terça-feira, 27 de janeiro de 2015

PPP da Alumar é ilegal e prejudica aposentadoria de empregados


Alumar tenta enrolar trabalhadores
A Alumar há vários anos vem descumprindo normas legais que obrigam as empresas a descreverem no Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) todas as condições nocivas à saúde às quais os trabalhadores estão expostos na atividade.

Segundo a Previdência Social, o Formulário deve ser preenchido com todas as informações relativas ao empregado, como a atividade que exerce, os agentes nocivos aos quais está exposto, a intensidade e concentração dos agentes, exames médicos clínicos, entre outros. O formulário deve ser preenchido pela empresa que expõe seus empregados a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou integridade física, que gera aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição.
Operários metalúrgicos

A Lei 9.528, de 10 de dezembro de 1997, determina que a comprovação da exposição do trabalhador aos agentes nocivos se dê por meio do PPP, que deve ser fornecido pela empresa quando da rescisão do contrato, mantendo-o atualizado sobre todas as atividades desenvolvidas pelo empregado.

Segundo o diretor de Saúde e Segurança do Sindmetal, Joel Nascimento, a Alumar há vários anos omite os agentes nocivos aos quais os empregados estão expostos, informando apenas a exposição a ruídos, quando na realidade as atividades abrangem outros agentes, como temperatura, gases tóxicos e campos magnéticos, o que impede o benefício da aposentadoria especial dos empregados.

Sendo assim, Nascimento orienta os trabalhadores a analisarem o PPP no momento da rescisão  e, caso não descreva todos os agentes nocivos aos quais esteve exposto, questionar a empresa. Caso o erro não seja corrigido, o empregado por procurar o Sindicato para ajuizamento da devida ação judicial. “Hoje os trabalhadores precisam recorrer à Justiça e esperar vários anos por algo que é um direito, mas que é negado por falta do preenchimento correto do PPP pela empresa”, avalia.

Fonte: SINDMETAL São Luís

Nenhum comentário:

Postar um comentário