O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, falou sobre a particularidade do Estudo Sorológico realizado no Maranhão. “É importante destacar que este Estudo Sorológico não será feito por teste rápido, assim como foi feito em São Paulo e no Espírito Santo. Nosso teste será sorológico e vai exigir a coleta de sangue das pessoas, pois tem melhor precisão, o que permitirá uma assertividade maior acerca da existência ou não da imunidade da população ao novo coronavírus”, disse.
O gestor destacou ainda a importância dessa projeção para saber quais serão os próximos passos em relação à doença. “Hoje nós vemos apenas a ponta do iceberg. Olhamos o número de casos confirmados no Boletim, temos o número de óbitos, mas abaixo dessa ponta do iceberg tem a maior parte, que são as outras pessoas que foram infectadas e não foram catalogadas e, por isso, precisamos ter a real dimensão”, explicou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.
Nesta quinta-feira (23), será realizado um Projeto Piloto no bairro Vila Esperança, zona rural de São Luís, e no dia 27 de julho a pesquisa amostral começará na Região Metropolitana de São Luís e nas demais regiões do Maranhão, com previsão de término da coleta no dia 7 de agosto, contemplando todas as 19 Regionais de Saúde.
Um dos coordenadores do Inquérito Sorológico e chefe do Setor da Biologia Molecular do Laboratório Central do Estado (LACEN/MA), Lídio Gonçalves, destacou a realização do piloto. “O objetivo deste piloto é avaliar se a logística que planejamos está de acordo. Como 69 municípios foram contemplados, através de sorteio, essa logística de vinda de material até o LACEN/MA e a realização do exame tem que estar muito bem organizada. São mais de 200 pessoas envolvidas nesse processo que utilizará a técnica de eletroquimioluminescência, que oferece bem mais sensibilidade que os outros métodos e, consequentemente, maior credibilidade ao estudo”, disse Lídio Gonçalves.
Metodologia
A pesquisa de campo será realizada essencialmente por profissionais da Secretaria de Estado da Saúde, tanto da Vigilância Sanitária quanto da Atenção Básica, com suporte dos municípios. As equipes serão compostas por um entrevistador e um técnico de coleta, além de motoristas e supervisores regionais e estaduais, que estarão devidamente identificados com coletes e crachás.
Além da coleta, também será aplicado questionário em entrevista face a face, com a finalidade de estudar as estratégias de enfrentamento da pandemia, como o uso de máscara de proteção, estratégias de higiene das mãos e grau de distanciamento social.
Representando a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a coordenadora de campo do inquérito, Maylla Bragança, explicou a logística da pesquisa. “Essa pesquisa foi desenhada para ser realizada em municípios de pequeno, médio e grande porte. Dessa forma, foram contemplados 120 setores censitários, que segundo o IBGE abrange as 19 Regionais de Saúde do Maranhão. O levantamento trará dados e informações para termos um panorama de como vírus está se comportando no estado”, ressaltou.
O mapeamento de base populacional, que contribuirá para conhecer o estágio da infecção dos maranhenses pela Covid-19, é resultado de uma cooperação entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Entre os demais objetivos do mapeamento estão: estimar o percentual de indivíduos com teste positivo que apresentam ou apresentaram infecções assintomáticas ou subclínicas; identificar os sintomas mais comumente relatados pelos indivíduos com anticorpos e estabelecer a extensão de acometimento nos municípios maranhenses segundo porte populacional.
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