto os que avaliam a gestão como ruim/péssima foram de 49% para 50%. Da mesma maneira, a mudança na expectativa da população com o tempo restante de governo é desfavorável a Bolsonaro: 48% acham que o Brasil vai piorar (eram 46% em abril) e apenas 27% mantém expectativa positiva (eram 30% no mês passado).

É no enfrentamento desastroso de Bolsonaro à pandemia da Covid-19 que seus números se tornam mais críticos. Entre abril e maio, o índice de brasileiros que avaliavam a condução da crise como boa ou ótima foi de 23% para 21%; o percentual dos que julgavam sua atuação como ruim ou péssima subiu de 54% para 58%.

Em relação à economia, cresceu de 52% para 57% o percentual dos que rejeitam a política ultraliberal de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro. Apenas 28% acreditam que a economia está no caminho certo. Questionados sobre quem é o principal responsável pela crise econômica, 23% a atribuem ao governo Bolsonaro (eram 20% em abril), 25% ao governo Lula (2003-2010), 14% a fatores externos, 12% ao governo Dilma Rousseff (2011-2016) e 9% ao governo de Michel Temer (2016-2018).

Apesar de Bolsonaro ainda estar atrás de Lula nesse quesito, tudo indica que, na próxima pesquisa, o cenário vai mudar, dado o pessimismo do brasileiro. Conforme a pesquisa, 68% acreditam que o pior da crise do coronavírus ainda está por vir, ao passo que apenas 22% dizem que o pior já passou. Além disso, 54% afirmam que é pequena ou muito pequena a chance de continuarem empregados.

Mesmo com essas ameaças, a população é amplamente favorável às medidas de restrição, que são recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e priorizam ante economia. O isolamento social é apoiado por 76% – só 7% discordam. Para 57%, é preciso prorrogar o isolamento até que o risco de contágio seja pequeno.

A pesquisa XP/Ipespe ouviu 1.000 eleitores de todas as regiões do país, a partir de entrevistas telefônicas realizadas por operadores entre 16 e 18 de maio. A margem máxima de erro do levantamento é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

FONTE: Informações do Infomoney

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