sexta-feira, 4 de setembro de 2015

SINPROESEMMA reforça luta contra maldades da Prefeitura de Coroatá


SINPROESEMMA lidera professores na Assembleia 
Com o objetivo de denunciar as exonerações de professores de Coroatá ao Poder Legislativo maranhense, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) realizou, na manhã desta quinta-feira (3) ato público em apoio a readmissão dos educadores Celso Soares e Simone Silva. O protesto foi composto de mobilização em frente à Assembleia, ocupação da galeria e audiência pública com deputados da Comissão de Educação da Casa, que declaram apoio ao movimento. 
A manifestação começou por volta das 9h, em frente ao portal de acesso à Assembleia, onde educadores de Icatu, Rosário, Itapecuru e Codó se somaram em solidariedade aos professores exonerados. Celso e Simone ingressaram na rede por concurso público, mas, antes de completar 3 anos, foram exonerados após recomendação de estágios probatórios fraudados por diretores de escolas. 
Pauta de reivindicação 
O coordenador do Núcleo em Coroatá, Celso Soares, explicou que os problemas com a gestão Tereza Murad começaram no início do mandato, quando a gestora decidiu revogar o plano de Cargos, Carreiras de Vencimento, aprovado pelo prefeito anterior e garantia direitos. “Agora não existe um plano de carreira, existe um documento de 1996, que eles chamam de ‘plano’, totalmente defasado e obsoleto, não comtempla nada das gratificações que nós não temos direito”, destacou o dirigente. 
Ao longo do mandato, Celso destaca que a gestora não respeitou os reajustes anuais do piso nacional do magistério, o que acumulou perdas salariais de 21,5%. Além disso, a prefeitura ainda acrescentou uma carga horária de 5 horas semanais acima da ofertada no concurso público e deixou de pagar os salários de dezembro de 2012. 
Perseguição 
Professor Celso Soares fala durante ato ao lado de Júlio Pinheiro
O dirigente explica que a organização de protesto para combater os desrespeitos em Coroatá sofre resistência de professores.
A categoria acusa o marido da prefeita, o ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad, de comandar as ameaças aos professores que se envolvem nas atividades do SINPROESEMMA. “Não foi fácil trazer os professores, porque houve ameaças de exoneração na cidade. Se algum ente querido participasse, também seria demitido. Essas ameaças fazem parte da gestão de Ricardo Murad, da prefeita e da filha Andréa Murad, porque são tudo da mesma panela”, afirmou o professor Celso. O presidente do SINPROESEMMA, Júlio Pinheiro, argumenta que a exoneração do trabalhador representa um ataque à organização sindical. “A gestora Tereza Murad não admite reconhecer o Sindicato como representante da categoria. A decisão de demitir os trabalhadores é para servir como exemplo para os outros não irem à luta”, ressaltou. 
Ainda de acordo com Pinheiro, a exoneração tenta fragilizar o SINPROESEMMA na região, intimidando os dirigentes e filiados ao núcleo, colocando vários profissionais na rua. “Ao ser exonerado, o Celso pede o vínculo com a prefeitura e tem o mandato classista cassado, porque não representa mais os educadores”, afirmou. Como gesto de solidariedade, Júlio Pinheiro anunciou que o SINPROESEMMA vai pagar os salários dos profissionais, enquanto os dirigentes não forem readmitidos na rede pública. 
Audiência pública 
Ao meio-dia, os trabalhadores foram recebidos por parlamentares da Comissão de Educação da Assembleia. O vice-presidente da Comissão de Educação da Assembleia, coordenou uma audiência pública, que contou a presença dos parlamentares Zé Inácio (PT), Marco Aurélio (PCdoB), Fernando Furtado (PCdoB), Rafael Leitoa (PDT) e Valéria Macedo (PDT). Após ouvirem as denúncias dos trabalhadores em educação, os parlamentares saíram em defesa da categoria. 
O deputado Marco Aurélio foi um dos que rechaçou as exonerações, argumentando que quem passou em concurso público se preparou para estar no cargo e sugeriu a demissão de quem se aproveita dos recursos públicos. “Temos que tirar é quem roubar o dinheiro público”, disparou o parlamentar. Outra manifestação de apoio veio do deputado estadual, Rafael Leitoa, que questionou a falta de diálogo da prefeitura de Coroatá. “Quem tem medo do sindicato também tem medo do povo, porque o sindicato representa uma categoria”, afirmou. 
Ao final do encontro, Deputados solicitaram os relatórios de estágio probatório, as portarias de exoneração e a lista com os 28 professores que correm o risco de serem exonerados da rede. O parlamentar se comprometeu em auxiliar os trabalhadores na luta pela revogação das demissões e dar apoio no Legislativo.   

Fonte: ASCOM - SINPROESEMMA
Fotos: Edson Igor

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