Diretor da EGMA Odair José |
Nos dias 17 e 18 de novembro, a Escola de Governo do Maranhão (EGMA) realizou o Seminário ‘Pesquisa e Inovação na Gestão Pública: desafios e possibilidades’. O evento contou com palestra, painel e mesas redondas, com muito diálogo e debate, apresentando novos caminhos para a inovação no serviço público. O público presente ainda teve a oportunidade de contemplar banners com os artigos vencedores do Prêmio Servidor Pesquisador 2021, em exposição na área de vivência da EGMA.
Para o diretor Odair José, o seminário faz parte do contexto da EGMA em fortalecer a política de pesquisa e inovação na administração pública. “O Seminário só foi possível com a colaboração dos nossos parceiros tanto locais, como do André Luís, da Fapema, do Davi Telles, da Secti, e do Leandro Costa, da Seati, quanto de outros estados, como o professor Hironobu Sano, do Rio Grande do Norte, a professora Luana Bayestorff, de Santa Catarina, e o professor Rodrigo Mota Narcizo, do Rio de Janeiro”, disse.
O diretor destacou também as ações da Escola de Governo no que diz respeito aos incentivos à pesquisa e inovação no serviço público. “Além desse Seminário, já realizamos dois anteriores, mais centrados em inovação. Desta vez, resolvemos mesclar esse tema com pesquisa, fortalecendo, assim, a inovação na gestão pública, incentivando e fomentando, também, a produção científica no nosso estado, por meio dos servidores. Nos últimos anos, além dos Seminários, criamos a Pós-graduação em Gestão Pública, o Prêmio Servidor Pesquisador, que já tem duas edições, temos ainda o Labigov [Laboratório de Inovação em Governo]. Em breve, teremos um Mestrado em Gestão Pública, além de grupos de pesquisa”, frisou.
Para o secretário adjunto de Articulação Institucional da Segep, Rodolfo Vilar Macedo Sousa, na oportunidade representando o titular da Secretaria de Gestão, Patrimônio e Assistência dos Servidores (Segep), Pedro Chagas, a gestão pública tem uma peculiaridade. “O nosso foco é a sociedade, trazendo políticas públicas que estejam em consonância com o interesse público. A inovação é muito importante quando falamos de avanço e de eficiência e a EGMA vem colaborando com essa perspectiva”, frisou.
Programação
O primeiro dia contou com a palestra com o tema “Pesquisa e inovação na administração pública: desafios e possibilidades”, do professor e doutor Hironobu Sano, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O palestrante fez um exercício com os presentes sobre o que eles consideram ser inovação, além de expor práticas para inovar de forma eficiente, exemplificando algumas tipologias. “Só avançamos na gestão estratégica da inovação, verificando barreiras e capacidades institucionais. Também temos que explorar o potencial de inovação dos servidores, muitas vezes não aproveitado pela administração pública. Quando estamos falando de inovação temos que ter clareza do valor público e do propósito das secretarias e órgãos que compõem aquela gestão”, afirmou.
Já o segundo dia teve como destaque o painel “Pesquisa e inovação a serviço da melhoria da gestão pública”, apresentado pelo professor. Rodrigo Mota Narcizo, mestre em educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Ele ressaltou a importância das escolas de governo como espaços fundamentais na pesquisa, inovação e desenvolvimento do servidor na melhoria da gestão pública. “Então, uma escola de governo, como a EGMA, é fundamental para que a gente possa ter esse conhecimento. Não é à toa que a EGMA tem o seu próprio laboratório de inovação, tendo esse aspecto diferenciado. O elemento da pesquisa é fundamental para que a gente possa entender as necessidades do cidadão e também dos servidores”.
Ainda na sexta-feira, aconteceram as mesas redondas: Inovação e modernização; Desenvolvimento econômico e cidadania/educação; Desenvolvimento econômico e cidadania/saúde; Desenvolvimento econômico e cidadania/gestão pública; e Desenvolvimento econômico e cidadania/Economia rural, Erradicação da pobreza; Trabalho, emprego e renda; Participação popular.
Luana Bayestorff, coordenadora do laboratório de inovação do governo de Santa Catarina, participou da primeira mesa redonda do dia, “Inovação e modernização”, junto dos parceiros do Seminário, André Luís dos Santos, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema); Davi Telles, Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti); e Leandro Costa, secretário adjunto de Tecnologia da Informação da Seati.
Luana destacou que a estrutura de uma escola de governo auxilia, principalmente, na difusão desses novos formatos, novas metodologias e frameworks, levando para todos os servidores e participantes da escola, novos conhecimentos, novas maneiras de fazer o setor público.
“Trabalho principalmente com o programa de inovação aberta e isso contribui para trazer novas formas de resolver os problemas públicos, sem formatos tradicionais. Criamos ciclos de inovação que são justamente para o entendimento do mapeamento, trazendo novas soluções de startup para dentro do governo. Temos que repensar a maneira de como fazemos as coisas, trazer o entendimento do problema. A gente costuma pensar sempre a solução que a gente quer, mas nunca o problema que a gente quer resolver e isso faz toda a diferença, principalmente, no valor que traz no pensar. Nós não temos lucros, mas a gente precisa trabalhar a economia no setor público”, declarou Luana Bayestorff.
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