Após algumas semanas de intenso trabalho para conter a progressão do novo coronavírus nos municípios da Grande Ilha, o Governo do Estado agora comemora os primeiros resultados obtidos após o lockdown (bloqueio total), realizado de 5 a 17 de maio. Com estudo feito pelo professor do Departamento de Ciência Política, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Dalson Figueiredo, foi constatada significativa redução de infecções, assim como estimativa de declínio de casos novos.
“O trabalho desenvolvido pelo Governo do Estado, em conjunto com outras esferas de poder, foi o que tornou possível este excelente resultado e estimativa. Entretanto, isso não quer dizer que devemos recuar nas medidas sanitárias e de distanciamento social. Se queremos que a linha de progressão da doença continue em neutralidade e inicie queda, precisamos continuar cooperando a fim de que o quanto antes voltemos ao cotidiano e as unidades de saúde ao seu funcionamento normal”, disse o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.
No estudo realizado pelo professor Dalson Figueiredo – que também é catalisador do Berkeley Initiative for Transparency in the Social Sciences (BITSS, 2015), iniciativa acadêmica dedicada ao avanço da transparência e abertura na pesquisa em ciências sociais – tomou-se como base o período de 21 de março a 19 de maio. A análise levou em consideração três momentos: o primeiro, antes do bloqueio total, quando a doença estava em seu ponto mais crítico, indicando grande quantidade de casos novos; o segundo, já com a suspensão dos serviços não essenciais e adoção de medidas sanitárias; e o terceiro durante o lockdown, com projeção pós-bloqueio.
Nos gráficos produzidos pela análise, é possível notar que entre os dias 15 de março a 19 de abril, a infecção estava em ritmo acentuado. Mas, a partir do dia 19 de abril, já com o asseveramento do cumprimento de decretos governamentais foi possível diminuir o índice de contaminação, apesar da ainda crescente de notificações.
Ações e medidas
Após o decreto do bloqueio total, a Grande Ilha obteve redução em 85% a circulação de passageiros no sistema de transporte público da Região Metropolitana de São Luís, e 84,4% de menos movimentação no perímetro semiurbano. Outra medida implantada durante o lockdown foi o rodízio de veículos.
Em paralelo, agentes do Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Maranhão (Procon/MA), Vigilância Sanitária do Estado, com apoio da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), intensificaram ações de fiscalização em estabelecimentos comerciais considerados essenciais. A fiscalização, percorreu ruas do Centro de São Luís, bancos, principais avenidas e bairros com intensa movimentação. Ao todo, foram mais de mil ações de orientação e fiscalização no combate à Covid-19, além de apuração de denúncias e visitas a estabelecimentos e produtos sanitários.
Além disso, foram montadas barreiras sanitárias em pontos estratégicos com a presença de agentes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes, Polícia Militar e agentes sanitários da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Nas abordagens, era requerido dos condutores documento que comprovasse a necessidade de estarem circulando, o mesmo se aplicou a pedestres.
Com estas intervenções, o executivo estadual conseguiu formar um platô no avanço de novos casos, que deverão, dentro dos próximos dias, resultar no achatamento da curva e o consequente declínio da doença nos quatro municípios que fazem parte da Grande Ilha, em especial a capital São Luís.
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