quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Violência recua na Região Metropolitana de São Luís

Queda de 5,9% da violência
A violência na Grande Ilha diminuiu 5,9% no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. As ocorrências dos chamados Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) somaram 556 registros no primeiro semestre do ano anterior, contra 523 de janeiro a junho de 2015. 

Houve ainda queda de 10% nas ocorrências de homicídios, ultrapassando a meta da Secretaria Nacional de Segurança Pública, que é de 5% para este ano. Os dados são de levantamento realizado pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA), considerando ocorrências na capital e nos municípios de Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar.

A redução dos crimes violentos é fruto de ação intensiva da Polícia Civil no combate a crimes, principalmente, roubos, furtos e latrocínios (roubo seguido de morte), os mais recorrentes, conforme aponta o delegado geral de Polícia Civil, Augusto Barros. Ele reconhece que ainda há melhoramentos a serem feitos. “Em nove meses de gestão, a polícia vem se estruturando para sanar deficiências que se proliferaram por anos e se instalaram no aparato de segurança. Hoje, a polícia vem trabalhando para dar um resultado imediato à sociedade. O governo Flávio Dino está fortalecendo a polícia”, afirma Barros.

O delegado geral explica que números refletem a contenção de um grupo de crimes classificados de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), que inclui os assaltos. O delegado geral ilustra que, ao longo dos anos houve um crescimento regular destes casos e a atual estrutura policial vem conseguindo baixar os números. “A descida não será vertiginosa. A polícia é a mesma, mas há melhoras que são claras no que refere a uma postura mais proativa e retorno mais eficaz ao cidadão”.

Outra meta é fortalecer a estrutura com aumento do efetivo, concessão de melhorias para execução da atividade e mais valorização do policial. “A suspensão da greve mostrou que há um diálogo positivo. Neste primeiro momento, a totalidade das demandas não puderam ser atendidas, mas será feito no próximo ano. O governo é sensível à essas demandas”, disse Barros. Uma destas medidas é o aumento do efetivo com a realização de concurso público, já previsto pelo Governo do Estado.

A criação de novas superintendências foi outra medida que desonerou o trabalho do policial e garantiu um atendimento mais ágil às demandas da população. Isso porque as delegacias passaram a focar mais nos crimes de roubo, furto e latrocínios; e os homicídios ficaram mais centralizados na Superintendência de Homicídios. Foram criadas também as seccionais para serem as intermediárias entre o superintendente da capital e as delegacias.

O delegado da seccional tem o controle do que ocorre nas delegacias na área atendida, do serviço que chega ao cidadão, da situação dos procedimentos de investigação e das condições de trabalho. O trabalho é centralizado em uma área para que as metas sejam alcançadas, dar maior eficiência ao trabalho policial e aproximá-lo do cidadão. A retirada de presos de justiça das delegacias é outra medida que contribui para eficiência das investigações. Foram 350 presos de delegacias encaminhados para as detenções ficando os investigadores em sua função de apuração dos crimes.

E para o próximo mês serão inaugurados um laboratório forense para investigar crimes a partir da análise do DNA e o laboratório de combate à lavagem de dinheiro.

Família

A estratégia da Polícia Civil tem sido o combate às consequências da violência, que, segundo avalia o delegado geral, têm origem em setores indiretamente ligados à polícia. É o resultado de anos da falta de investimento em setores prioritários como educação, saúde e a desagregação do núcleo familiar. “A desestruturação familiar contribui para a geração da violência”. Ele ressalta ainda que, atualmente, há o culto ao crime. “Tem muita gente valorizando o dinheiro fácil, conseguido com o crime e a família faz vistas grossas devido às benesses dessa ilicitude”, explica.

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