terça-feira, 26 de julho de 2016

Em Assembléia Nacional, Centrais Sindicais se unem em defesa dos direitos, do emprego e do Fora Temer!

Nivaldo Santana, Presidente Nacional da CTB
O movimento sindical deu um importante sinal de sua força e unidade nesta terça-feira (26), ao reafirmar durante assembleia nacional em São Paulo que não irá aceitar redução ou cortes de direitos e garantias trabalhistas por parte do presidente em exercício Michel Temer. A mobilização é também uma resposta à sinalização do ministro do trabalho interino com uma reforma trabalhista que vai flexibilizar direitos e ampliar jornada de trabalho.
Com a palavra de ordem Fora Temer!, cerca de 600 dirigentes sindicais de todo o país, representando as seis principais centrais sindicais brasileiras, deixaram de lado as divergências e lançaram um documento unitário com críticas à gestão interina, contra a flexibilização da CLT, a reforma da previdência, o desmonte das políticas de inclusão social e em defesa do emprego e das garantias dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. 
Nivaldo Santana: "Celebro e saúdo a unidade das centrais. Vamos enfrentar e derrotar esta agenda conservadora"
A CTB foi representada pelo presidente interino Nivaldo Santana, que destacou a maturidade das centrais em superar divergências e se unir neste cenário de crise e ameaças. “A classe trabalhadora está perplexa e assustada com a agenda retrógrada que está sendo apresentada aos brasileiros. É uma piada de mau gosto abrir este saco de maldades e dizer que isto é para o bem do país”, disse Santana.
O dirigente enumerou algumas “maldades”, entre elas o novo marco regulatório do petróleo (que entrega o pré-sal às grandes petrolíferas estrangeiras), a desvinculação de recursos da união, que reduz verbas das áreas sociais, a retomada da política de privatizações e o ataque à agenda trabalhista, que promove uma desregulamentação geral do trabalho e pode acabar com a CLT, o conjunto de leis que há 73 anos garante direitos básicos e essenciais à classe trabalhadora. 
Santana também menciona o projeto da terceirização, ainda em tramitação no Congresso, que precariza ainda mais as condições de trabalho. "Desde a fundação, a CTB defende um projeto de desenvolvimento com valorização do trabalho", diz ele. "Consideramos que a retomada da unidade das centrais, que já agendou para 16 de agosto o seu Dia Nacional de Luta, irá enfrentar e derrotar esta agenda conservadora".
Entre as principais críticas e reivindicações do documento das centrais estão: a urgência na redução da taxa de juros; a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem diminuição de salários; a retomada do investimento público e privado em infraestrutura produtiva, social e urbana, ampliando os instrumentos para financiá-la; retomada e ampliação dos investimentos no setor de energia, como petróleo, gás e fontes alternativas renováveis, em especial a Petrobrás e o Pré-Sal. 
Leia a íntegra do documento aqui.
Mobilização geral
As centrais sindicais definiram o dia 16 de agosto como o Dia Nacional de Luta, data de mobilizações em todo o país "para enfrentar e derrotar a agenda conservadora". Participaram da assembleia de hoje, lideranças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).
Portal CTB - Natália Rangel 
Fotos: Láldert Castello Branco

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