quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Centrais Sindicais do Brasil preparam Conclat e debatem eleições 2022


O chamado Fórum das Centrais vai se reunir virtualmente na próxima segunda-feira (31), às 14h, para definir questões como a “nova Conclat” e a pauta que será encaminhada pelas centrais sindicais aos candidatos nas eleições deste ano. O objetivo é apresentar uma “agenda da classe trabalhadora”, a exemplo do que ocorreu em outros anos, com propostas que incluam crescimento econômico e inclusão social. Basicamente, no sentido inverso do atual.

“Tem muita coisa para arrumar, e o movimento sindical vai apresentar sua visão de para onde o país deve ir do ponto de vista econômico”, diz o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico do Dieese, que assessora as centrais na formulação de propostas. “Desemprego, arrocho salarial, carestia, saúde, há uma agenda de problemas gravíssimos para serem enfrentados. A eleição é uma oportunidade para apresentar o debate.”

Essa pauta será apresentada e discutida nas bases sindicais e levada para a Conclat, que deverá ser realizada entre a segunda quinzena de março e a primeira quinzena de abril. 

A sigla (para Conferência Nacional da Classe Trabalhadora) foi utilizada pela primeira vez nos anos 1980. O evento, realizado originalmente em Praia Grande (SP), marcou o início de rearticulação dos sindicatos ainda no período da ditadura. O passo seguinte foi justamente a criação das centrais.

Eleições no parlamento

No período recente, parte das centrais sindicais promoveu uma nova versão da Conclat, em 2010, no agora privatizado estádio do Pacaembu, em São Paulo. Realizado em junho, quatro meses antes das eleições, o evento aprovou um extenso documento que foi levado aos candidatos, falado em crescimento com distribuição de renda, fortalecimento do mercado interno e trabalho decente, conceito desenvolvido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Clemente chama a atenção para a importância de discutir, além da Presidência da República, as eleições para renovação da Câmara, Senado e Assembleias Legislativas. Para tentar aumentar a presença de parlamentares identificados com pautas sociais em lugares onde hoje existe representação predominantemente patronal”.

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