quarta-feira, 10 de junho de 2020
Flávio Dino afirma que bolsonaristas espalham confusão sobre Covid-19
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), voltou a denunciar o chamado “gabinete do ódio”, que conforme declarações dadas por testemunhas à CPI das Fake News, funcionaria no Palácio do Planalto sob comando da presidência da República para promover do que o líder maranhense chamou de “partido dos robôs”.
O governador chamou atenção para os insistentes ataques realizados contra o Supremo Tribunal Federal, governadores e prefeitos que tem seguido às orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e preconizado o isolamento social para preservar a vida dos brasileiros diante da pandemia do novo coronavírus. “Dizem que o presidente da República não tem nenhuma responsabilidade sobre o coronavírus. Sem confusão essa gente não consegue viver com sua própria infelicidade”, escreveu o governador em sua conta no Twitter.
Nesta terça-feira, os robôs bolsonaristas operados pelo tal “gabinete do ódio” passaram a compartilhar uma mensagem de que Bolsonaro teria razão com relação a atitudes e omissões relativas ao novo coronavírus. A mensagem se apoia em leitura manipulada de mensagem da Organização Mundial de Saúde. A OMS afirmou que a transmissão por pacientes assintomáticos “pode ser rara”. A tag #bolsonarotemrazão chegou a ser usada mais de 51,8 mil vezes no Twitter, sendo um dos assuntos mais comentados antes das 12h.
O compartilhamento de tags como esta por meio de robôs cria uma suposta maioria na opinião pública. E, mais uma vez, de maneira equivocada: entre as razões para a indução de erro, temos que o informe da OMS fala apenas de uma possibilidade e não é conclusivo. Além disso, segundo a OMS, pessoas pré-sintomáticas transmitem a doença sem saber. Portanto, não há motivo para desconfiar do isolamento como fundamental para preservar a saúde e a vida das pessoas. E mesmo se os cientistas tivessem, agora, chegado a novas conclusões, elas não conflitariam com a postura recomendada, que é propor isolamento tendo por base o princípio da precaução.
Fonte: Com inconformações do Portal PCdoB
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