domingo, 17 de janeiro de 2021

Brasil derrota negacionismo e ANVISA aprova uso emergencial da Coronavac e vacina da Oxford


Por unanimidade, cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) votaram pela aprovação do uso emergencial da Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e da Oxford/AstraZeneca, desenvolvida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O voto decisivo veio do diretor Alex Machado Campos, terceiro a comparecer diante do microfone. Campos é advogado e ex-chefe de gabinete do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

Em sua fala, Alex Campos agradeceu ao ex-ministro Mandetta pela indicação ao cargo e lamentou as mortes recentes em Manaus dizendo que houve “incúria” do Estado. Ele também destacou a importância do distanciamento, uso da máscara e higienização das mãos no combate ao coronavírus.



Antes de Alex Machado, votou Meiruze Sousa Freitas, diretora e relatora dos pedidos de aprovação de uso emergencial em caráter temporário. Meiruze é farmacêutica e funcionária de carreira da Anvisa. Também votou Romison Rodrigues Mota, diretor interino e servidor de carreira do órgão.

Os dois últimos a votar foram a médica Cristiane Rose Jourdan Gomes, indicada por Bolsonaro no ano passado, e o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres. Ambos fizeram os votos mais rápidos e acompanharam integralmente a relatora.

Antes de os diretores fazerem sua avaliação, a área técnica da Anvisa apresentou os resultados de suas análises das duas vacinas, recomendando a aprovação do uso emergencial dos imunizantes.


O gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos do órgão regulador, Gustavo Mendes, listou “incertezas” sobre as duas vacinas, mas disse que recomenda o uso devido à pandemia, aumento de casos e a ausência de outra terapia disponível contra a Covid-19.

A justificativa de falta de alternativa terapêutica contraria o Ministério da Saúde, que segue insistindo na estratégia de tratamento precoce contra a doença, feito com medicamentos comprovadamente ineficazes contra a doença.

Nesta sábado (16), o Twitter colocou um alerta em um post do perfil do Ministério da Saúde na rede que falava sobre tratamento precoce contra a Covid-19, classificando-o de “enganoso”.

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