terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Senadora Vanessa quer eleições diretas para pacificar a nação



Ela destaca que “a grave e generalizada crise por que passa o país exige uma saída rápida, o que só é possível atacando a essência e não apenas os sintomas do problema”.

Segundo a senadora, “o centro da instabilidade está na ruptura do Estado de Direito, a partir do golpe que cassou o mandato da presidenta Dilma sem crime tipificado. Isso fez com que todos se sentissem à vontade para cometer arbítrios e exageros, como os exemplos demonstram”.

E cita vários desses exemplos como “a ilegal e abusiva condução coercitiva do ex-presidente Lula, que nem sequer havia sido notificado para depor”, que recentemente se repetiu com um pastor evangélico, em referência a Silas Malafaia, “que hoje esbraveja por ter sido vítima de um ato semelhante”, mas que saudou, comemorou e aplaudiu quando a situação foi vivida pelo ex-presidente Lula.

“Os fatos se seguem. O presidente do Senado não cumpre uma decisão judicial. Um membro do Judiciário anula votação da Câmara dos Deputados. Manifestações públicas são duramente reprimidas. Os vazamentos de processos sigilosos se multiplicam. E o presidente e seus assessores praticam abertamente advocacia administrativa, em favor de interesses privados”, enumera a senadora.

E destacou, entre os arbítrios e exageros, “um fato ‘tolo’, ocorrido no Parlamento”, que passou despercebido. “O presidente do Senado antecipou do dia 22 para 16 o fim do período legislativo. Fechou o plenário para evitar votações e mesmo debates, desnudando a tática do governo: encerrar 2016 antes do dia 31 de dezembro, na tentativa de interromper a sequência de desgaste que marca a sua breve e conturbada trajetória”.

Agravamento da crise


A senadora alerta que a crise se agrava com aumento do desemprego, a multiplicação dos escândalos e das delações contra o governo ilegítimo de Michel Temer e o desvio dos parcos recursos públicos (dinheiro do povo) para os abarrotados cofres dos rentistas.

Vanessa cita análises, inclusive de membros do próprio “governo”, que “não há tática nem manobra capaz de estancar a crise, em decorrência da corrosão crescente da economia e da política”.

Para a senadora, “esse ‘governo’ chegou ao fim. Mas, quanto mais se afunda em escândalos de corrupção e na reprovação popular, mais ele se volta contra o povo. A ‘PEC da Morte’ e a deformação da Previdência imporão duros sacrifícios à população, sobretudo aos mais pobres”, alerta.

E finaliza com uma denúncia: “Parte de seus apoiadores já trata abertamente da substituição do condutor da ponte que se revelou uma pinguela. Querem eleições indiretas no Congresso Nacional, o que será, a nosso ver, um fator de agravamento da instabilidade”.
 
 

De Brasília
Márcia Xavier 

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