Ampla aliança para mudar o Maranhão |
É a primeira vez que o partido elege um governador de Estado e, mesmo sem o apoio formal do PT na coligação, contou com grande parte da militância petista na campanha e organizou os maiores movimento pró-Dilma no período eleitoral. A “aliança velada” resultou inclusive no fornecimento de material de campanha conjunta de Dilma e Flávio Dino no primeiro turno enviada pela coligação nacional da presidente reeleita. O caso irritou os aliados do grupo Sarney no estado, pois foi traduzida como apoio ao candidato do PCdoB;
No Maranhão, o PCdoB foi um dos partidos que comandou a campanha de Dilma Rousseff. Desde o primeiro turno, o partido organizou plenárias e caminhadas em prol da candidatura petista. Já o governador eleito, Flávio Dino, optou pela neutralidade nos dois turnos.
“Como fiel de uma aliança que abrange partidos de diferentes opções ideológicas, cumprir meu acordo de não interferir na eleição presidencial,” disse em entrevista minutos antes de votar. Em seguida, afirmou que seguiria a orientação nacional do partido na hora da votação – apoio a Dilma Rousseff. Flávio Dino foi presidente da Embratur nomeado pela presidente de 2011 a 2014.
Em entrevista concedida na manhã desta segunda (27), ressaltou a importância das parcerias com o Governo Federal para que os indicadores sociais do Maranhão sejam melhorados nos próximos anos. Por parte do Governo do Estado, Flávio defende um novo modelo de desenvolvimento para o Maranhão: mais humanizado e com foco na melhoria da qualidade de vida da população mais carente.
PCdoB sai fortalecido da eleição 2014 |
Sobre a vitória de Dilma, ele afirmou que “Não há coroneis que tutelam os votos dos presidenciáveis. O voto é do povo,” ironizou, ao ser questionado sobre a polêmica estabelecida em blogs a respeito da “paternidade” dos votos de Dilma no Maranhão. “É natural que os que perderam a eleição queiram tomar para si a paternidade de uma vitória popular. Na minha opinião, é um desrespeito com o povo qualquer coronel achar que tutela a vontade democrática. O povo é soberano”, completou.
Grupo Sarney perde espaço no cenário nacional
Após enfrentar uma de suas maiores crises – reunindo desgaste com crise de Pedrinhas e com o envolvimento em um grande escândalo de corrupção e propina envolvendo o doleiro Alberto Yousseff – o grupo Sarney sai deficitário após um longo período de diomínio político no estado.
A bancada do Senado é a primeira derrota. O grupo que já teve o domínio de seis cadeiras (elegendo aliados no Amapá e no Maranhão, ocupando todas as vagas dos dois estados) na Câmara Alta do parlamento brasileiro, hoje vê-se resumida a apenas 2 cadeiras. Em outubro passado, o candidato apoiado pela família Sarney, Gastão Vieira (PMDB), foi derrotado pelo oposicionista Roberto Rocha (PSB) – que teve o apoio de Flávio Dino.
Esta também será a primeira vez que José Sarney (PMDB-AP) estará fora do Senado. Com isso, terá pouco peso nas negociações políticas envolvendo questões nacionais, conforme avaliam analistas políticos de todo o Brasil. Sobretudo, porque toda a bancada amapaense no Senado faz oposição a José Sarney. Sem o apelo da influência no Senado no Amapá e no Maranhão, Sarney deve ter espaço cada vez menor no cenário político nacional.
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