
terça-feira, 1 de julho de 2025
CNPq aprova 143 novos INCTs com investimento recorde de R$ 1,63 bilhão
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), aprovou 143 projetos na nova chamada pública dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs). O número representa um aumento de cerca de 20% em relação aos resultados preliminares e consolida a maior chamada da história do programa, com investimento total de R$ 1,63 bilhão.
Esse aumento só foi possível porque houve um reforço de R$ 135,6 milhões no orçamento inicialmente previsto, que era de R$ 1,5 bilhão. O recurso extra permitiu a contratação de mais projetos de pesquisa, elevando a taxa de aprovação da demanda recomendada de 23% para 27,5%.
“Esse é um dos programas mais fundamentais de toda a ciência brasileira para fortalecer e aprimorar o nível da pesquisa no país. A chamada foi bastante robusta, um recorde histórico para chamadas em INCT, com uma demanda muito bem qualificada”, destaca o presidente do CNPq, Ricardo Galvão.
Parcerias
A ampliação foi viabilizada com recursos adicionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), gerido pelo MCTI, e com a entrada de cinco novas fundações estaduais de amparo à pesquisa, dos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Alagoas e Rio Grande do Sul.
Elas se somaram às FAPs de São Paulo (Fapesp), Rio de Janeiro (Faperj), Minas Gerais (Fapemig) e Espírito Santo (Fapes), além da Capes e do Ministério da Saúde, que também compõem a parceria.
A diretora de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação do CNPq, Dalila Andrade Oliveira, destaca o papel da articulação federativa: “Estamos muito felizes com essa ação. Os INCTs são redes de alto nível, que produzem pesquisas de excelência. Trata-se do maior edital em valores da história do CNPq, algo que só foi possível porque, além do importante aporte do FNDCT, contou com uma robusta parceria com nove FAPs, Ministério da Saúde e Capes”, avaliou Dalila.
Com a contratação dos 143 novos institutos, prevista para agosto, o Brasil passará a contar com 243 INCTs ativos, representando uma expansão de 20% em relação ao total anterior. Do total atual, 102 haviam sido contratados em 2014 (com atividades encerradas em abril deste ano) e 100 foram selecionados na chamada de 2022 (com vigência até 2027 ou 2028).
Programa estratégico para a ciência brasileira
Criado em 2008, o Programa INCT é uma política estratégica do MCTI em parceria com o CNPq e as FAPs. Os institutos reúnem redes multi-institucionais e interdisciplinares voltadas a temas complexos e prioritários para o país, com foco em excelência científica, cooperação internacional e aplicação em grandes desafios nacionais.
Ao longo de seus 16 anos, o programa já promoveu:
• Mais de 1.835 parcerias nacionais;
• 1.302 parcerias internacionais, com 139 empresas estrangeiras;
• 515 colaborações com empresas brasileiras;
• Formação de milhares de mestres, doutores e pesquisadores em todas as áreas do conhecimento.
Após anos sob risco de descontinuidade, o fortalecimento do INCT foi garantido graças ao descontingenciamento do FNDCT. “O que esperamos agora é conseguir ampliar ainda mais o impacto da chamada com apoio complementar das fundações estaduais às propostas que, embora muito bem avaliadas, ficaram em segunda prioridade. Isso é essencial para o fortalecimento da ciência brasileira”, conclui Ricardo Galvão.
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