Cada vez mais comum em meio ao enfrentamento da pandemia da Covid-19, o termo “lockdown” tem se consolidado como uma das estratégias mais eficazes em todo o mundo. Em um cenário de muitas dúvidas e poucas perspectivas por tratamentos definitivos, como vacina ou remédios específicos, as medidas não-farmacológicas são as que representam melhores soluções para redução no número de pessoas infectadas e, por consequência, na quantidade de óbitos. E uma dessas medidas é o lockdown.
O objetivo é que a população permaneça em casa ao máximo possível, mantendo-se funcionamento apenas de atividades e serviços essenciais. Com isso, menos pessoas são expostas ao contato com outras, evita-se formação de aglomerações, são reduzidas as chances de contaminação e a necessidade de atendimentos hospitalares. Se realizado adequadamente, com grande adesão, como o que temos registrado na Ilha de São Luís, o resultado é o tão desejado “achatamento da curva”, isto é, menos pessoas precisando de leitos hospitalares ao mesmo tempo, de modo que o Sistema de Saúde consiga atender toda a demanda, permitindo atendimento a todos os pacientes que precisem.
Pelo que verificamos ao chegarmos ao 13º dia de lockdown em São Luís neste domingo, a medida terá resultados em favor da saúde de todos. Tivemos redução em média de 80% dos passageiros do transporte público e imensa redução de veículos particulares circulando, em face do sistema de rodízio que implantamos. Agradeço a conscientização e colaboração de cidadãos e empresas, porque somente com cooperação mútua conseguiremos vencer o coronavírus e retomarmos o quanto antes as atividades na economia e no setor público.
Em outra frente de trabalho, avançamos na ampliação de leitos em todas as regiões do Maranhão, passando de 232 leitos exclusivos para o tratamento de Covid, no início da pandemia, para mais de 1.300 leitos. Em parceria com prefeituras, empresas e instituições, instalamos os Hospitais de Campanha de Açailândia, em funcionamento desde ontem, e de São Luís, que inicia atendimentos nesta segunda-feira. São 260 novos leitos à disposição do tratamento de pacientes com Coronavírus, em estruturas de internação e UTIs, fundamentais para garantir que salvemos mais vidas. Assim como outras obras de ampliação de leitos que determinei em 15 municípios diferentes, alcançando todas as regiões.
A única coisa que não farei, nesse difícil momento, é ultrapassar meus conhecimentos técnicos e receitar remédios. Recebi estranhos documentos pedindo que eu diga aos médicos que a cloroquina é eficaz contra o coronavírus, o que agride um princípio que cultivo com rigor: o da legalidade. Lamento que ainda existam pessoas que embarquem em delírios ideológicos e cheguem a esse ponto, aumentando o caos sanitário como estamos vendo em nível nacional. Como repito há várias semanas, a cloroquina está disponível na rede pública estadual, mas não é o governador quem decide a prescrição, e sim os médicos, e não serei eu a violar a lei e determinar a prescrição em massa deste ou de qualquer outro medicamento, como se eu fosse médico. Quanto ao tratamento nas redes municipais, também não detenho competência legal para interferir nisso, pois somos uma Federação e os municípios têm seus próprios governos, seus orçamentos e equipes de saúde.
Em vez de ódios e agressões, devemos ter fé e esperança. Com a contribuição de todos, observamos uma mudança do caráter da curva de casos em muitas regiões do Maranhão, que já está menos exponencial. É resultado da série de medidas preventivas aplicadas desde março. Confio que serão enormes os benefícios refletidos naquilo que mais importa: SALVAR VIDAS. Unidos e conscientes, vamos vencer!
O comentário que faço diante disso é que um governo estaduale municipal não pode tirar o direito de ir vi das pessoas, só pode acontecer isso diante de um decreto do presidente da República e depois de aprovado pelos legislativos federais e de acordo com determinadas situações. Para mim foi um abuso de poder comunista.
ResponderExcluirahahahahahah....
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