segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Temperaturas acima da média e mudanças nos dias marcam o início da estação mais quente do ano no Brasil


Apartir das 6h20 (horário de Brasília) deste sábado (21), tem início a estação mais quente do ano, o verão 2024/2025 no hemisfério Sul. A previsão, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, é de temperatura acima da média para o período.
“Segundo os modelos numéricos climáticos, existe chance de a temperatura ficar acima da climatologia em grande parte do Brasil durante o trimestre que compreende os meses de janeiro, fevereiro e março de 2025”, detalhou o meteorologista do INPE, Fábio Rocha. A previsão foi elaborada em um trabalho conjunto do Instituto do MCTI, da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos e do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária.

Com relação às precipitações, existem duas áreas favoráveis para que as chuvas fiquem abaixo dos valores da climatologia. Uma delas é o estado do Rio Grande do Sul, juntamente com o extremo sul de Santa Catarina e o oeste catarinense; a outra área engloba praticamente toda a região Nordeste do Brasil, além do estado de Tocantins.

“Nessas áreas, as chuvas ficarão abaixo da faixa normal da climatologia. Por outro lado, entre o setor norte do Amazonas e Roraima, no setor norte e nordeste do estado do Pará e no estado do Amapá, as chances são de as chuvas ficarem acima da faixa normal climatológica”, pontuou Fábio Rocha.

Solstício de Verão

O solstício de verão é um fenômeno astronômico que marca o início da estação mais quente do ano no hemisfério norte. Ocorre duas vezes por ano, uma no verão e outra no inverno, e está relacionada à inclinação do eixo de rotação da Terra, que é de 23° em relação ao plano da sua órbita.

“Quando o Sol estiver mais afastado do equador ao norte, temos o solstício de junho (inverno no hemisfério sul e verão no hemisfério norte), e quando o Sol estiver mais afastado do equador ao sul, temos o solstício de dezembro, verão no hemisfério sul e inverno no hemisfério norte”, explicou a astrônoma do Observatório Nacional (ON), unidade de pesquisa do MCTI, Josina Nascimento. Já os equinócios ocorrem quando o Sol cruza o equador, em março e setembro, marcando o início do outono e da primavera no hemisfério sul (e o oposto no hemisfério norte).

Com a chegada do verão, outro fenômeno astronômico também fica bastante evidente: os dias se tornam mais longos e os pontos onde o Sol nasce e se põe. “Durante o verão, o Sol faz um caminho mais alto e, durante o inverno, um caminho mais baixo. À medida que os dias vão passando, o local do nascer vai se afastando do ponto cardeal leste, e o local do ocaso vai se afastando do ponto cardeal oeste, sendo que os afastamentos máximos ocorrem exatamente nas datas dos solstícios”, detalhou Josina Nascimento.

Ainda segundo a astrônoma do ON, a sensação de calor da estação começa a ser sentida antes mesmo do início do verão. “As mudanças vão acontecendo antes mesmo da data do solstício, porque a Terra vai ficando cada dia com o hemisfério sul mais voltado para o Sol, desde o começo da primavera. Não se trata de uma mudança repentina, mas de uma mudança que vai acontecendo dia a dia”.

A estação mais quente do ano terminará no dia 20 de março de 2025, quando terá início o outono, deixando o clima mais ameno.

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