terça-feira, 27 de outubro de 2020

Deputada Federal do PCdoB critíca ideologização da vacina e defende a vida do povo


Em reunião técnica da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19 da Câmara, realizada nessa segunda-feira (26), a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) fez uma contundente defesa da ciência e da vacina pela da vida do povo brasileiro e criticou a onda negacionista que tomou conta de setores da sociedade.

“Cada vez estou mais convencida da importância, e do meu orgulho da ciência, dos cientistas e dos pesquisadores do Brasil, de nossas instituições como a Fiocruz e o Instituto Butantan”, disse a parlamentar fazendo referência às visitas realizadas pela comissão a essas duas instituições para conhecer a planta de fabricação, os processos e acordos constituídos em relação às vacinas contra o coronavírus.

Jandira também destacou o papel da ciência internacional e, em especial, da China e defendeu “a necessidade de a gente reconhecer, apostar e, aqui no Brasil em particular, investir em ciência, pesquisa, inovação. E isso deve ser uma responsabilidade também nossa, do parlamento brasileiro, de garantir orçamento, investimento público, para que a pesquisa e a ciência não sejam interrompidas por asfixia financeira”.

A deputada enfatizou que é inaceitável submeter a vacina a questões ideológicas ou eleitorais. “Estamos aqui num debate técnico, discutindo a defesa da vida”, disse, explicando que tal questão não pode ser usada eleitoralmente para agilizar ou retardar o uso da vacina. Jandira também colocou que o Brasil não pode estabelecer sua posição com base na briga entre EUA e China em torno do 5G. “O Brasil não pode baixar a cabeça para os interesses norte-americanos ou do senhor Trump e negar a possibilidade de termos uma vacina chinesa. A vida do povo brasileiro não pode estar submetida a isso. Nós não podemos negar a sociedade brasileira o acesso a nenhum tipo de vacina que demonstre eficácia ou segurança”.

Conforme destacou, “esse debate polarizado, ideológico, de antecipação da questão relativa à obrigatoriedade acaba fazendo as pessoas desacreditarem da vacina. Da mesma forma que dizer que é açodado, ou começar a estimular na internet uma revolta contra a vacina ou desacredita-la, é contra a vida do povo”. E completou: “Isso é grave, é criminoso”.

Por fim, Jandira colocou: “Ter a vacina é fundamental; ela deve ser equitativa, com acesso universal no SUS. Devemos estimular que as pessoas queiram a vacina, que elas busquem ser vacinadas e que a gente só vai liberar quando tiver eficácia, segurança, imunogenicidade e segundo as estratégias das autoridades sanitárias e as estratégias que vamos conseguir desenvolver no Brasil, acreditando na ciência e nas instituições públicas brasileiras. É assim que a gente deve atuar. E a estratégia deve ser estimulando as pessoas a aderir a ela para que a gente possa reduzir o número de infectados e de mortes no Brasil. Essa deveria ser uma condição unitária, suprapartidária, unificada, para defender a vida do povo”.



Por Priscila Lobregatte



Assista a íntegra da fala da deputada:

 

 

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