O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) – por meio do Comitê de Diversidade e da Coordenadoria de Biblioteca e Jurisprudência – irá realizar uma programação anual em homenagem ao bicentenário de Maria Firmina dos Reis, a partir desta sexta-feira (11).
A abertura será marcada pelo espetáculo “Maria Firmina dos Reis - Uma voz além do tempo”, com a atriz e pesquisadora maranhense Júlia Martins, às 10h, desta sexta-feira, no auditório do Centro Administrativo (Rua do Egito, Centro).
O evento será destinado a magistrados, magistradas, servidores, servidoras, estudantes, professores e professoras, gestores e gestoras do Centro de Ensino Maria Firmina dos Reis.
O espetáculo também será apresentado no Instituto Federal do Maranhão (IFMA) Maracanã e no Centro de Ensino de Tempo Integral Dorilene Silva Castro (no bairro Coroadinho), neste mês de março.
A programação anual do bicentário contará com diversas atividades, dentre oficinas, palestras e exposições, além de projeção de vídeo mapping memorável sobre Maria Firmina dos Reis, na fachada do prédio-sede do TJMA.
A iniciativa é organizada pelo Comitê de Diversidade do TJMA, coordenado pelo juiz Marco Adriano Ramos Fonseca, e pela Coordenadoria de Biblioteca e Jurisprudência, coordenada por Cíntia Valéria Andrade, com o intuito de homenagear a escritora maranhense Maria Firmina dos Reis.
O juiz Marco Adriano Ramos Fonseca ressalta a importância da iniciativa do Poder Judiciário em alusão à Maria Firmina dos Reis. “Esta homenagem representa o reconhecimento do Tribunal de Justiça do Maranhão, por meio do Museu do Judiciário e do Comitê de Diversidade, ao pioneirismo e protagonismo de Maria Firmina dos Reis, na produção literária, pedagógica e científica, sendo uma mulher inspiradora com trajetória marcante na história do Estado do Maranhão e do Brasil”, pontuou.
MARIA FIRMINA DOS REIS
Considerada a primeira romancista negra do Brasil, a escritora maranhense Maria Firmina dos Reis deixou seu legado como professora, musicista e criadora da primeira escola mista do Brasil.
Nascida em São Luís, em 11 de março de 1822 – data que hoje é considerada o Dia da Mulher Maranhense em sua homenagem -, a escritora é autora da obra “Úrsula” (1859), primeiro romance publicado por uma mulher negra em toda a América Latina e primeiro romance abolicionista de autoria feminina da língua portuguesa.
Também é autora de “Gupeva” (1861), narrativa de temática indianista publicada em capítulos pela imprensa local; e "A escrava", de 1887, texto inserido no contexto da abolição do regime escravocrata; entre outras obras.
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