Trabalhadores da enfermagem fazem paralisação e saem às ruas em diversas cidades do Brasil nesta quarta-feira (21), como parte do Dia Nacional de Mobilização convocado pelo Fórum Nacional de Enfermagem em defesa do piso salarial da categoria.
O piso, que estipula o salário inicial de enfermeiros em R$4.750, de técnicos de enfermagem em 70% desse valor (R$3.325) e de auxiliares de enfermagem e parteiras em 50% dele (R$2.375), teve sua suspensão mantida pelo Supremo Tribunal Federal por 7 votos a 4 na última sexta-feira (16).
A decisão atende uma liminar da entidade patronal CNSaúde que acusa o piso de ser economicamente inviável e pede sua suspensão até que sejam indicadas as fontes de recursos para o seu financiamento.
Entidades de classe afirmam, porém, que esse argumento é inválido. Um estudo técnico feito pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) aponta que a aplicação do piso salarial, estimada em R$16,3 bilhões, traria um impacto de apenas 3% para o setor público e de 10% para o setor privado. Além disso, elas têm trabalhado dentro do processo para encontrar alternativas de financiamento ao piso.
CTB em defesa do piso
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) tem marcado presença nos atos e caminhadas que acontecem pelo Brasil.
Na Bahia, o presidente Adilson Araújo participou de um protesto no Farol da Barra, em Salvador, e comentou: “Só a unidade da categoria e a solidariedade dos demais trabalhadores garantirão a vitória. Infelizmente, o STF tem tomado decisões que prejudicam a classe trabalhadora. A CTB seguirá atuando com as outras centrais para reverter essa onda de ataques aos nossos direitos. Os profissionais de enfermagem têm todo nosso apoio nessa luta justa pelo reconhecimento do seu trabalho.”
Na Paraíba (PB), o Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região (SINFEMP) participou, junto a dezenas de servidores públicos municipais, de um ato público que percorreu as ruas da cidade de Patos.
“Temos que garantir o piso, derrubar o veto e lutar para que todos os gestores municipais e estaduais façam seu pagamento”, destacou na ocasião Zé Gonçalves, presidente da CTB-PB, vice-presidente do SINFEMP e vereador.
Em Goiânia (GO), o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-IFESGO) organizou, junto a outras entidades, manifestações em defesa do piso durante a manhã e à tarde.
No Rio de Janeiro (RJ), o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Seguridade e Seguro Social (SINDSPREV/RJ) convocou e participou de um ato unificado que caminhou pelas ruas da cidade durante a manhã.
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