quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Greve da AGED completa primeiro mês cada vez mais forte

Nesta semana (2 de novembro) a paralisação dos servidores da fiscalização agropecuária da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão completará 30 dias. 

Os grevistas permanecem focados no movimento e garantem permanecer parados até a decisão que o motivou: o anúncio do concurso público para cargos no Grupo AFA (Atividades de Fiscalização Agropecuária).

O presidente do Sindicato dos Servidores da Fiscalização Agropecuária (SINFA), agrônomo Saraiva Júnior, considera que “não há mais o que discutir sobre o assunto; nem devemos ser acusados de radicalização: o que queremos é que os recursos humanos da autarquia sejam repostos e estejam à altura das necessidades de trabalho previstas pela política do órgão”. 

Ele disse que aguarda posição do governo para convocar assembleia geral e decidir sobre os rumos da paralisação.

Justificativa – Em passagem por Viana, na Baixada Maranhense, em cerimônia oficial, o governador Flávio Dino ouviu do delegado sindical local Sebastião Tarcísio (acompanhado de filiados) colocações sobre o quadro grave da AGED no interior. 

O delegado lamentou a renovação do contrato com o INAGRO, que cede terceiros não aptos à agência, sobrepondo-se à prioridade do concurso. E com valor superior (R$ 7 milhões) aos custos do procedimento administrativo (R$ 6 milhões). Ele enumerou os prejuízos que a falta de pessoal impõe.

Ao receber expediente, o governador alegou a falta de dinheiro para bancar o processo (embora a Lei Orçamentária Anual 2016 preveja recursos, bem como a de 2015). Reagiu à informação sobre folga no orçamento estadual como não confiável (embora constante de documento oficial do governo). 

Falou sobre a crise econômica que assola o Pais, com reflexos nos Estados e Municípios, “que impõe sacrifícios aos governantes”, e disse não haver possibilidade de a demanda ser atendida imediatamente. Mas admitiu que o governo estudará saídas para solucionar o problema.

Sobre os números revelados da situação econômico-financeira do Estado, o governador colocou em dúvida a leitura dos números, quase como pondo “em cheque” a experiência do DIEESE em avaliações do gênero.

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