Bruna Brelaz |
Estudantes aprovaram também 11 de Agosto de luta em defesa da educação e escolheram nova diretoria com a manauara Bruna Brelaz à frente da entidade
Terminou neste domingo (18/7) o Congresso Extraordinário da UNE, que indicou em caráter excepcional pelos próximos 12 meses a nova diretoria da entidade. A manauara Bruna Brelaz, estudante de direito de 26 anos é a nova presidenta da UNE. Devido a pandemia e a impossibilidade de realizar um evento que chega a reunir 10 mil estudantes, a UNE indicou a nova diretoria respeitando a proporcionalidade eleita na votação do seu 57º Conune, realizado em 2019. A nova composição terá duração de um ano, podendo ser estendida.
“As consequências desse Congresso não se restringem a eleição da nova diretoria, era necessário que a gente adaptasse uma importante etapa do congresso que diz respeito ao debate político que é a base desse processo, entendemos que a disputa de projetos na UNE, são ainda mais importantes que a indicação e a disputa de nomes”, destacou o agora ex-presidente da entidade Iago Montalvão.
Natural do Amazonas, um dos estados mais afetados pelo Covid-19 no país, e a primeira presidenta negra eleita da entidade, Bruna Brelaz se emocionou lembrando das vítimas da pandemia e saudou Nelson Mandela, aniversariante do dia. “Nós somos a UNE que fortalece ainda mais a luta junto ao movimento negro, para que a gente possa construir cada vez mais um país livre do racismo”, e afirmou: “indígenas, mulheres, negros e negras serão o megafone no próximo período”, ressaltou em sua fala inicial.
Leia aqui o perfil da nova presidenta Bruna Brelaz.
Foram cinco dias de debates intensos transmitidos pelo YouTube da entidade, com convidados de diversos movimentos sociais, educacionais e parlamentares. E foram aprovados em consenso por estudantes inscritos de todas a regiões do país as novas diretrizes para o movimento estudantil no próximo ano. O mais importante deles a Carta Brasil defende que a demonstração de forças do campo de oposição a Bolsonaro nas ruas inaugura uma nova fase das lutas populares, que serão fundamentais para a sua derrota. “Consideramos indispensável nos manter mobilizados respondendo ao amplo sentimento de indignação social, construindo um calendário de plenárias estudantis, de lutas unificadas junto às Frentes Brasil Popular, Povo sem Medo, Campanha Fora Bolsonaro, centrais sindicais e absolutamente todos os setores da sociedade que queiram somar rumo a um novo dia de luta nas ruas no dia 24 de julho”, diz documento.
Leia aqui a Carta Brasil: estudantes em defesa da educação, da vida e da ciência.
Leia aqui a sistematização dos debates do Congresso Extraordinário.
Mais documentos aprovados
Realizado no dia 18, primeiro dia do Conune, o 4º Encontro LGBT da UNE aprovou como diretriz a luta pelo Impeachment do Governo Bolsonaro já, a construção de redes de solidariedade com/para LGBT nas universidades e escolas; a mobilização pelas cotas trans na graduação e na pós-graduação, para que se expandam para mais universidades, entre ouras propostas.
Leia aqui a Carta 4º Encontro LGBT da UNE.
Também foram aprovadas moções pela conclusão das obras e reabertura da Biblioteca Central da Universidade Estadual da Piauí; Não à intervenção bolsonarista na UFRA; Não à Privatização dos Correios; Pela quebra das patentes das vacinas contra Covid-19 entre outras.
Leia aqui as moções aprovadas no Congresso Extraordinário.
O Encontro de Assistência Estudantil também aprovou um documento que prevê a articulação de um Grupo de Trabalho de Assistência Estudantil, que seja composto pelos diretores da pasta na entidade e de representantes desta pauta nas entidades gerais e de base (UEEs, DCEs, DAs, CAs, Executivas de Curso); luta pela criação e acompanhamento de comitês e pró-reitorias de assistência estudantil nas universidades, a fim de monitorar e acompanhar o repasse de verbas do Pnaes e Pnaest, entre outras providências.
Leia aqui a Nota do Encontro de Assistência Estudantil do Congresso Extraordinário.
De 24 de junho a 3 de julho de 2021, mais de mil mulheres de todo o Brasil se reuniram de forma online no 9º Encontro de Mulheres Estudantes da UNE (EME). Em carta aprovada no EME e lida durante o Congresso Extraordinário, as mulheres da UNE reafirmam a disposição de disputar as estudantes para o feminismo anticapitalista, antirracista, antiLGBTfóbico e que defenda a soberania nacional pelo bem comum e a natureza.
Leia aqui a Carta do 9º Encontro de Mulheres Estudantes da UNE.
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