terça-feira, 26 de agosto de 2025

Com participação da Finep e do BNDES, Governo Federal lança linha de crédito de R$ 12 bilhões com foco na Indústria 4.0


A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou nesta segunda-feira (25) do lançamento das linhas de crédito da Finep e do BNDES para a Indústria 4.0, voltadas à modernização de fábricas e ao aumento da produtividade. Com a oferta de R$ 12 bilhões, a iniciativa integra a Nova Indústria Brasil (NIB), programa do governo federal que busca estimular investimentos em inovação, automação e digitalização, ampliando o acesso das empresas ao financiamento e fortalecendo a competitividade nacional.
Durante o lançamento da iniciativa, no Palácio do Planalto, a ministra Luciana Santos reafirmou o compromisso do governo com a modernização da indústria brasileira: “A nova linha de crédito vai na espinha dorsal da modernização da nossa indústria e da economia 4.0. Esse anúncio representa não apenas uma vontade política, mas uma escolha estratégica do governo, que prioriza aquilo que é fundamental para qualquer projeto de desenvolvimento nacional”, disse.

A Finep, empresa pública vinculada ao MCTI, vai destinar R$ 2 bilhões para a linha de crédito ‘Difusão Tecnológica’, direcionada à aquisição de máquinas e equipamentos que incorporem tecnologias 4.0, como inteligência artificial, internet das coisas e robótica. Esses recursos serão aplicados exclusivamente em empresas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com o objetivo de reduzir as assimetrias regionais e estimular a indústria nacional de bens de capital.

Já o BNDES disponibilizará R$ 10 bilhões para financiar a modernização industrial em todo o país, também com foco na incorporação de tecnologias digitais avançadas. Os créditos da Finep e do BNDES não são ações isoladas, mas parte de uma estratégia maior, a Nova Indústria Brasil. O programa garante a coordenação entre diferentes órgãos do governo, evitando duplicidade de iniciativas e alinhando metas para a transformação tecnológica da indústria brasileira.

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, foi enfático em sua fala: “Não há crescimento e geração de empregos sem investimento. E o investimento precisa estar aliado à inovação. O setor de bens de capital, de máquinas e equipamentos é o coração da produtividade e da eficiência, irradiando inovação para toda a indústria e para toda a economia. Com a determinação do presidente Lula, vamos continuar apoiando a indústria, a inovação e a geração de empregos. Esse é um programa bem direcionado para a essência do nosso desenvolvimento: o crescimento e a modernização do parque industrial brasileiro”.

No desenho da política, a Finep complementa a atuação do BNDES, atendendo especialmente regiões historicamente menos contempladas, o que reforça a preocupação da NIB em reduzir desigualdades regionais. O descontingenciamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), aliado à sanção da Lei 15.184/25, que permite o uso do superávit do fundo, ampliou significativamente os recursos destinados à inovação. Com isso, a Finep passa a ter mais capacidade de apoio à indústria nacional para enfrentar gargalos históricos e impulsionar o crescimento econômico.

“Estamos anunciando a liberação de R$ 10 bilhões do BNDES, somados a mais R$ 2 bilhões da Finep, totalizando R$ 12 bilhões destinados a bens de capital — máquinas e equipamentos que vão permitir à indústria brasileira ganhar competitividade, reduzir custos e modernizar seu parque produtivo. Essa iniciativa faz parte da Nova Indústria Brasil e representa um forte estímulo à inovação, à modernização e à descarbonização da economia, dando um grande salto para promover a Indústria 4.0 no país”, afirmou o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

A linha de crédito da Finep apresenta condições diferenciadas com juros em torno de 8% ao ano, até quatro anos de carência e prazo total de pagamento de até oito anos. Cada projeto poderá receber até R$ 300 milhões, desde que voltados à compra de equipamentos nacionais que incorporem tecnologias da Indústria 4.0. A iniciativa reforça a importância da indústria de máquinas e equipamentos na difusão tecnológica e no aumento da produtividade de todo o setor.

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