terça-feira, 30 de julho de 2024
Na abertura da 5a Conferência Nacional de CTI, Lula destaca dia histórico para a ciência do país
Um dia histórico para a ciência, tecnologia e inovação. Depois de 14 anos, acontece a abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, eo secretário-geral da CNCTI, Sérgio Rezende, abriram o evento nesta terça-feira (30), em Brasília.
No discurso de abertura, o presidente Lula destacou o papel da ciência para o desenvolvimento do país. “Hoje é um dia histórico para o país. Um dia marcante para a sociedade. O Brasil precisa aprender a voar sozinho”, disse para a plateia que lotava a plenária principal do complexo Brasil 21.
O presidente se referiu a proposta do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), feita pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) e entregue a ele. O plano apresenta cinco eixos que vão direcionar a política da área.
“É muito importante que vocês não tratassem o dia de hoje como uma coisa menor, como uma coisa insignificante. Os cientistas estão pensando no Brasil”, enfatizou o presidente.
O tema desta edição da CNCTI é “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil justo, sustentável e Desenvolvido”. Desde dezembro de 2023, foram realizados mais de 270 eventos preparatórios, envolvendo mais de 100 mil pessoas de diferentes setores sociais e em todos os estados do Brasil.
Ao longo dos dias 30 e 31 de julho e 1º de agosto serão discutidos o futuro da ciência, da política e inovação no Brasil para os próximos 10 anos.
“Hoje aqui estamos vivendo um marco importante para a ciência brasileira que é o coroamento da retomada do diálogo e da participação dos cientistas e popular”, disse a ministra Luciana Santos.
Ela pontuou que a construção da 5CNCT é a demonstração da democracia brasileira tão presente no atual governo. “Estamos fazendo esse evento por meio das vozes que estão com a mão na massa, na construção do dia a dia da política pública. Então fico feliz de ver aqui tanta diversidade, inteligência e a capacidade brasileira de pensar o Brasil”, completou.
A ministra reforçou o esforço da Conferência para a valorização da ciência e dos cientistas do país. “Superando o atraso científico e tecnológico, de maneira a se inserir nas cadeias mais dinâmicas da economia global e nas cadeias de maior valor agregado, gerando emprego, renda e perspectivas para brasileiros e brasileiras”.
O secretário-geral da 5CNCTI, Sérgio Rezende, pontuou a importância da CT&I para o desenvolvimento do país e afirmou que o Brasil precisa de mais orçamento para a área,sugerindo a criação de novos fundos.
“É preciso encontrar formas para aumentar os recursos de CT&I que são limitados. O Brasil nunca passou de 1,3% do PIB. Muitos países investem mais de 5%. A sugestão é criar novos fundos setoriais e mudar alguns que já existem”, apontou Rezende.
O secretário também sinalizou que, durante a 5CNCTI, será captado um acervo enorme de informações e reflexões. “Ao final da conferência teremos um documento final que será entregue a ministra Luciana Santos”, completou.
Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA)
A presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Nader, representando o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, explicou para o presidente Lula sobre o PBIA. Ela enfatizou que o documento cria uma nova fase para o desenvolvimento e a diminuição da desigualdade social.
“Esse documento que o senhor vai receber hoje busca promover o desenvolvimento inclusivo e apoiar o vasto campo do conhecimento impactando a produtividade e o comercial global de forma ética”, afirmou Nader.
Ao receber o documento, o presidente Lula reforçou a importância do plano e afirmou que apresentará a proposta na semana que vem para os demais ministros. “O trabalho começou agora de verdade. Se preparem que eu vou cobrar vocês. Daqui pra frente a minha obrigação é fazer isso acontecer”, disse Lula aos cientistas ao finalizar o discurso.
Saiba mais sobre a proposta do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial em: Plano brasileiro de IA terá supercomputador e investimento de R$ 23 bilhões em quatro anos.
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