terça-feira, 7 de junho de 2022

Artigo de Flávio Dino: "Proteger o verde é proteger vidas"

Flávio Dino planta árvores com crianças

PROTEGER O VERDE É PROTEGER VIDAS

O Brasil assinou, nas últimas décadas, os principais tratados internacionais sobre desenvolvimento sustentável. E a nossa Constituição Federal, no artigo 225, fixou claras balizas para a temática do meio ambiente. Portanto, a nossa Pátria assumiu compromissos e deve cumpri-los. Tais deveres ficam ainda mais realçados na medida em que estamos, todos os dias, assistindo a grandes tragédias oriundas de fenômenos climáticos extremos. Somente neste ano, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco perderam centenas de vidas e sofreram imensos danos materiais com fortes chuvas.

Ou seja, cuidar do meio ambiente não é uma mera escolha, é um dever inafastável, em favor das atuais e futuras gerações. Contudo, infelizmente o Brasil chega a mais uma Semana do Meio Ambiente sem grandes avanços na proteção de florestas, águas e fauna. O 5 de Junho, marco criado pela ONU, destaca as questões ambientais a nível mundial, mas a data no nosso país, em razão de hegemonia política ecocida e antipatriótica, na prática é ignorada pela atual gestão federal. Por exemplo, existem metas para a redução de emissão de gases do efeito estufa, para contribuir assim com a diminuição do aquecimento global, evitando mudanças climáticas deletérias. No entanto, o que se vê atualmente é um governo federal permissivo com o desmatamento ilegal, incentivos ao garimpo em terras indígenas, uso abusivo de agrotóxicos, queimadas ilegais e incêndios florestais.

O Brasil precisa buscar um novo paradigma de verdadeiro progresso. É preciso cuidar das pessoas, ofertar melhores condições de vida, impulsionar investimentos e tudo isso só é sustentável com o cumprimento das leis ambientais. Fazer a transição para uma economia verde é um passo imperativo. Tanto a bioeconomia quanto atividades atinentes ao pagamento por serviços ambientais, em face da recuperação e conservação das áreas verdes, são caminhos positivos para a geração de trabalho, de renda e de novas tecnologias.

No Maranhão, durante a gestão que fiz à frente do Governo do Estado, criamos dois programas focados na juventude, a fim de fomentar a defesa do meio ambiente, ao mesmo tempo em que oferecem oportunidades profissionais. O primeiro deles, a Escola Ambiental, oferece milhares de vagas em cursos que promovem a consciência socioambiental. Já o Programa Agente Jovem Ambiental capacita a juventude quanto a ações de desenvolvimento sustentável e concede auxílio mensal para que esses agentes se engajem em suas comunidades, liderando boas práticas.

Ressalto, ainda, o programa Maranhão Verde, também criado na minha gestão, com o qual ajudamos famílias situadas em área de especial interesse ambiental a elevarem a renda, por meio do pagamento de bolsa que incentiva atividades de conservação e recuperação dos recursos naturais. Também investimos na proteção de áreas verdes em espaços urbanos, com o estabelecimento de parques ambientais em vários municípios do Maranhão, a exemplo dos parques do Rangedor, em São Luís, Caxias, Timon, Codó, Bacabal, Balsas e Pedreiras.

Tais resultados muito nos orgulham e nos incentivam a continuar. A segurança climática, o nosso presente e o nosso futuro dependem da proteção ao meio ambiente. Menos armas e mais árvores. Só assim protegemos vidas.

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