sexta-feira, 31 de julho de 2020

Coletivo de Artistas denuncia que enquanto obedecem protocolos rígidos, Live 'ralada' de Mara Pavanelli vira festa da Covid 19 em São Luís


O Blog recebeu e publica abaixo Nota divulgada por coletivo de artistas maranhenses indignados com a irresponsabilidade de pessoas que organizam 'festas da morte' em São Luís burlando as regras rígidas impostas aos artistas locais. 

As 'festas da morte' tem sido corriqueiras e reunido muita gente sem noção do perigo do Vírus, sem máscara, sem distanciamento necessário, sem cuidado algum em seguir protocolos. 

De uma forma ou de outra, essas pessoas acabam sendo contaminadas e, por consequência, passam o vírus pra frente. 

Com a palavra os artistas e as artistas maranhenses:

Nota pública:

"Ontem, no mesmo dia em que profissionais da música maranhense, que se encontram lamentavelmente sem poder trabalhar, participaram de uma reunião com gestores culturais e elaboraram um cuidadoso protocolo sugerindo a retomada gradual das suas atividades, aconteceu uma live, ou melhor, um SHOW da cantora Mara Pavanelly, denominado “Mara na Ilha do Amor”.

O evento, que contou com patrocínio e doações de inúmeros membros da classe política, recebeu ampla divulgação nas mídias sociais, e, segundo mensagens que circulam em grupos de WhatsApp, teria contado com venda de bangalôs (no valor de R$ 1.500,00) com direito a after ao som de um conhecido DJ da cidade.

As imagens, que estranhamente ainda não despertaram a mesma atenção dos perfis ditos jornalísticos e dos canais de TV, em comparação ao informal pagode promovido na Península, demonstram um completo desrespeito às normas sanitárias, um acinte à sociedade e um enorme desserviço à classe artística maranhense, na medida em que, inevitavelmente, comprometerá a legitimidade do urgente pleito aduzido pela classe junto ao Estado.

Aguardamos a manifestação das autoridades quanto ao caso, no sentido de publicizar as sanções que foram efetivamente aplicadas aos promotores desse evento, e lamentamos que, diferentemente das abordagens ocorridas em outras áreas da cidade, a polícia, que teria estado no local, não tenha interrompido a FESTA.

Nós, profissionais da música, repudiamos com veemência esse fato, que destoa completamente dos protocolos seguros que apresentamos às autoridades.

E esperamos que não seja alegado que o objetivo da live (ou da festa) era de angariar cestas básicas, afinal inúmeras outras lives de artistas locais não receberam a mesma “ajuda”.

Assinado:
Coletivo de profissionais da música do Maranhão.

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